domingo, 28 de setembro de 2008

Longhini no Rio nos anos 70 - foto Marcelo Lartigue

Ricardo Longhini nasce em Temperley,
Provincia de Buenos Aires em 1949.
Egresso da Escola Nacional de Belas
Artes Manuel Belgrano e da escola
Prilidiano Pueyrredón.
Um fato, prenuncio da violéncia genocida
e dos saques cometidos pela ditadura militar, veio marcar
o trabalho de Longhini. Em 1973 na FOETRA,
Federación de Obreros y Empleados Telefónicos
de la República Argentina, realiza o mural
"Felipe Vallese presente carajo!", homenagem
ao obrero metalúrgico e ativista político gremial
peronista, sequestrado por forças policiais em
1962 e desaparecido.
O mural foi destruido por militares em 1976.
A residência-oficina de Longhini, funciona afastada do
circuito turístico da rua Caminito, na Boca do Riachelo, em Buenos Aires.
Alí encontramos a oficina cercada por um grande paredão cinza
e um portão de ferro amarelo,
perto dos estaleiros e dos navios abandonados na
beira do cais. Amontoados em
aparente desordem se encontram: velhas ferramentas,
ossos de animais, correntes, serras de cortar
mármore, ganchos de guindastes, garrafas, madeiras,
sucatas retiradas dos velhos navios e as peças
já acabadas e outras em elaboração.
Longhini realiza os seus "arranjos-esculturas"
com grandes peças metalúrgicas,
pesadas toras de madeira, chapas de ferro,
cordas de aço e arames, e os títulos que bota
nas suas esculturas são sempre carregados
de expressões políticas.
Trabalho de grande força, que representa uma
resposta contundente e definitiva ao horror
que se viveu na Argentina nos anos 70.

"LA JUVENTUD"

Busto de gesso anónimo,
madeiras quebradas e pregos - 1972

Felipe Vallese presente carajo! - 1973

Maquete em madeira do mural de 23 X 3 metros, composto
com uma chapa de ferro enferrujada.

Jornal página 12 - Buenos Aires

Tronco, tesouras e cordas de aço

Capa de catálogo

Aço, madeira e ferro

"Paloma de la paz argentina sobrevolando
la condillera del Cóndor" - 1994/98

Estudo para escultura

"Paloma de la paz argentina sobrevolando
la cordillera del Cóndor" - 1994/98

Aço e arame

"Paloma de la Paz"

Ferro e ossos de animais

Capa de catálogo

Ferro, ossos de animais e base de madeira

"Así los recordará el pueblo" - 2004

Projetos das esculturas

"Así los recordará el pueblo" - 2004

Ricardo na sua oficina, hoje

Jacarandá, mastro de navio, ferro e cordas de aço

Retrato de J.R.V. o el fruto envenenado
de un ejército sudamericano - 2004

Estudos para a escultura

Retrato de J.R.V. o el fruto envenenado
de un ejército sudamericano - 2004
Matêrias referentes á exposição "Democracia Argentina -
El Fracaso de la Memória Humana".

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Série " Canto Geral" - Neruda (estudos) Os Maias / O POPOL VUH

OS MAIAS

O POPOL VUH
Livro sagrado da cultura Maia.
No idioma guiché, Popol significa: reunião,
comunidade, casa comum, junta.
Vuh significa: livro.
Compilação de lendas provenientes de diversos
grupos étnicos da atual Guatemala, ao sul da
península do Iucatã.
Com a chegada dos conquistadores espanhois
todos os livros foram queimados sob argumento
de que eram sacrílegos.
De autores anónimos, o Popol Vuh foi escrito
no século XVI sobre a pele de um veado.
Este livro é uma tentativa de explicar simultaneamente
a origem do mundo, a história dos reis e os povos
da região e a catástrofe da conquista espanhola.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

ARTISTAS LATINOAMERICANOS Rubem Grilo - Brasil

Rubem Grilo - foto Marcelo Lipiani

RUBEM CAMPOS GRILO / Pouso Alegre
Minas Geraes / Brasil 1946.
Formouse em agronomia em 1969 e começa a fazer xilogravuras
a partir de 1971. Sua participação na imprensa começa em 1973
no semanário Opinião, e desde então colaborou com os pricipais
jornais brasileiros, Movimento, Folha de São Paulo, Jornal do Brasil,
O Globo, Pasquim e Retrato do Brasil.
Reside no Rio de Janeiro
Depoimento / concedido a Mouzar Benedito e publicado no livro "GRILO - Xilogravuras" Editora CIRCO - São Paulo 1985

"A Praça" - xilografia / detalhe - 1983

"Em 1973, fiz outra exposição individual
e isto aconteceu num período de maiores
exigências do trabalho, mas também
da opção que pudesse dar sentido ao
próprio trabalho, o qual devia ter uma
função, servir de alguma coisa,
se aproximar das pessoas. Comecei então,
a perceber a dificuldade que havia na
veiculação do trabalho no sentido de
cumprir um papel mais cultural.
Isso me deu uma sensação de inutilidade"
RG

"Motocontinuistas" - xilografia 1983

"Mantenho comigo a matriz, o que me
permite reutilizar o trabalho
quando surge a conveniência disto,
pois acho que a xilogravura tem vida
própria, ela não está subordinada
ao jornal. Eu procurei utilizar do
jornal a sua capacidade de reprodução"
RG

