O propósito deste blog é o de mostrar o trabalho do ilustrador,independente das regras impostas pelo mercado,nas quatro disciplinas praticadas por mim, em diferentes momentos e veículos: A Caricatura na Imprensa,A Ilustração na Imprensa,A Ilustração Editorial e O Poema Ilustrado. Também são mostradas modalidades diferentes das mesmas propostas como: Montagens das exposições e a revalorização do painel mural, através das técnicas de reprodução digital em baner.
domingo, 31 de janeiro de 2010
Gauguin no ano de 1885
PAUL GAUGUIN - París 1848 / Ilhas Marquesas 1903 /
Post-Impressionista. Desenvolveu as técnicas do
chamado "Sintetismo", estilo de representação
simbólica da Natureza, onde são utilizadas formas
simplificadas e grandes campos de cores vivas
chapadas, que ele fechava com uma linha negra,
o que mostrava forte influência das gravuras japonesas.
A sua pintura de alegorias decorativas, foi referência
de varios artistas latinoamericanos como Diego Rivera.
Gauguin era neto, pelo lado materno, da famosa anarquista
peruana Flora Tristão, expressivo antecedente familiar.
Nascido em París, mudouse com a familia, depois da ascensão
de Napoleão III, para Lima no Perú, onde morou até os 7 anos.
Depois de uma vida burguesa em París, como funcionário da
Bolsa de Valores, aos 43 anos, abandona a Mette Gad, mulher
dinamarquesa com quem casara 18 anos antes e 5 filhos, rumo
ao Tahiti, com a promesa de voltar em 3 anos. NOA NOA é a experiência vivida nessa primeira aventura pictórica no Pacífico. A segunda
só virá a ser iniciada 2 anos depois do regreso a França, prolongada nos 8 anos que le restam de vida. E muito provável que as "lembranças
peruanas" tenham influenciado a sua visão do mundo e de outros
povos alem da arqui-conservadora e racista sociedade francesa, o
que determinou seu rompimento e posterior luta contra a gendarmeria colonial. Esta é a história ilustrada de Paul Gauguin no Tahiti, relatada com as
suas palavras e suas pinturas. Um verdadeiro "Diário Gráfico", lembrando o amigo Renato Alarcão. / TRIMANO - Rio de Janeiro de 2010
Ha sessenta e três dias que estou a caminho
e ardo na impaciência de abordar a terra desejada.
A 8 de junho vislumbrámos luzes estranhas que
passavam em ziguezague: pescadores. No céu
sombrio recortava-se um cone preto e denteado.
Contornámos Moorea para descobrir Tahiti. Horas
mais tarde já se anunciava a madrugada e, muito
lentamente, nos aproximámos dos recifes de Tahiti
para franquear o estreito e ancorar sem contratempos
na enseada. Quem muito viajou não achará nesta
pequena ilha o aspecto feérico de baía do Rio de Janeiro,
por exemplo. Alguns picos montanhosos aonde uma
qualquer familia trepou e proliferou, pasado há muito
o dilúvio. Os corais, esses também treparam e envolveram
a nova ilha.
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