quarta-feira, 8 de julho de 2009

Ah! bruta flor do querer / Ah! bruta flor do querer // Onde queres o ato eu sou espirito / E onde queres ternura eu sou tesão / Onde queres o livre decassílabo / E onde buscas o anjo sou mulher / Onde queres prazer sou o que dói / E onde queres tortura, mansidão / Onde queres um lar, revolução / E onde queres bandido sou herói // Eu queria quererte e amar o amor / Construir-nos dulcíssima prisão / Encontrar a mais justa adequação / Tudo métrica e rima e nunca dor / Mas a vida é real e de viés / E vê só que cilada o amor me armou / Eu te quero (e não queres) como sou / Não te quero (e não queres) como és /

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