quarta-feira, 25 de junho de 2014

CURSO DE ILUSTRAÇÃO EDITORIAL
WILFREDO LAM
SURREALISMO - INFLUÊNCIA DA ARTE AFRICANA

WILFREDO LAM 
(Wilfredo Óscar de la Concepción Lam y Castilla)
Nasceu em Sagua la Grande, Cuba em 1902.
Foi um pintor e gravador surrealista, influenciado
pela arte africana. 
Filho de um escrivão chinês, e de Ana Serafina Castilla,
mestiça de sangue índio e europeu.
A sua infância foi marcada pela sua madrinha Mantonica Wilson, ligada ao vodu e ao folclore das caraíbas.
Lam foi para Havana cursar direito, e ao mesmo tempo estudar arte na Academia de Santo Alexandre. 
Seus estudos iniciais nessa academia, foram de vertente clássica.
Durante os primeiros anos da década de 20, expõe no Salão
da Associação de Pintores e Escultores de Havana.
Em 1923, parte para Espanha em busca de novos horizontes artísticos, e estuda no ateliê de Alvarez de Sottomayor, pintor académico, mestre de Dalí e diretor
do Museu do Prado de Madrid, onde toma contato
com as obras de El Bosco, Brueguel e Goya.
Em 1929, casou-se com a sua primeira mulher, Eva Piriz,
com quem teve um filho. 
Em 1931, ambos morrem de tuberculose.
Durante a Guerra Civil Espanhola, toma partido pela causa
republicana, trabalhando numa fábrica de armamentos.
Em 1938 parte para Paris, onde conhece Picasso,
e no ano seguinte expõe na galeria de Pierre Loeb.
Com o inicio da Segunda Guerra Mundial e a invasão alemã
de Paris, Lam é obrigado a deixar a cidade, por causa das
suas convicções anti-fascistas e da sua origem cubana,
refugiando-se em Marselha. Toma contato com a vanguarda francesa, em especial com André Breton e o Surrealismo.
Este, impressionado com as suas pinturas, pede-lhe
que ilustre seu poema "Fata Morgana".
De Marselha parte para a Martinica, juntamente com outros artistas. 
Chega em Cuba em 1941.
O seu regresso é marcado pela constatação das difíceis
condições em que se encontram seus conterrâneos. É neste
ambiente que ele pinta uma de suas mais importantes obras "A Selva" (1943), exposta no (Moma) Museu de Arte Moderna de Nova Iorque.
Os anos 40 serão de constantes viagens entre Cuba, Paris e Nova Iorque, onde expõe por diversas vezes, na galeria Pierre Matisse.
Em 1944, casa-se com Helena Holzer, separando-se mais
tarde, em 1950.
Em 1952, vai viver em Nova Iorque.
Em 1960, casa-se pela terceira vez com Lou Lourin.
Em 1964, instala-se em Albisola Mare, próximo de Génova,
na Itália. 
Conhece Asger Jorn, fundador do grupo Cobra, 
quem o inicia na arte da cerâmica.
Morre em Paris, a 11 de setembro de 1982.
Wilfredo Lam criou uma nova narrativa dentro do imaginário
cubano, enraizada na arte africana. Seu trabalho foi um antídoto para a frivolidade pitoresca da nação, atolada
no estereótipo.
"Eu me recusei a pintar "cha-cha-cha".
Eu queria com todo o meu coração, pintar o drama 
do meu país, através do aprofundamento no espírito do negro. Desta forma eu poderia agir como um cavalo de Tróia
que iria vomitar alucinando, figuras com o poder 
de surpreender e perturbar os sonhos dos exploradores.
Eu sabia que estava correndo o risco de não ser compreendido tanto pelo homem da rua como pelos outros,
mas uma imagem verdadeira tem o poder de definir 
a imaginação de quem a olhar, mesmo que isso leve tempo"
disse.
dados extraídos da Wikipédia

