quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

FRANS HALS
Antuérpia, Bélgica 1585 - Haarlem, Holanda 1666
Foi um pintor do Barroco holandés, que ficou famoso
por retratar a sociedade dos Países Baixos.
Depois de Antuérpia ser derrotada pelos espanhois
na guerra denominada "dos oito anos", a sua familia
mudou-se para Haarlem, nos Países Baixos, quando
Hals contava com apenas três anos de idade,
e foi em Haarlem onde trabalhou e viveu o restante 
da sua vida.
A sua primeira obra foi o retrato de Jacobus Zaffius,
em 1611, mas a sua descoberta veio em 1616, 
com o retrato de grupo em tamanho natural, dos oficiais
da milicia da Companhia de São Jorge.
A sua primeira esposa, Anneke Hermansz, com quem teve duas filhas, morreu em 1616. 
Casou-se de novo em 1617 com Lysbeth Reynier, com quem
tiveram oito filhos. Embora o trabalho de Hals fosse bastante
procurado, durante toda a sua vida teve grandes dificuldades económicas por causa da sua falta de habilidade para os negócios. Além da pintura, trabalhou como negociante
em um ateliê. 
Quando a nação neerlandesa lutou pela independência,
Hals apareceu como militar. 
Era também membro da câmara Rhetoric, e foi presidente 
em 1644 da corporação dos pintores de Haarlem.
Foi contemporâneo de Rembrandt, e como este, mestre no género retrato. Também pintou as pessoas do povo 
e cenas do cotidiano, e ficou especialmente famoso
por seus retratos de grupo dos guardas civicos da época.
A sua pintura, de rápida execução, é feita de grossas pinceladas, eliminando detalhes, mas, que vista à distância,
transmite uma impressão de apurado naturalismo,
que hoje poderíamos chamar de "fotográfico". O mesmo
efeito podemos ver na pintura de Velázquez, contemporâneo seu. Hals esteve à frente de seu tempo, e como o espanhol,
foi de grande influência para muitos pintores impressionistas como Courbet, Manet e Monet.
Sobre o naturalismo, exposto com extraordinária destreza nas suas pinturas, que também podemos ver
em obras de outros artistas do Barroco como Rembrandt, Vermeer e Caravaggio, o pintor inglés David Hockney,
no seu livro "O Conhecimento Secreto",  uma extensa pesquisa sobre a utilização de lentes e aparelhos de óptica
a partir do Renascimento, disse que todos estes artistas os usaram para conseguir a ilusão visual de semelhança com a realidade.
Ele observa que o desenho das formas e dos planos de luz nos objetos, é feito com grande segurança e precisão, aplicando a tinta diretamente na tela, o que seria impossível
sem ajuda de óptica. Hockney toma como evidência o fato de Caravaggio, Velázquez, Vermeer e Frans Hals, não terem deixado desenhos ou estudos preliminares das suas pinturas. 
Transcrevo alguns trechos do seu livro, disse ele: "Esse
retrato de 1611, é uma pintura do jovem Frans Hals,
com menos pinceladas do que ele viria a utilizar mais tarde.
Observemos o detalhe do crânio e a mão que o ampara.
O que podemos ver nitidamente é que um traço preto circunda crânio e mão, definindo uma área  de tom
mais claro, não as formas dentro dela. O traço não se afigura
"tateado", mas parece ter sido feito de uma só vez,
um pouco como os traços "decalcados" dos desenhos 
de Ingres. Acho que Hals tinha um talento admirável, tal vez
como um caricaturista muito bom que tem o olho para o que é essencial. 
Contudo ele pintava com uma precisão enigmática.
   


Para mim, a pintura parece um "instantâneo". É parte
da explosão de grande naturalismo que varreu a Europa
depois de Caravaggio. A escola de Utrecht, Hals, Velázquez
e Cotán - são todos do mesmo período. Como aconteceu isso? De onde vieram as habilidades? Parece que elas
surgiram a par de escassa perícia no desenho (Leyster,
como Hals, não fizeram nenhum desenho, ao menos de que se tenha notícia" 





 "De novo Frans Hals, dessa vez de 1626-28, Já a mão
em escorço é espantosa. Como ela poderia ser pintada
com traço tão confiante e no entanto tão "correto",
tão profundamente "incrível"? E, mais uma vez, por quanto
tempo poderia ser mantida nessa posição? Terá Hals
realmente feito isso a olho? Parece haver uma sólida estrutura sob as fluidas pinceladas. Devo lembrar que não há desenho a carvão subjacente aqui, nada senão marcas
pintadas. Uma bela pintura, com uma base óptica".
Frans Hals morreu em Haarlem em 1666, e foi enterrado
na igreja de São Bavão da cidade.

dados extraídos da Wikipédia

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