quinta-feira, 15 de abril de 2010

FOTOJORNALISMO
No fotojornalismo a fotografia pode exibir toda sua capacidade de transmitir informações. Essas informações são transmitidas pelo simples "enquadramento" escolhido pelo fotógrafo diante do fato. A fotografia em preto e branco publicada em jornais existe há mais de 100 anos, e é uma das carateristicas do fotojornalismo. Embora a fotografia colorida tenha ganhado espaço no inicio dos anos 70 com as revistas semanais. Os daguerreótipos obtidos pelos irmãos Natterer em 1841 retratando a procissão de centésimo aniversário de Joseph II em Viena, foram o primeiro registro fiel de um evento a ser divulgado. O curto tempo de exposição, apenas um segundo, o que levou as imagens a serem intituladas "sekundebilder". Permitiú pela primeira vez o congelamento do movimento. O final do século XIX e inicio do século XX, vê o aparecimento de películas cada vez mais sensíveis. Isso irá permitir o registro da ação durante seu desenrolar, o que acaba por se tornar a carateristica definidora do fotojornalismo. Após a segunda guerra, surge na França, uma agencia-cooperativa de fotógrafos independentes com os mesmos obgetivos: ter liberdade de pauta, discutir os trabalhos realizados, se aprofundar nas reportagens e sobretudo lutar pelos direitos autorais e a posse dos negativos originais. Essa agencia, fundada em 1947, em París, por Henri Cartier-Bresson, Robert Capa, David Seimour e George Rodger, chamouse AGENCIA COOPERATIVA MAGNUM . Pioneira em toda a história do jornalismo.

J.Thomson - Night Watchman - Peking 1865

John Thomson - 1837-1921 - Inglaterra
Geógrafo, viajante e pioneiro do fotojornalismo.
Fotografou o extremo Oriente na segunda
metade do século XIX. Os mendigos
e a denominda "nobreça" da China Imperial.
As pessoas, as paisagens e os costumes.
Ele viajou por todo o território continental da
Malásia e da ilha de Sumatra estudando as
vilas e os povos indígenas.Viaja a China em
1868, e passa 4 anos fotografando e fazendo
expedições a regiões quase despovoadas,
onde seus habitantes nunca antes tinham
visto uma cámera fotográfica. Teve
que fotografar em variadas condições, e muitas
vezes teve que improvisar porque os produtos
químicos eram difíceis de adquirir. Entre 1876 e 1877,
em Londres e em parceria com o jornalista Adolphe
Smith, colabora na produção da revista mensal
Street Life, projeto documentado com fotos e texto
sobre a vida dos moradores de rua de Londres.
Esta série foi publicada em livro em 1878

J. Riis - "Five Cents a Spot" - New York 1889

JACOB RIIS - 1849-1914 - Dinamarca
Como a outra Metade Vive: Estudos
Entre os Tenements de Nova York
de 1890, foi um trabalho pioneiro de
fotojornalismo de Jacob Riis, documentando
as péssimas condições de vida nas favelas
de Nova York City na década de 1880.
Riis emigrou para os Estados Unidos em 1870.
Em 1877 tornou-se repórter policial do New
York Tribune. Foi bem sucedido. Logo começa
a publicar um Photojournal documentando essas
condições com descrições gráficas, desenhos,
fotografias e estatisticas. Em 1889 escreve um
enérgico artigo sobre o tema, que foi publicado
com uma série de gravuras de suas fotografias.
Técnica comum na época, que consistia em
reproduzir uma fotografia em desenho a "bico
de pena", para ser publicada em jornal. Em 1888,
contratado como fotojornalista pelo New York
Evening, foi um dos primeiros fotógrafos a
utilizar o flash de pó, que lhe permitia fotografar
interiores das favelas a noite. Em 1889, publica
no Scribner's Magazine, um relato ilustrado da
vida da cidade, que teve como título "Como Vive
a Outra Metade". Nos próximos 25 anos, Riis
fotografou e escreveu sobre o problema dos
pobres, recebendo influência de Charles Dickens,
e suas histórias dos pobres de Londres, que Riis
admirava. A sua auto-biografia "The Making of
an Américan" foi publicada em 1901.