quinta-feira, 6 de setembro de 2018

CURSO DE ILUSTRAÇÃO EDITORIAL
A História Humana Contada Pela Arte
NOVO REALISMO - SITUACIONISMO
ERNEST PIGNON-ERNEST
A Solidariedade
O Humanismo Militante
"El Barco" - Edição virtual - Monte Alto - Rio de Janeiro - 2018  

ERNEST PIGNON-ERNEST
Nice, França 1942
Desenhista político associado ao Movimento Situacionista.
O trabalho de Pignon-Ernest se compõe essencialmente
do desenho, de inspiração renascentista, em grafite, realizado em grandes superfícies.
Esses desenhos, que atuam como gigantescas colagens, são colados, em diversos lugares da cidade, 
aos muros, que servem como suporte e cenário, 
criando, com a interferência, inúsitados contrastes 
entre o real e o imaginário.
Seu primeiro trabalho data de 1966, foi uma reação
a Força de Greve Nuclear da França.
Em 1971, exibiu cartazes retratando cenas da "Comuna".
Em 1978-79, seus cartazes retratando o poeta Arthur Rimbaud, podia ser visto por toda a França.
Em 1996, junto com Antonio Saura, iniciou a coleção
de arte internacional chamada Art Against Apartheid.
Os cartazes de Pignon-Ernest estão na coleção do Centro
Para o Estudo de Gráficos Políticos da CGT: Confederação
Geral do Trabalho da França, da qual Pignon-Ernest
é integrante. 

dados extraídos da Wikipédia
 
INTERNACIONAL SITUACIONISTA

A Internacional Situacionista foi um movimento artístico
ativo no final da década de 1960, que aspirava por grandes
transformações políticas e sociais. A primeira IS foi desfeita
após o ano de 1972.
O movimento surgiu na vila italiana de Cosio di Arrosia,
Liguria, em 1957, com a fusão de várias tendências
artísticas que se auto definiam como a vanguarda da época.
Internationale Lettriste, International Movement 
for an Imaginist Bauhaus, e a London Psychogeographical
Association, esta fusão incluiu influências adicionais
do Movimento Cobra, Surrealismo e Fluxus, e foi inspirado
pelo Comunismo de Conselhos, tendência que surgiu
como oposição ao comunismo de estado e ao leninismo,
e pela Revolução Húngara de 1956. 
As correntes  que precederam a IS viam no seu propósito
a redefinição radical do papel da arte no século XX.
Os própios situacionistas tinham um ponto de vista dialético,
assumindo a tarefa de superar a arte, abolindo a noção
de arte como uma atividade especializada e separada,
transformando-a naquilo que seria parte da vida cotidiana.
Do ponto de vista situacionista, a arte ou é revolucionária
ou não é nada. Desta forma, os situacionistas se viam
como os responsáveis por completar o trabalho 
dos dadaistas e surrealistas enquanto aboliam 
os dois movimentos. A respeito disso, os situacionistas
respondiam a pergunta: "o que é revolucionário",
de maneiras diferentes em momentos diferentes.
Mas se no início a idéia era criticar a arte, a comprensão
era de que a superação da arte só viria pela transformação
ininterrupta do meio urbano. Não era construir cidades ideais, mas fazer do urbanismo e da arquitetura, ferramentas
de uma revolução do cotidiano.
A IS sofreu divisões, e muitos membros foram expulsos
desde o seu início. Uma dessas divisões resultou na criação
de dois grupos: a Seção Parisiense, que manteve o nome
original, e a Seção Alemã, conhecida como Segunda
Internacional Situacionista, que se organizou sob o nome
de Gruppe Spur.
Enquanto a história da IS foi marcada por um ímpeto
de revolucionar a vida, a separação entre franceses
e alemães marcou a transição de uma visão artística
da revolução para uma visão claramente política, que viu
nos acontecimentos de maio de 1968 uma consequência
lógica da abordagem dialética da IS. Enquanto enfrentavam
a sociedade atual, buscavam uma sociedade revolucionária
que poderia incorporar as tendências positivas
do desenvolvimento capitalista.
Um importante evento que conduziu a maio de 1968
foi o chamado Escândalo de Estrasburgo. Um grupo
de estudantes utilizou fundos públicos para publicar
um panfleto com um libelo da IS: A Miséria do Meio
Estudantil. O panfleto circulou em milhares de cópias
e fez os situacionistas ficarem conhecidos por toda
a esquerda não stalinista.
As ocupações de 1968 começaram na Universidade 
de Paris em Nanterre e chegaram até a Sorbonne,
que distribuiu as demandas da IS numa escala muito maior.
O governo e as uniões sindicais chegaram a um acordo
mas nenhum trabalhador voltou ao trabalho.
A greve terminou somente quando o presidente de Gaulle
colocou as forças armadas nas ruas de Paris.
Logo após a polícia retomou a Sorbonne e o C.M.D.O
foi disolvido.
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"Vivemos em uma sociedade do espetáculo, isto é,
toda a nossa vida é envolta por uma imensa acumulação
de espetáculos. As coisas que eram vivenciadas diretamente
agora são vivenciadas através de um intermediário.
A partir do momento em que uma experiência é tirada
do mundo real, ela se torna um produto comercial,
ela se torna um substituto da experiência" - trecho do livro
"Spectacular Times" de Larry Law
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"O espetáculo não é uma coleção de imagens
mas uma relação social entre as pessoas, intermediada
por imagens...O espetáculo em geral, como uma concreta
"inverção da vida", é um movimento autônomo 
do não vivente...mentiu para si mesmo... - Guy Bord
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O espetáculo não é uma conspiração. 
Os situacionistas augumentariam em favor da separação entre um "espetáculo falso" e a verdadeira vida cotidiana.
Os situacionistas diriam que a sociedade chega ao nível
do espetáculo quando praticamente todos os aspectos
da cultura e experiência são intermediados
por uma relação social capitalista.

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