"A Beira da Piscina" / xilografia

"Acho que o humor tem um lado de
comunicação muito grande. É uma
forte linguagem corrosiva,
de crítica, e ao mesmo tempo exerce
nas pessoas que o vêen a capacidade
de interpretação. Considero que
ninguém pode achar graça numa coisa
sem descobrir a chave, o enigma,
daquele tipo de situação"
RG

"Figura Apoiada No Próprio Punho" / xilografia 1983

"Há um período de reinvenção da
própria idéia. É um tempo de fazer,
refazer, destruir, desmanchar. Uma
fase em que a gente deve ter coragem
de saber destruir as coisas. Pode
acontecer de o trabalho ter de ser
feito várias vezes, o que não
significa que não esteja bem desenhado,
mas sim que o desenho não tem mistério,
não bate como se fosse algo novo"

"Biónico Sempre" - xilofrafia 1984

"Tenho um nível de informação diferente de um gravador
popular. Tanto que evitei criar uma linguagem que pudesse
ter ligações de estilo com a gravura popular porque
acho que são terrenos diferentes, embora eu pense que
um trabalho contemporâneo deva se desenvolver buscando um
relacionamento o mais extenso possível. Inclusive porque
hoje em dia não há mais razão para aceitar uma casta
de pessoas exclusivas como beneficiárias da cultura"
RG

"Pietá" / xilografia

"Eu tentei aprender com os temas
dos jornais. Uma vez que os
assuntos que estavam sendo tratados
mereciam manchetes, atenção, era
porque aqueles assuntos tinham
importância no cotidiano da sociedade.
Então em vez de ser um artista da
beleza ou da proporção, ou qualquer
coisa do gênero, procurei ser
uma pessoa que estava tentando se
aproximar daquelas coisas que
intervinham no processo de vida"

"Made In USA" / xilografia 1984

"Quanto à presença da questão política
no trabalho, eu acho que está ligada
ao fato de vivermos numa sociedade
profundamente injusta, e naturalmente
me preocupa a dor que nela ocorre.
Eu não me sinto um político, no sentido
de estar disputando lugares nem no
sentido de estar preso a soluções.
Não tenho soluções políticas a oferecer,
tenho sentimentos - um sentimento
humano colocado em jogo, uma
identificação com as pessoas e uma
recusa em aceitar a injustiça e a dor"
RG

"R.R.R.R / xilografia 1984

"Claro que há na reprodução
o perigo de massificação,
o risco de o trabalho se converter
apenas numa mercadoria de uma
sociedade de massas. Portanto é
necessário realizar uma obra
que traga em si uma dose bastante
intensa de questionamentos"
RG

"Ponto de vista"

xilografia - 1984

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Carlos Clémen

CARLOS CLÉMEN - Buenos Aires / Argentina 1942
Artista plástico e ilustrador.
Nos anos 70 participou junto com Trimano e Loredano,
do jornal de oposição "Opinião" cuja edição de arte estava a cargo
do também ilustrador Elifas Andreato, assim como a
revista de cultura Argumento da editora Paz e Terra,
fechada pela censura em 1974.
Foi colaborador da Folha de São Paulo, Opinião, Argumento, Visão,
e Veja.
Na área do livro, desenvolveu interessantes coleções ilustradas de
nomes de destaque na literatura contemporánea, para as editoras
Max Limonard e Perpespectiva.
Mora em São Paulo, Brasil.
ARTISTAS LATINOAMERICANOS / Carlos Clémen - Argentina

Folhetim / Folha de São Paulo 1982/85

Folhetim / Folha de São Paulo 1982/85

serigrafia

Folhetim / Folha de São Paulo 1982/85

ilustração editorial

revista Shalom

revista Shalom

revista Shalom

ilustração editorial

capa de livro

ARTISTAS LATINOAMERICANOS / Ania Valle - Cuba

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Autorretrato em azul de Ania Valle - foto Trimano

ANIA VALLE / Havana 1977. Artista multimidia.
Formada em dança e artes visuais. Em 1997,
Residindo ainda em Cuba, participou do projeto
"Danza Abierta", que explorava as técnicas de
dança-teatro, video, e. dança-performance.
Também utiliza a fotografia como meio. Disse;
"Mau trabalho se desenvolve entre técnicas de
escultura ou obgetos instalativos, a foto virtual,
a colagem, e o video arte. O tema que abordo,
é a identidade e os suportes culturais dentro do
fenómeno da emigração.
Mora no Brasil desde 1999.

Autorretrato

Buda I

Buda II

EXPOSIÇÃO
exposição em andamento / de 16 de setembro a 10 de outubro / 2008

sábado, 13 de setembro de 2008

O mural de rua IZOLAG / Brasil

mural / rua Progresso / Sta Teresa - Rio de Janeiro

IZOLAG
Muralista carioca.
Em seus trabalhos gráficos, onde a présença do tema
da negritude é constante, utiliza a fotografia mascarada
em imagens de comunicação direta, é os muros da rua como suporte.

mural - detalhe / Bairro de Fátima - Rio

spray

Ciro Monteiro / mural - Bairro de Fátima - Rio

spray

Ciro Monteiro / mural - bairro de Fátima - Rio

spray

Estamira

spray / Escadaria - Bairro de Fátima / Rio de Janeiro
Centro Sócio Educativo São Martinho Lapa / Rio de Janeiro

São Martinho

Spray

São Martinho