O propósito deste blog é o de mostrar o trabalho do ilustrador,independente das regras impostas pelo mercado,nas quatro disciplinas praticadas por mim, em diferentes momentos e veículos: A Caricatura na Imprensa,A Ilustração na Imprensa,A Ilustração Editorial e O Poema Ilustrado. Também são mostradas modalidades diferentes das mesmas propostas como: Montagens das exposições e a revalorização do painel mural, através das técnicas de reprodução digital em baner.
segunda-feira, 24 de maio de 2010
Acreditando no desenvolvimento de uma nova geração,
como jovens que traziam em si o futuro, reclamando
liberdade para os seus gestos, para as suas vidas, Kirchner,
Fritz Bleyl, Heckel e Schmidt-Rottluff, cheios de emoção e
de fé, criaram a Brücke (A Ponte). "Éramos moços e essa
idéia nos empolgava, como se tratasse da criação do mundo",
disse Schmidt-Rottliff. O renascimento da gravura em madeira
foi uma das mais importantes contribuições de Die Brücke
para a arte moderna. Munch, Gauguin, Van Gogh, a escultura
africana, os Fauves e as primitivas gravuras alemãs em
madeira, contribuiram para o Die Brücke em geral. Para Otto
Maria Carpeaux, "o expressionismo foi e é uma manifestação
universal, artística, literária, filosófica: um estilo de vida e de
cultura". João Sánchez estudou a obra dos mestres do
Expressionismo com o qual, segundo Hélio Jesuíno,
"estabeleceu vínculos profundos. A esta influência acrescentou
elementos plásticos e temáticos do cordel nordestino. Fundindo
o traço refinado dos primeiros à força telúrica dos segundos,
João Sánchez criou uma estética própria que passa ainda pelo
universo pop dos quadrinhos". J. Sánchez concebe a gravura
como criação original; conversa acerca da vida - dos seus
aspectos: futebol, crianças, e pássaros, guerreiros e retratos,
discorre sobre a vida do mundo do homem comum - que por
qualquer motivo é centro de atenções e, por fim, transforma
em obra de arte a concepção sensível da sua experiência. /
ADIR BOTELHO
domingo, 23 de maio de 2010
sábado, 22 de maio de 2010
quarta-feira, 12 de maio de 2010
INTRODUÇÃO AO "BUNRAKU" / O Bunraku, tradicional teatro japonés
de bonecos, encontra-se entre as mais importantes tradições teatrais
do mundo, constituindo-se numa exuberante produção dramática que
alia narrativas musicais a sofisticados bonecos para o deleite do
público adulto. Assim como o Kabuki, o teatro Bunraku é vigorosa
expressão de cultura plebeia do período Edo (1603 - 1868 ). As
declamações que acompanham esse tipo de teatro são chamadas
gidayu-bushi. Quase sempre desempenhadas por um único narrador,
que descreve as cenas e fala por todas as personagens, seus fraseados
transitam livremente entre o discurso e a canção. // A poderosa
sonoridade da versão maior do shamisen - instrumento musical de três cordas - sempre acompanha o narrador nesse tipo de exibição. O shamisen
pontua as falas, sustenta as canções e determina o ritmo de todos
os acontecimentos encenados no palco. Os bonecos, grandes e sofisticados,
são manipulados simultaneamente por três artistas, que imprimem aos
movimentos dos títeres aspectos extremadamente detalhados e realisticos
A CABEÇA DA MARIONETE / A cabeça
(kashira) é a essência da marionete. Elas
são classificadas de acordo com a idade,
o sexo, a classe social, a personalidade
e o papel na peça. atualmente são utilizados
no Bunraku cerca de 50 tipos de cabeças.
Muitas delas, de autoria de artesãos famosos,
são verdadeiras obras primas e, nas mãos
de um mestre manipulador, podem ser mais
eloqüentes, profundas e sutis do que um
ator de carne e osso. A madeira do cipreste
de Nagoya, por sua combinação de leveza
e dureza, é considerada ideal para a confecção
das cabeças. Depois de ficar na água de um
rio por três meses, para extrair sua resina
natural, a peça é cortada em blocos que repousam
por cinco anos antes de serem trabalhados.
