O propósito deste blog é o de mostrar o trabalho do ilustrador,independente das regras impostas pelo mercado,nas quatro disciplinas praticadas por mim, em diferentes momentos e veículos: A Caricatura na Imprensa,A Ilustração na Imprensa,A Ilustração Editorial e O Poema Ilustrado. Também são mostradas modalidades diferentes das mesmas propostas como: Montagens das exposições e a revalorização do painel mural, através das técnicas de reprodução digital em baner.
sexta-feira, 31 de julho de 2009
OBRAS /
"Presencia", 1938 - sonetos
(sob o pseudónimo Julio Denis) /
"La Otra Orilla", 1945 /
"Los Reyes", 1949 (teatro) /
"Bestiário", 1951 (contos) /
"Final del Juego", 1956 (contos) /
"Las Armas Secretas", 1959 (contos - faz parte
desse livro o conto "Las Babas del Diablo", que inspirou
o filme "Blow-Up" de Michelangelo Antonioni) /
"Los Premios", 1960 (novela) /
"História de Cronopios y de Famas",1962 /
"Carta de una Señorita en Paris", 1963 /
"Rayuela", 1963 /
"La Autopista del Sur", 1964 /
"Todos los Fuegos el Fuego", 1966 (contos) /
"La Vuelta al Dia en Ochenta Mundos", 1967 (contos) /
"El Perseguidor y otros cuentos", 1967 (contos) /
"Buenos Aires, Buenos Aires", 1967 /
"62 / Modelo Para Armar", 1968 /
"Casa Tomada" - 1969 /
"Último Round", 1969 /
"Relatos", 1970 /
"Viaje Alrededor de Uma Mesa", 1970 /
"La Isla al Mediodia y otros relatos", 1971 /
"Pameos y Meopas", 1971 (poemas) /
"Prosa del Observatório", 1972 /
"Livro de Manuel", 1973 (novela) /
"La Casilla de los Morelli", 1973 /
"Octaedro", 1974 (contos) /
"Fantomas Contra los Vampiros", 1975 (comic) /
"Estrictamente Profesional", 1976 /
"Alguien que Anda por Ahí", 1977 (contos) /
"Territórios", 1979 (contos) /
"Un Tal Lucas", 1979 (contos) /
"Queremos Tanto a Glenda",1980 (contos) /
"Deshoras", 1982 (contos) /
"Los Autonautas de la Cosmopista", 1982 /
"Nicaragua tan Violentamente Dulce", 1983 /
"Silvalandia", 1984 (baseado em ilustrações de Julio Silva) /
"Salvo al Crepúsculo", 1984 (poesia) /
"Divertimento", 1986 (obra postuma) /
"El Examen", 1986 (novela - obra postuma) /
"Diário de Andrés Fava", 1995 /
"Adios Robinson y otras piezas breves", 1995 (teatro) / "Obra Crítica", 1998
"A Revolução Cubana me mostrou e me colocou
algo que já não era mais uma visão política teórica,
uma postura política meramente oral: aquela primeira
visita que fiz a Cuba em 1961 me deixou frente a um
fato consumado. Viajei pouco tempo depois do triunfo
da Revolução, que ocorrera em 1959, e em 1961 os
cubanos viviam momentos muito difíceis, tinham
de apertar o cinto porque o bloqueio era implacável,
havia problemas internos provocados pelas tentativas
contra-revolucionárias. Pouco depois da minha visita
houve o movimento contra-revolucionário nas montanhas
de Escambray, aqueles grupos anticastristas que foram
eliminados ao custo de muitos anos de lutas.
Então, pela primeira vez - e isso aconteceu a uma geração
inteira de escritores, artistas, economistas, jornalistas - os
interlectuais latino-americanos podiam assistir ao processo
de construção do socialismo num país do continente.
E o contato com o povo cubano, essa relação com
os dirigentes e com os amigos cubanos, de repente,
sem que eu percebesse (nunca fui consciente disso tudo)
e já no caminho de regreso a Europa, fez com que eu visse
que pela primeira vez tinha estado em pleno coração de um
povo que estava fazendo a sua revolução, que estava tentando
achar o seu caminho. E foi naquele momento que afrouxei as
amarras mentais e me perguntei, ou me disse, que não tinha
tentado entender o Peronismo. Um processo que não pode
de jeito nenhum ser comparado a Revolução Cubana, mas que tinha,
da maneira que for, uma analogia. Também um povo havia se
levantado, tinha vindo do interior para a capital e, à sua maneira,
na minha opinião uma maneira equivocada e grosseira, também
procurava algo que não tivera até aquele momento. A Revolução
Cubana, por analogia, mostrou-me - e de um modo muito cruel,
que me doeu muito - o grande vazio político que havia em mim,
minha inutilidade política. Desde aquele dia tentei me documentar,
tentei entender, ler. O processo foi se fazendo paulatinamente e
às vezes de uma forma quase inconsciente. Os temas nos quais havia implicações políticas ou ideológicas, sobretudo as ideológicas, foram
entrando na minha leitura. Esse é um processo que pode ser apreciado
ao longo dos anos.
