sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

MOACYR FÉLIX DE OLIVEIRA - Rio de Janeiro 1926 -2005 /
Filósofo graduado na Sorbone e advogado. Foi fundador
e diretor de importantes publicações culturais, principalmente
de poesia. Integrante da chamada "Geração de 45". De 1956 a 1958,
foi responsável pela seção de poesia do jornal cultural Para Todos,
editado pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB), e dirigido por
Jorge Amado e Oscar Niemeyer. Em 1962 e 1963, foi organizador
e prefaciador dos três volumes da série Violão de Rua, seleção
de varios poetas em livro de bolso, feita para o Centro Popular de Cultura
(CPC) da União Nacional dos Estudantes (UNE), interrompida pelo
golpe militar de 64. Foi também diretor, de 1963 a 1971, da Coleção
Poesia Hoje, da editora Civilização Brasileira, que juntamente com as
coleções Poesia Sempre e Poesia Viva, publicaria mais de uma centena
de poetas, em sua maioria jovens estreantes de várias partes do país,
e alguns já então se consagrando ou consagrados, como Carlos Nejar,
Paulo Mendes Campos, Affonso Romano de Sant'Anna, Mario Faustino,
Joaquim Cardoso, Dantas Motta, Nauro Machado, Geir Campos, José
Godoy Garcia, Fernando Mendes Viana, Ivan Junqueira, entre
outros. Nesse meio tempo, em 1956, foi membro do conselho diretor,
e depois, de fins de 1966 até 1972, foi diretor da coleção Perspectivas
do Homem, que compreendia mais de uma centena de livros de filosofia,
política, sociologia, estética e economia, publicada pela editora Civilização
Brasileira, então propriedade do editor Ênio Silveira. Em 1965, Moacyr Félix
foi do conselho de redação e depois secretário da famosa Revista da
Civilização Brasileira, editada por Ênio Silveira. Em 1966, tornou-se
diretor desta revista que foi um marco na história cultural do país, ajudando a
formar toda uma geração de brasileiros. No mesmo ano, foi também um dos idealizadores, junto com Ênio Silveira, da editora Paz e Terra. Durante anos,
até 1972, ocupou alí o cargo de diretor. Alí, ainda, foi secretário, desde a
fundação, e diretor, em 1969, da revista Paz e Terra, fundada em 1966 e
criada com o abjetivo de ser centro de autores e idéias favoráveis aos
valores do humanismo e à incrementação filosófica do movimento da
Teologia da Libertação. Em abril de 1986, Moacyr Félix foi protagonista
de um feito inédito. Em ligação direta do Rio de Janeiro, leu para os
tripulantes da espaçonave Myr, na órbita da Terra, o seu poema que comemorava os 25 anos da subida do primeiro cosmonauta, Yuri Gagarin,
ao espaço. Simultaneamente, seu texto era transmitido em russo para toda
a União Soviética. Foi casado desde 1952 com a sueca Brigitta Lagerblad ( a Kaj) com quem teve três filhos. / OBRA: "Cubo de Trevas" (poemas de 1944
a 1948) Rio de Janeiro - Agir, 1948 / "Lenda e Areia" - Rio de Janeiro -
revista Branca 1950 / "Itinerário de uma Tarde" - Karlshamm (Suécia),
Ragnar Lagerblad Förlag 1953 / "O Pão e o Vinho" (poemas de 1953 a 1959)
Rio de Janeiro, Antunes 1959 / "Canto Para as Transformações do Homem" -
Rio de janeiro - Civilização Brasileira 1964 / "Um Poeta na Cidade e no Tempo" - Rio de Janeiro, Civilização Brasileira 1966 / "Canção do Exilio Aquí" - Rio
de Janeiro - Civilização Brasileira 1977 / "Invenção de Crença e Descrença" -
Rio de Janeiro - Civilização Brasileira 1978 / "Em Nome da Vida" - Rio de
Janeiro - Civilização Brasileira - São Paulo - Massao Ohno 1981 / "Neste Lençol" - Rio de Janeiro - Civilização Brasileira 1977 /
"Singular Plural" - Rio de Janeiro - Editora Record 1998 /
"Introdução a Escombros" - Rio de Janeiro - editora Bertrand do Brasil 1999