sábado, 30 de junho de 2012

O Rosto Humano
por Henri Matisse
"O rosto humano tem me interessado muito.
E tenho boa memôria para reter as fisionomias,
mesmo tendo visto a pessoa uma vez só.
Quando olho as pessoas não emprego nenhuma
psicologia, a sua expressão particular particular
profunda é que chama a minha atenção.
Não tenho necessidade de expressar com palavras 
o interesse que despertam em mim. Ficam fixadas
por sua particularidade expressiva e por um
interesse que é de ordem plástico.
De essa primeira impressão que se produz
na contemplação de um rosto, depende a sensação
principal que me guia constantemente na execução
de um retrato.
Tenho estudado muito a representação do rosto humano
pela prática do desenho puro, para conseguir,
como resultado final dos meus esforços, o caráter pessoal,
da mesma forma que um retrato de Rafael, é um retrato
de Rafael. Hacia 1900, me esforçava em copiar literalmente
uma cara de acordo com fotografias, o que me mantinha
nos limites do caráter do modelo. A partir dessa época,
retomei varias vezes esse tipo de trabalho.
Na impressão produzida em mim por um rosto, procurava
não me afastar da sua construção anatómica.
Acabei por descobrir que o parecido de um retrato, 
provem da oposição que existe entre o rosto do modelo,
e as outras caras, numa palavra: da sua "assimetria"
particular, cada figura tem seu ritmo particular, e é esse ritmo
quem crea a semelhança.
Para os ocidentais , os retratos mais caracteristicos
tem se dado entre os alemães: Holbein, Durero e Lucas Cranach.
Jogam com a asimetria, com a deferência dos rostos,
diferente dos meridionais cuya tendência é reunir tudo
num tipo singular, numa construção simétrica.
Creio que a expressão essencial de uma obra depende 
quase que totalmente da projeção do sentimento do artista,
de acordo com seu modelo, e não da exatidão orgánica desse modelo.
A transcrição quase inconciente da significação do modelo, 
é o ato inicial de toda obra de arte, e particularmente de um retrato.
Em conseqüência, a razão está para dominar, para conter e oferecer
a posibilidade de reconsiderar usando o primeiro trabalho
como trampolim. A conclusão de tudo isto é que o retrato
é uma das artes mais singulares. exige do artista dons particulares
e uma identificação quase completa do pintor com seu modelo.
Opintor deve ficar ante seu modelo sem idêias preconcebidas.
Tudo deve chegar ao seu espírito de forma imperceptível.
Como chegariam os cheiros de um lugar: o cheiro da terra,
das flores associadas ao jogo das nuvens, aos movimentos das árvores,
e aos diferentes ruidos do campo"
  

O retrato fotográfico - JACKSON POLLOCK - Estados Unidos 1912-1956 - Pintor - (Sequência)


POLLOCK - II


POLLOCK - III


POLLOCK - IV


POLLOCK - V


POLLOCK - VI


O retrato fotográfico - LOUIS AMSTRONG - Estados Unidos 1901-1971 - Trompetista


O retrato fotográfico - HUMPHREY BOGART - Estados Unidos 1899-1957 - Ator


O retrato fotográfico - CHET BACKER - Estados Unidos 1929 - Holanda 1988 -Trompetista


O retrato fotográfico - EMILY DICKINSON - Estados Unidos 1830-1886 - Poeta


O retrato fotográfico - CHARLIE CHAPLIN - Inglaterra 1889 - França 1977 - Diretor de cinema e comediante


O retrato fotográfico - A modelo FREDERICKE MARIA BEER - Austria 1916