INVISIBILIDADE E MAGIA / A concentração
dos marionetistas e sua colaboração com
o shamisen e o narrador são elementos
importantíssimos para dar vida aos bonecos.
É preciso que os manipuladores como que
desapareçam, para que os bonecos passem
a dominar a cena, aparentem ser maiores
do que realmente são e expremam de modo
apropriado os sentimentos e as emoções
das personagens que representam. As
marionetes são montadas por completo a
cada novo espetáculo. O material de cada
boneco é reunido por uma equipe de
especialistas, mas é o próprio manipulador
principal quem procede à sua montagem final.
Enquanto trabalha nela, o marionetista reelabora
em sua mente a atuação e a personalidade do
boneco, incorporando a si mesmo e à própria
marionete tanto a personagem quanto o enredo
que são representados.
terça-feira, 11 de maio de 2010
SONEZAKI SHINJU / Os Amantes Suicidas de Sonezaki /
ORIGEM / Esta peca, uma das mais populares
do repertório Bunraku, foi encenada pela primeira
vez em 1703 e consituiu-se no primeiro sewamono,
gênero teatral que tem por tema a vida do cidadão
comum. De autoria do teatrólogo Chikamatsu Monzaemon,
a obra é a dramatização de um sensacional caso de
amantes suicidas ocorrido em Osaka, e foi levada ao palco
decorrido apenas um mês do incidente real. É também
a primeira de uma série de peças elaboradas por Chikamatsu
enfocando casos de amantes suicidas, obras de grande
valor dramático e literário pelo realismo e pela beleza poética
dos textos.// Naquela época, o suicidio de amantes pareceu
muitas vezes a única alternativa restante para alguns casais
que, por circunstâncias alheias à sua vontade, não podiam
se unir nesta vida. Mas enquanto os conflitos que conduzem
à morte dos amantes são descritos em linguagem realística,
suas mortes são mostradas de maneira muito poética. A cena
final - Michiyuki: a viagem para a morte no bosque do Santuário
Tenjin - começa com algumas das mais famosas linhas da
literatura japonesa e mostra, em atmosfera de sonho,
uma ponte para a transição do casal entre este e o outro mundo.
segunda-feira, 10 de maio de 2010
A ilustração e a gravura, embora hoje
distintas e independentes, foram confluentes
no inicio da história das artes gráficas.
A possibilidade de se gravar imagens
diretamente a partir de registros fotográficos
tornou a reprodução iconográfica independente
das técnicas tradicionais de gravação.
Neste processo, estas sofrem um abalo, por
assim dizer, justamente no ponto que atuou
como força motriz no seu processo de
desenvolvimento. Paralelamente, a ilustração
de jornais, revistas ou livros pôde doravante dotar-se
de aspectos especificamente desenhísticos.
Axl Leskoschek - Graz - Áustria 1889 / Viena 1975
A difusão dos meios fotomecânicos não afasta
necessariamente as técnicas tradicionais do
meio editorial (nossos pioneiros artistas-gravadores,
nas décadas de 30 e 40, particularmente, encontraram
na ilustração jornalística e editorial um campo de
atuação profissional ); tampouco destitui a gravura
de todo uso aplicado (técnicas arcaicas e moderníssimas
de reprodução de imagens sempre coexistiram como
coexistem hoje); nem mesmo libera a gravura para uma
utilização artística (evidencia, isso sim, o caráter interessado,
mais que propriamente expressivo, da maioria das
gravuras abertas até então: doravante, seria predominantemente
por sua potencialidade plástica que os artistas se voltaram aos meios artesanais de reprodução de imagens).
Trindade Leal - Santana do Livramento - RS 1927
Assinar:
Postagens (Atom)