sexta-feira, 14 de outubro de 2016

CURSO DE ILUSTRAÇÃO EDITORIAL
Ilustração Política
DOUTRINA DO DESTINO MANIFESTO
A ESSÊNCIA DO IMPERIALISMO NORTEAMERICANO 

ROY LICHTENSTEIN


A Doutrina do Destino Manifesto, em inglês Manifest Destiny
expresa a crença de que o povo dos Estados Unidos é eleito
por Deus para civilizar a América, por isso o expansionismo
americano é apenas o cumprimento da vontade Divina.
Be Strong While Having Slaves (Seja Forte Tendo Escravos),
frase de propaganda política do século XIX que usava sua
cultura para que pessoas de outros países achassem que
os Estados Unidos eram o melhor país do mundo, virando
essas pessoas até contra seus países de origem.
O Destino Manifesto se tornou um termo histórico padrão,
frequentemente usado como um sinônimo para a expansão
territorial dos Estados Unidos. 
A Doutrina do Destino Manifesto e formações ideológicas afins foram usadas explicitamente pelo governo e pela
midia norteamericana durante a década de 1840, incluindo
a compra do Alaska. Esta ideologia é a essência 
do imperialismo norteamericano até os dias atuais.
O presidente James Buchanan, no seu discurso de posse
em 1857, deixou bem clara a determinação do domínio 
norteamericano: "A expansão dos Estados Unidos sobre
o Continente Americano, desde o Ártico até a América do Sul, é o destino de nossa raça, e nada pode detê-la".
Da mesma forma, o candidato a presidência do país Mitt
Romney, que afirma-se mais um homem de negocios 
que um estadista, no discurso de abertura de sua campanha, em 2012, disse: "Deus não criou este país para que fosse
uma nação de seguidores. Os Estados Unidos não estão destinados a ser apenas um dos vários poderes globais
en equilíbrio. Os Estados Unidos devem conduzir o mundo
ou outros o farão..."  
O EXTERMINIO DOS POVOS INDÍGENAS
DA AMÉRICA DO NORTE

EDWARD CURTIS


No início da sua história, os Estados Unidos
eram formados por treze colônias. Ao se libertar
da Inglaterra, houve a necessidade de expansão
para o Sul e para o Oeste. O comércio e a industria
estavam crescendo rapidamente, havendo portanto a necessidade de aumentar os seus limites de atuação.
Ao passar do tempo, iniciou-se um sentido maior 
de patriotismo no povo das treze colônias. O avanço
pelo continente gerou muitas batalhas contra os índios
americanos. Nestas batalhas, foram exterminadas
muitas nações indígenas que viviam há milhares de anos
naquelas terras. Cada vez que havia uma vitória contra
o "inimigo", formava-se um sentimento de superioridade
sobre os outros povos, realimentando o sentimento
expansionista. Nesse contexto, pode-se citar Benjamin
Franklin quando dizia: "Se faz parte dos designios
da Providência extirpar esses "selvagens" para abrir espaço
aos cultivadores de terra, parece-me oportuno que o rum
seja o instrumento apropriado. 
Ele já aniquilou todas as tribos que antes habitavam 
a costa".
O SENTIMENTO 
DE SUPERIORIDADE RACIAL

MURALISMO DE LOS ÁNGELES, CALIFORNIA


Esta "superioridade racial" acabou se transformando
com o tempo na ideologia do Destino Manifesto,
que se realimentou gerando uma idéia fixa de predestinação
dos norteamericanos sobre os outros povos americanos
descendentes de indígenas hispánicos e escravos negros.
Capítulo aparte era o sentimento de superioridade racial dos norteamericanos sobre os negros, estes, eram considerados
um "elo" entre os animais e os seres humanos.

A AMÉRICA PARA OS AMERICANOS
Em 1821 o senador por Massachusetts, Edward Everett,
demonstrando o pensamento estadounidense sobre
os seus vizinhos da América Latina declarou: "Nem com todos os tratados que possamos fazer, nem com todo 
o dinheiro que emprestamos, poderemos transformar
seus Bolivars em Washingtons..."
Quando os norteamericanos referem-se a si mesmos
como "americanos", somente repetem a frase 
mais conhecida do presidente James Monroe, proferida
no congresso estadounidense em 1823: A América para
os americanos. 
O contexto se refería à interferência européia
nas então colônias em fase de independência.
No início do século XX, durante a política do Big Stick
de Theodoro Roosevelt, foi adotado no sentido imperialista
conhecido como "Corolário Roosevelt à Doutrina Monroe",
que consistia em considerar a "América 
para os norteamericanos".         
A INVASÃO DO TEXAS