quinta-feira, 23 de outubro de 2014

CURSO DE ILUSTRAÇÃO EDITORIAL
NOVA OBJETIVIDADE

GEORGE GROSZ


A Nova Objetividade foi um movimento artístico
surgido na Alemanha a princípio da década de 1920
como reação ao Expressionismo. O movimento acabou
em 1933, com a queda da República de Weimar e a tomada
do poder pelos nazistas. O termo é aplicado a obras de arte
pictórica, literatura, música, arquitetura, fotografia e cinema.
Em 1923, Gustav Friedrich Haktlaub, diretor da Kunsthalle
de Mannheim, cunhou o termo numa carta a colegas descrevendo uma exposição que estava planejando. No seu
posterior artigo "Introdução a Nova Objetividade: a pintura
alemã desde o Expressionismo", Hartlaub explicou: o que
estamos mostrando distingue-se pelas características da
objetividade com a qual os artistas se expressam, 
e identificou dois grupos: Os Veristas, "que rasgam a forma
objetiva do mundo dos fatos contemporâneos e representam
a experiência corrente no seu tempo e de febril temperatura".
Os Realistas Mágicos, "que provaram o objeto com a habilidade eterna de encarnar as leis externas da existência
na esfera artística".
Embora a distinção entre veristas e realistas seja de fato
bem fluida, os veristas podem ser condiderados a ala mais
revolucionária da Nova Objetividade, exemplificada em Otto Dix e George Grosz. A sua forma veemente de realismo
distorce as aparências para enfatizar o feio daquela realidade, que desejavam expor. A sua arte era crua, provocativa e asperamente satírica. Outro importante verista
como Max Beckmann, ainda que ele nunca estivesse ligado a nenhum movimento, é um gigante entre os veristas,
que as vezes se considerava expressionista.
Outros pintores que cultivaram esse estilo foram: Oskar
Kokoschka (1886-1980), Ernst Barlach (1870-1938), 
e Conrad Felixmüller (1897-1977). Os pintores da Nova
Objetividade dedicaram-se sobretudo ao gênero do retrato
e o auto-retrato, com fisionomias simples, tendendo
a caricatura. As autoridades nazis condenaram grande parte da obra da Nova Objetividade,
considerando-a "arte degenerada" confiscaram e destruiram
muitas obras, e foi lhes proibido expor e pintar a muitos artistas. Algumas das principais figuras do movimento marcharam para o exilio, George Grosz emigrou para os
Estados Unidos, e Max Beckmann abandonou a Alemanha
em 1937.
A influência da Nova Objetividade fora da Alemanha, pode
ser vista na obra de Balthus e Salvador Dalí.

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CURSODE ILUSTRAÇÃO EDITORIAL
MAX BECKMANN
EXPRESSIONISMO - NOVA OBJETIVIDADE
O NAZISMO - A GUERRA

MAX BECKMANN
Leipzig, Saxônia 1884 - New York, Estados Unidos 1950
Pintor, desenhista e escritor.
Embora classificado como expressionista, Beckmann
rejeitou a denominação, e na década de 1920, ele aderiu
a Nova Objetividade, movimento de reação 
ao Expressionismo, que se opós a sua emotividade
introvertida.
Na sua obra destacam-se os auto-retratos pintados ao longo da sua vida, semelhantes em número e intensidade aos de
Rembrandt e Van Gogh. Era leitor de filosofia, literatura 
e teosofia, e estes conhecimentos aparecem em muitas de suas pinturas em forma de alegorias. Como pintor-pensador,
ele se esforçou por encontrar a dimensão espiritual escondida na história do mundo real.
Beckmann teve grande sucesso e honras oficiais durante
a República de Weimar (1919-1933).
Em 1925 foi selecionado para lecionar na Academia de Arte
de Frankfurt.
Em 1927 recebeu o Prêmio Honorário do Império
para a arte alemã, em Düsseldorf.
Em 1928 a Galeria Nacional de Berlim comprou seu
"Auto-retrato ao smoking".
No início da década de 1930, uma série de grandes
exposições juntamente com numerosas publicações,
mostram a alta estima em que era tida a sua pintura.
Com a ascensão de Adolfo Hitler ao poder, cuja antipatia
pela arte moderna levou à sua supressão pelo estado,
a sorte de Beckmann mudou. Em 1933, o governo nazista
o chamava de bolchevique cultural, e providenciou a sua
demissão do cargo de professor da Escola de Arte de Frankfurt. Em 1937, o governo confiscou mais de 500 de suas obras dos museus alemães, colocando varias na exposição Arte Degenerada, em Munique. Nesse mesmo
ano, um dia após o discurso de Hitler sobre arte degenerada,
Beckmann deixou a Alemanha com sua segunda esposa Quappi, para os Paises Baixos. Durante dez anos viveu
na pobreza no seu exílio auto-imposto em Amsterdam,
Holanda. Após a guerra mudou para os Estados Unidos,
onde ensinou nas escolas de arte de Washington e St. Louis
Ele sofria de angina de peito, e morreu depois do Natal
de 1950, atingido por um ataque cardíaco.
Ao contrário de muitos de seus contemporáneos, que
aderiram ao abstracionismo, ele avanzou na tradição da
pintura figurativa. Seu estilo e método de composição estão
enraizados no imaginário dos vitrais medievais.
Englobando retrato, paisagem, natureza morta, mitologia
e o fantástico, o seu trabalho criou uma versão muito pessoal do Modernismo, combinando com a plasticidade
tradicional. Beckmann reinventou o tríptico e expandiu
este arquetipo de pintura medieval no século XX, um século
eminentemente tecnológico, que acabou com a figuração 
e extinguiu a pintura como meio de expressão.
De seus começos, no fim do século XIX, até o período após a Segunda Guerra Mundial, a sua obra experimentou
mudanças radicais. Muitas das suas pinturas expressam
as agonias da Europa na primeira metade do século XX,
e o glamour decadente dos cabares no final da República de Weimar. A partir de 1930, suas obras contêm referências
as brutalidades do nazismo, temas universais de terror, 
redenção e os mistérios da eternidade e do destino.
Na sua estada na América, Beckmann exerceu profunda
influência nos artistas locais, principalmente nos pintores Philip Guston e Nathan Oliveira.
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