CURSO DE ILUSTRAÇÃO EDITORIAL
A História Humana Contada Pela Arte
ILUSTRAÇÃO POLÍTICA
LUIS TRIMANO
Série Modelo de Armar
"Prostituição & Capitalismo"
hidrográfica e esferográfica
"El Barco" - Edição virtual - Monte Alto - Rio de Janeiro - 2019
O propósito deste blog é o de mostrar o trabalho do ilustrador,independente das regras impostas pelo mercado,nas quatro disciplinas praticadas por mim, em diferentes momentos e veículos: A Caricatura na Imprensa,A Ilustração na Imprensa,A Ilustração Editorial e O Poema Ilustrado. Também são mostradas modalidades diferentes das mesmas propostas como: Montagens das exposições e a revalorização do painel mural, através das técnicas de reprodução digital em baner.
terça-feira, 13 de agosto de 2019
UM OLHAR MARXISTA
SOBRE A PROSTITUIÇÃO
"A posição da mulher é o indicativo mais claro
e eloquente para avaliar um regime social
e político do Estado."
León Trotsky - Escritos - 1938
Se tomarmos esta frase de Trotsky como critério,
o regime social capitalista e a política de seus estados
em todo o mundo não passam pela prova dos fatos.
Os dados que mostram que as mulheres são 70%
dos pobres em todo o mundo, a quantidade de mortes
de mulheres decorrentes de abortos inseguros,
o corte de seus direitos socias produto dos planos
de austeridade, e os números assustadores sobre a prostituição e a exploração sexual infantil, são indicativos
claros e eloquentes.
A ideia não muda a realidade, a não ser que se transforme
em ação. A existência determina a consciência.
Chamam o imperialismo de "comunidade internacional",
as classes sociais de "extratos" ou "castas",
ou simplesmente não existem: somos somente "cidadãos".
Referem-se à prostituição como "trabalhadoras do sexo",
com a intenção de criar a ilusão, ao usar a palavra
"trabalhadoras" (porque o trabalho dignifica...) de que,
pela arte da linguagem, desapareçam as profundas implicações sociais, econômicas e psicológicas
para as mulheres que a exercem
e para o conjunto da sociedade, um alívio para a consciência
pesada. Assim, os homens, que usam e abusam delas
podem ir tranquilos porque "deram trabalho" a uma mulher
que terá dinheiro para comprar comida para os filhos...
O fato de que milhões de mulheres no mundo
tenham que vender seu corpo para sobreviver, é uma chaga
na sociedade capitalista.
Os escritores a serviço da burguesia, em seus tratados
sobre o tema, repetem a expressão "a profissão mais antiga
do mundo", e até as pessoas comuns se referem
a prostituição da mesma forma.
Procuram dar-lhe um significado de eternidade,
ao conferir-lhe um sentido "respeitável" de "profissão"
ou seja, que não é possível mudar o que a história definiu
como um "fato característico" e inato à espécie humana.
O surgimento da prostituição, segundo Federico Hengels,
aparece paralelamente à necessidade do homem
estabelecer o direito de herança de sua propriedade
privada a seus filhos, portanto, precisa da fidelidade absoluta da mulher para garanti-lo. Porém ele se reserva a liberdade
sexual por meio da poligamia e da prostituição.
Escraviza a mulher duplamente, como propriedade privada
para a reprodução e como prostituição pública
para satisfazer sua luxúria.
A mulher que se vê obrigada a se prostituir para poder
sobreviver o faz por necessidade; o homem que paga
por isso para simples satisfação de seu desejo sexual,
transforma desta maneira a mulher em mero objeto,
em uma mercadoria com valor de uso.