O conto "Reunião", cujo personagem é o "Che" Guevara.
Esse é um conto que eu jamais teria escrito se tivesse ficado em
Buenos Aires, ou em meus primeiros anos de Paris, porque o tema
não teria aparecido, não teria nenhum interesse para mim. Naquele
momento o tema desse conto me parecia apaixonante, porque
tentei colocar em vinte páginas toda a essência, todo o motor,
todo o impulso revolucionário que levou "os barbudos" ao triunfo.
Mas tudo isso que estou dizendo agora sobre essa entrada na conciência
política ou ideológica, que antes tinha sido mais um dos tantos
exercícios intelectuais e de opiniões que a gente tem ao longo da vida, não teria muito sentido se não conectasse com outra coisa. Assim como
citei "Reunião" como o primeiro conto que marcaria esse ingresso
no campo ideologico, e portanto uma participação (porque aí eu já estava participando) naqueles mesmos anos, deveria citar, de maneira simbólica,
outro conto, "O Perseguidor".
A tomada de consciência ideológica, política, que a Revolução Cubana
me deu não se limitou somente às idéias. A revolução deve triunfar
e deve ser feita porque seus protagonistas são os homens, são eles o
que conta. E esse fato aparentemente tão trivial e tão repetido foi
muito importante para mim, porque se eu tinha sido indiferente as idas e voltas políticas do mundo,era porque os protagonistas dessas viradas
me eram indiferentes. Eu podia ter muita simpatia pelos republicanos espanhóis e muito ódio pelos franquistas, mas com base em critérios
mentais. Não gostava do fascismo por razões óbvias, e gostava da
democracia dos republicanos. Mas ficava de fora na parte que correspondia
à carne, ao sangue, à vida, ao destino pessoal de cada um dos parcipantes
desses enormes dramas históricos. Assim, em muito pouco tempo
(esses dois contos são símbolos) produziu-se o que atualmente se
chama de compromiso."
J.C / trecho de entrevista concedida a Omar Prego, autor de
"O Fascínio Das Palavras" editado pela José Olimpio em 1985
com tradução de Eric Nepomuceno
"Consegui fechar outra vez as pálpebras, embora agora
soubesse que não ia despertar, que estava acordado, que
o sonho maravilhoso tinha sido o outro, absurdo como todos
os sonhos; um sonho no qual ele tinha andado por estranhas
avenidas de uma cidade assombrosa, com luzes verdes e
vermelhas que ardiam sem chamas nem fumaça, com um
emorme inseto de metal que zumbia debaixo de suas pernas." /
J.C - trecho do conto: "La noche boca arriba"
"Eu me movimento no contexto dos processos libertadores
de Cuba e da Nicarágua, que conheço de perto; se critico,
é por esses processos, e não contra; aquí se instala a diferença
com a crítica que os rejeita de saída, embora nem
sempre o reconheça explicitamente.
Frente a esta perspectiva, só creio no socialismo como
posibilidade humana; mas esse socialismo deve ser uma
fênix permanente, deixar atrás a si prôpria no processo de
renovação e de invenção constantes; e isso apenas poderá
ser obtido através de sua própria crítica, da qual estas
anotações são vagos e mínimos fragmentos.
Aceito, então, considerar-me um intelectual latino-americano,
mas mantenho uma reserva: não é só por isso que
direi o que quero dizer aquí. Se as circunstâncias me situam
nesse contexto e dentro dele devo falar, prefiro que se
entenda claramente que o faço como um ser mortal, digamos
claramente, como homem de boa-fé, sem que minha nacionalidade
e minha vocação sejam as razões determinantes de minhas palavras."
J.C
O CRUZEIRO DO SUL
(la mufa)
Sinto falta do Cruzeiro do Sul /
quando a sede me faz erguer a cabeça /
para beber teu vinho negro de meia-noite. /
E sinto falta das esquinas com armazens dormilões /
onde o perfume do mate treme na pele do ar. /
Compreendo que isto está sempre lá /
como um bolso onde a cada instante /
a mão busca uma moeda o canivete o pente /
a mão infatigável de uma estranha memória /
que reconta seus mortos.