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LAM - Encontro com Picasso


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LAM - Escultura africana - coleção particular do artista


LAM - Escultura africana - coleção particular do artista


LAM - Escultura africana - coleção particular do artista


LAM - Escultura africana - coleção particular do artista


LAM - Escultura africana - coleção particular do artista


LAM - Escultura africana - coleção particular do artista


LAM - Escultura africana - coleção particular do artista


LAM - Escultura africana - coleção particular do artista


LAM - Escultura africana - coleção particular do artista


CURSO DE ILUSTRAÇÃO EDITORIAL
O GENOCIDIO NEGRO NA ARGENTINA
FOTOGRAFIA DOCUMENTAL 

Foto: Alberto Henschel 1870


Lucas Fernández
Precursor do Socialismo no Rio da Prata

O primeiro genocidio na Argentina, e porque desapareceu
a nação de cor. No século XIX, entre 1850 e 1870, houve
uma cultura da negritude.
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O socialismo chegou ao Rio da Prata muito antes 
da corrente imigratória europeia.
Foi a comunidade negra de Buenos Aires, a dos ex-escravos
recem libertados com a Constituição Nacional de 1853,
que trouxeram as primeiras idéias e doutrinas do socialismo
utópico, em 1858, seis anos antes da fundação na Europa
da Associação Internacional dos Trabalhadores (Primeira
Internacional), que Marx, Engels e o anarquista Miguel Bakunin impulsionaram em 1864. Um intelectual negro,
Lucas Fernández, criou e dirigiú o semanario "O Proletario",
cujo primeiro número data de 18 de abril de 1858. O jornal
se comprometia em defender os interesses da clase, e os
interesses da classe de cor. 
O movimento se chamou "Democracia Negra", e se frustrou
por causa do exterminio da comunidade negra provocado
pela epidemia da febre amarela.
A esquerda argentina está em dívida com os pioneiros
negros, borrados da história e da memória.
Com ecessão de um trabalho do escritor Dardo Cúneo,
o primeiro jornalista operário e socialista na Argentina, editor de "La Vanguardia", (Buenos Aires, 1945), não se teve em conta aquele movimento precursor, muito mais vigoroso
e expressivo das classes oprimidas da época, que as referencias saintsimonianas de Esteban Echeverria 
e Sarmiento, estudadas por José Ingenieros na "Evolución de las Ideas Argentinas". Essa experiência e sua abrupta
interrupção, é um dos fatos trágicos da história argentina,
o segundo foi o genocidio praticado contra os índios,
na famosa "Campanha do Deserto", que foi uma conquista,
porque na verdade não era um deserto. Os aborigens,
especialmente os do Sul, foram submetidos a uma guerra
bactereológica por meio do envio de comerciantes
as "tolderias", como eram chamados os acampamentos
indígenas, lhes entregando mantas com o virus da variola.
Assim foram dizimados e logo assassinados, homens, mulheres, crianças e velhos pelo exército. 
Os argentinos não foram os criadores dessa antecipação
vernácula do nazismo, os norteamericanos utilizaram
esse método na conquista do Oeste para o exterminio
indígena. Durante muito tempo se acreditou que o general
Custer tinha sido o inventor desse método, mas novas
investigações comprovam que ele foi empleado desde fins do século XVIII. O terceiro genocidio foi o dos obreros
da Patagonia, em 1921, cuando o exército reprimió as greves operárias, fusilando mil e quinhentos trabalhadores.
O quarto genocidio foi o massacre dos militantes 
da Juventude Peronista, vivido durante os anos da ditadura 
militar (1976-1983), chamado "Processo de Reorganização Nacional". Mas o menos conhecido continúa sendo o dos
homens e mulheres de cor e a sua experiência libertadora,
destruída de raiz, o primeiro socialismo em Buenos Aires.

Foto: Autor anónimo


Foto: Justiniano José de Barros


Foto: Autor anónimo


Foto: Adolpho Lindemann