domingo, 20 de novembro de 2016

CURSO DE ILUSTRAÇÃO EDITORIAL
Vanguarda Russa 
VASSILI KANDINSKY
FAUVISMO - ABSTRACIONISMO
A PAISAGEM REAL, A PAISAGEM MENTAL  

VASSILI KANDINSKY
Moscou, Rússia 1866 - Nevilly-sur-Seine, França 1944
Pintor de origem russa, nacionalizado alemão
e posteriormente francês.
Foi destacado pioneiro da arte abstrata. Interessado
nas culturas primitivas e nas manifestações artísticas
populares russas.
Aos 30 anos, como estudante de arte em Munique,
assiste as aulas de pintura do simbolista Franz von
Stuck, onde conhece Paul Klee, com quem manteria
uma longa amizade.
As obras do primeiro período foram influenciadas pelo
Post-Impressionismo e pelo Fauvismo. Entre 1908 e 1910,
na Alemanha, pinta uma série de paisagens alpinas
onde a representação do objeto é secundária, dando énfase
a riqueza cromática e a simplificação. Esta descoberta o leva
a fins de 1910, ao abstracionismo, lirismo, espiritualidade
e fascinação pela natureza e as suas formas.
Entre 1910 e 1914 pintou numerosas obras que selecionou
em três categorias: impressões inspiradas na natureza, 
expressão de emoções interiores, e improvisações. Nestas
obras ainda se percebe a presença da realidade.
Em 1911 fundou, junto com Franz Marc e August Macke
o grupo Der Blaue Reiter (O Cavaleiro Azul), organizando
exposições em Berlim e Munique. Escreve o estudo Do Espiritual na Arte. 
Ao explodir a Primeira Guerra Mundial, Kandinsky voltou
a Moscou, onde trabalhou em varias atividades organizativas
no Departamento de Belas Artes do Comisariado Popular
para a Educação. Em 1917 casou-se com Nina Andreievsky,
e quatro anos mais tarde, muda com ela para a Alemanha
e se incorpora como professor na Bauhaus, onde continuaría
até a disolução da escola pelo Nazismo. 
Em 1933, clausurada a Bauhaus, se instalou na França,
onde continuou trabalhando na procura de formas inventadas, inspirando-se em signos geométricos 
e em motivos decorativos eslavos, como fizera nas suas primeiras obras.

dados extraídos da Wikipédia

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O ABSTRACIONISMO

"Toda obra de arte é filha do seu tempo, 
muitas vezes é mãe dos nossos sentimentos.
Da mesma forma, cada período da cultura produz
uma arte própria que não pode se repetir.
A tentativa de reviver princípios artísticos passados
pode produzir obras de arte que são como uma criança
morta antes de nascer. Por exemplo, não podemos
sentir e viver interiormente como os gregos da Antiguidade.
Os esforços para botar na prática os princípios gregos
da escultura, por exemplo, somente criaram formas parecidas às gregas, mas a obra ficará "inanimada"
para sempre. Uma imitação semelhante parece com as
imitações de um macaco. Exteriormente os movimentos
dos macacos são idénticos aos dos humanos. O macaco
se senta e segura um livro diante dos olhos, o foleia,
faz um gesto grave, mas falta completamente o "sentido
interior" a esses movimentos.
Existe, no entanto, outra semelhança externa das formas
artísticas baseada numa grande necessidade.
A semelhança das aspirações espirituais no meio moral-
espiritual, a aspiração por metas que, perseguidas, 
foram mais tarde esquecidas, a semelhança do sentido
íntimo de todo um período pode conduzir logicamente
a utilização de formas que, num período passado, serviram
eficazmente as mesmas tendências. Assim surgiu a nossa
simpatia, nossa compreensão, nosso parentesco espiritual
com os primitivos. Igual que nós, estes artistas puros
tentaram refletir em suas obras somente o essencial, a renúncia à contingencia externa surgiu por si mesma."
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"Hoje o espectador raramente é capaz de "vibrações apuradas". Busca na obra de arte uma pura imitação
da natureza que sirva para fins práticos, (o retrato
por exemplo) ou uma imitação da natureza que contenha
uma certa interpretação, (a pintura impressionista), ou
finalmente, estados de ánimo disfarzados de formas
naturais", (o que chamam de "emoção"). 
Todas estas formas, quando são verdadeiramente artísticas, cumprem  sua finalidade e são alimento espiritual, em que
o espectador encontra uma consonancia com a sua alma.
Naturalmente tal consonancia ou "re-sonancia", não fica na superfície: o estado de ánimo da obra pode profundizar-se
e transfigurar o estado de ánimo do espectador. Em todos
os casos, obras como essas evitam que a alma se "envilezca". No entanto, a depuração e extensão desse tom no tempo e espaço são unilaterais e não esgotam todo
o efeito possível da arte."
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"As banais teorias da imitação, que dominam
nossa estética graças a dependência absoluta
dos conceitos aristotélicos em que se encontra 
nossa cultura, tem nos deixado cegos aos valores
psíquicos, que são ponto de partida e meta
de toda produção artística.
No melhor dos casos falamos de uma metafísica
do belo, deixando de lado o feio, ou seja, o "não-clássico".
Mas junto a esta metafísica do belo existe outra superior
que abranje a arte em toda a sua dimensão, e que além
de toda interpretação materialista, se manifesta em toda criação, seja nos detalhes maoris, ou em qualquer relevo asírio. Esta concepção metafísica se baseia na idéia
de que toda produção artística não é outra coisa que 
a confirmação do grande enfrentamento em que se encontra
desde os começos da "criação" e para todos os tempos,
o homem e seu entorno. A arte não é mais que uma forma
de expressão diferente das forças psíquicas, que ancoradas
ao mesmo processo condicionam o fenómeno da religião
e das ideologias em mutação."

Vassili Kandinsky

trechos extraídos do livro "Do Espiritual na Arte"  - 1910

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