J.C
ANDRÉS CASCIANI - Mendoza - Argentina - 1982 /
Egressado da Escola Provincial de Belas Artes de Mendoza. /
Licenciado em Artes Visuais pela Universidad Nacional de Cuyo. /
Realizou 6 exposições individuais. A mais recente em 2009 nas
Salas Culturales de la Caja de la Salud na cidade de Mendoza.
Participou na realização de grupos escultóricos do artista
Osvaldo Chiavazza, e na realização de um mural no Museu
de Chacras, junto ao artista Luis Scafati. / Desde 2004 trabalha
como ilustrador no jornal "El Sol "de Mendoza.
quinta-feira, 30 de julho de 2009
Um desenho vale por mil palavras,
dizem os chineses. Desenhar é construir
uma ideia com outros instrumentos
diferentes das palavras. / Paradoxalmente,
quando tentamos definir essa ação primária
que é o desenhar, a confrontamos com outra
linguagem. Essa linguagem na qual estamos
submersos, prescinde das palavras. / A pesar
da poluição visual nos movimentamos num
mundo deconceitos. / Tal vez este seja o
principal motivo que nos aproxima dos
desenhos de Andrés Casciani. Eles propõem
outro tipo de reflexão não digo nova, pois
a palavra nova já é velha. Elaborados com a
urgência e a irreverência que nutrem a sua
juvenil energia, são uma explosão, um vulcão
em plena erupção. / Nas suas figuras lateja algo
de trágico e violento. São feitos com a mesma
substância com que se faz um poema. / Andrés
ama desenhar. Esta paixão tem o acompanhado
sempre. Já passou a prova de fogo na sua formação
artistica, perante as acadêmicas testemunhas
de Marcelo del Campo (mais conhecido como
Marcel Duchamp), as quais não conseguiram o
"evangelizar". Tampouco o distrairam outros
cantos de sereia. / Seu vóo só está começando.
Certamente no decorrer dos anos, teremos muitas
outras provas do seu talento. / O mais importante
de estes seus belos desenhos, é que contem a
semente do que virá.
Luis Scafati - 2008
quarta-feira, 22 de julho de 2009
MATHIAS GRUNEWALD / Alemanha 1480 - 1528 /
Grunewald é o autor da crucifixão mais violenta
da história da arte, representada pelo retábulo
do convento de Isenhelm.
Alí, o Cristo aparece dependurado
como uma rês, acusatória da cueldade máxima
praticada pelos homens. Contemporâneo de
Albert Dürer, foi um pintor especialmente voltado
ás imagens sacras. Grunewald e Dürer exemplificam
bem como foi absorvida a Renascença fora da Itália.
Trimano
domingo, 19 de julho de 2009
OTTO DIX / Gera 1891 - Singen 1969 - Alemanha /
Foi um dos principais membros do movimento
Expressionista alemão. Veterano da Primeira
Guerra Mundial (1914 - 1918), na qual foi ferido
diversas vezes, formulou "tal vez a maior e
mais poderosa declaração anti-guerra da Arte
Moderna". Isto se refletiú em pinturas realizadas
posteriormente como "Aleijados de Guerra" / 1920,
"Acougue" / 1920 e "Ferido de Guerra" / 1922.
A sua obra gráfica está relacionada a série "Desastres
da Guerra" de Francisco de Goya. Ambos ilustram
os acontecimentos em forma de crónicas visuais.
Durante esse período Dix utilizou diversas fotografias
tiradas de soldados alemães que foram severamente
desfigurados pela guerra. Em 1933, Hitler chega ao poder
na Alemanha, e Dix é demitido do seu cargo de tutor
de arte na Academia de Dresden. As suas pinturas
e dos outros expressionistas, são confiscadas e expostas
com o rótulo de "arte degenerada", e depois incineradas.
Em 1945, Dix e forçado a se incorporar ao exército alemão,
e no fim da guerra e capturado e posto num campo de
prisioneiros de guerra. Solto em 1946 retornou a Dresden,
uma cidade destruida pelos bombardeios. Muitas das suas
pinturas refletem, junto as tendências vanguardistas, uma
revalorização das técnicas do Renascimento Alemão.
Arte não é comércio, não é lazer, arte é reflexão, arte é
expressão.
Trimano
sábado, 18 de julho de 2009
sexta-feira, 17 de julho de 2009
Assinar:
Postagens (Atom)