LA PAZ, LA ABISPA, EL TACO, LAS VERTIENTES...
La paz, la abispa, el taco, las vertientes,
el muerto, los decílitros, el búho,
los lugares, la tiña, los sarcófagos, el vaso las
morenas,
el desconocimiento, la olla, el monaguillo,
las gotas, el olvido,
la potestad, los primos, los arcángeles, la aguja,
los párrocos, el ébano, el desaire,
la parte, el tipo, el estupor, el alma...
Dúctil, azafranado, externo, nítido,
portátil, viejo, trece, ensangrentado,
fotografiadas, listas, tumefactas,
conexas, largas, encintadas, pérfidas...
Ardiendo, comparando,
viviendo, enfureciéndose,
golpeando, analizando, oyendo, estremeciéndose,
muriendo, sosteniéndose, situándose, llorando...
Después, éstos, aquí,
después, encima,
quizá, mientras, detrás, tánto, tan nunca,
debajo, acaso, lejos,
siempre, aquello, mañana, cuánto,
cuánto!...
Lo horrible, lo suntuário, lo lentísimo,
lo augusto, lo infructuoso,
lo aciago, lo crispante, lo mojado, lo fatal,
lo todo, lo purísimo, lo lóbrego,
lo acerbo, lo satánico, lo táctil, lo profundo...
César Vallejo
Santiago de Chuco, Perú 1892 - Paris, França 1938
O propósito deste blog é o de mostrar o trabalho do ilustrador,independente das regras impostas pelo mercado,nas quatro disciplinas praticadas por mim, em diferentes momentos e veículos: A Caricatura na Imprensa,A Ilustração na Imprensa,A Ilustração Editorial e O Poema Ilustrado. Também são mostradas modalidades diferentes das mesmas propostas como: Montagens das exposições e a revalorização do painel mural, através das técnicas de reprodução digital em baner.
domingo, 4 de agosto de 2019
PROPOSTAS GRÁFICAS - O POEMA ILUSTRADO - RABINDRANATH TAGORE
O JARDINEIRO
É um jogo de dar e negar, de mostrar e outra vez
esconder, alguns sorrisos, alguma timidez,
conflitos inúteis.
Este nosso amor é simples como um canto.
Nenhum mistério além do presente, nenhum esforço
pelo impossível, nenhuma sombra além do encanto,
nenhuma busca na profundeza da escuridão.
Este nosso amor é simples como um canto.
Não te afastes de todas as palavras rumo ao eterno
silêncio. Não levantes as mãos para o vazio,
desejando coisas além da esperança.
Basta o que damos e recebemos.
Não devemos espremer a alegria até o fim,
para extraírmos o vinho da tristeza.
Este nosso amor é semples como um canto.
Rabindranath Tagore
Calcutá, Índia 1861-1941
É um jogo de dar e negar, de mostrar e outra vez
esconder, alguns sorrisos, alguma timidez,
conflitos inúteis.
Este nosso amor é simples como um canto.
Nenhum mistério além do presente, nenhum esforço
pelo impossível, nenhuma sombra além do encanto,
nenhuma busca na profundeza da escuridão.
Este nosso amor é simples como um canto.
Não te afastes de todas as palavras rumo ao eterno
silêncio. Não levantes as mãos para o vazio,
desejando coisas além da esperança.
Basta o que damos e recebemos.
Não devemos espremer a alegria até o fim,
para extraírmos o vinho da tristeza.
Este nosso amor é semples como um canto.
Rabindranath Tagore
Calcutá, Índia 1861-1941
PROPOSTAS GRÁFICAS - O POEMA ILUSTRADO - AIMÉ CÉSAIRE
BÁRBARO
É a palavra que me sustenta
e bato na minha concha de latão
onde a chuva devora na sopa de ferrugem
ossos bárbaros
de animais saqueadores covardes de mentiras
Bárbaro
da linguagem sumária
e nossas caras bonitas como o verdadeiro
poder cirúrgico da negação
Bárbaro
dos mortos que circulam pelas veias da terra
e às vezes eles vêm para quebrar suas cabeças
contra as paredes do nosso
depois de
ouvidos
É os gritos de rebelião que nunca ouviram
e que se voltam para a batida
e com os timbres da música
Bárbaro
o artigo único
bárbaro e tapaya
anfíbena branca bárbara
bárbaro eu a cobra que cospe
e me acordar das minhas carnes podres
de repente voando salamanquesas
de repente salamanquesa listados
e eu adiro tão bem aos lugares de força
que para me esquecer vovê terá que
jogar a carne peluda dos seus seios para os cães
Aimé Césaire
Martinica 1913-2008
É a palavra que me sustenta
e bato na minha concha de latão
onde a chuva devora na sopa de ferrugem
ossos bárbaros
de animais saqueadores covardes de mentiras
Bárbaro
da linguagem sumária
e nossas caras bonitas como o verdadeiro
poder cirúrgico da negação
Bárbaro
dos mortos que circulam pelas veias da terra
e às vezes eles vêm para quebrar suas cabeças
contra as paredes do nosso
depois de
ouvidos
É os gritos de rebelião que nunca ouviram
e que se voltam para a batida
e com os timbres da música
Bárbaro
o artigo único
bárbaro e tapaya
anfíbena branca bárbara
bárbaro eu a cobra que cospe
e me acordar das minhas carnes podres
de repente voando salamanquesas
de repente salamanquesa listados
e eu adiro tão bem aos lugares de força
que para me esquecer vovê terá que
jogar a carne peluda dos seus seios para os cães
Aimé Césaire
Martinica 1913-2008
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