A prostituição e a monogamia na sociedade moderna
capitalista continuam sendo antinomias, mas inseparáveis,
dois polos do mesmo estado social. O capitalismo não pode
resolver esta contradição que está em sua base material
e se aprofundou com a necessidade de incorporar
grandes massas femininas à produção social,
mas sem poder absorver a totalidade, produto das leis
do mercado, deixa enormes contingentes fora do aparelho
produtivo, obrigando-as a recorrer à prostituição como forma
de sobreviência, e criou verdadeiras industrias do sexo,
transformando uma necessidade humana em mercadoria,
aprofundando a visão da mulher como objeto sexual,
como fonte de lucro.
SOBRE A PROSTITUIÇÃO
"A posição da mulher é o indicativo mais claro
e eloquente para avaliar um regime social
e político do Estado."
León Trotsky - Escritos - 1938
Se tomarmos esta frase de Trotsky como critério,
o regime social capitalista e a política de seus estados
em todo o mundo não passam pela prova dos fatos.
Os dados que mostram que as mulheres são 70%
dos pobres em todo o mundo, a quantidade de mortes
de mulheres decorrentes de abortos inseguros,
o corte de seus direitos socias produto dos planos
de austeridade, e os números assustadores sobre a prostituição e a exploração sexual infantil, são indicativos
claros e eloquentes.
A ideia não muda a realidade, a não ser que se transforme
em ação. A existência determina a consciência.
Chamam o imperialismo de "comunidade internacional",
as classes sociais de "extratos" ou "castas",
ou simplesmente não existem: somos somente "cidadãos".
Referem-se à prostituição como "trabalhadoras do sexo",
com a intenção de criar a ilusão, ao usar a palavra
"trabalhadoras" (porque o trabalho dignifica...) de que,
pela arte da linguagem, desapareçam as profundas implicações sociais, econômicas e psicológicas
para as mulheres que a exercem
e para o conjunto da sociedade, um alívio para a consciência
pesada. Assim, os homens, que usam e abusam delas
podem ir tranquilos porque "deram trabalho" a uma mulher
que terá dinheiro para comprar comida para os filhos...
O fato de que milhões de mulheres no mundo
tenham que vender seu corpo para sobreviver, é uma chaga
na sociedade capitalista.
Os escritores a serviço da burguesia, em seus tratados
sobre o tema, repetem a expressão "a profissão mais antiga
do mundo", e até as pessoas comuns se referem
a prostituição da mesma forma.
Procuram dar-lhe um significado de eternidade,
ao conferir-lhe um sentido "respeitável" de "profissão"
ou seja, que não é possível mudar o que a história definiu
como um "fato característico" e inato à espécie humana.
O surgimento da prostituição, segundo Federico Hengels,
aparece paralelamente à necessidade do homem
estabelecer o direito de herança de sua propriedade
privada a seus filhos, portanto, precisa da fidelidade absoluta da mulher para garanti-lo. Porém ele se reserva a liberdade
sexual por meio da poligamia e da prostituição.
Escraviza a mulher duplamente, como propriedade privada
para a reprodução e como prostituição pública
para satisfazer sua luxúria.
A mulher que se vê obrigada a se prostituir para poder
sobreviver o faz por necessidade; o homem que paga
por isso para simples satisfação de seu desejo sexual,
transforma desta maneira a mulher em mero objeto,
em uma mercadoria com valor de uso.
A prostituição e a monogamia na sociedade moderna
capitalista continuam sendo antinomias, mas inseparáveis,
dois polos do mesmo estado social. O capitalismo não pode
resolver esta contradição que está em sua base material
e se aprofundou com a necessidade de incorporar
grandes massas femininas à produção social,
mas sem poder absorver a totalidade, produto das leis
do mercado, deixa enormes contingentes fora do aparelho
produtivo, obrigando-as a recorrer à prostituição como forma
de sobreviência, e criou verdadeiras industrias do sexo,
transformando uma necessidade humana em mercadoria,
aprofundando a visão da mulher como objeto sexual,
como fonte de lucro.
Por isso que Marx aponta como uma característica
baseada no modo de produção capitalista
que cobra seu preço máximo na classe desposuída
dos meios de produção. O capital não só os expropia
do produto do seu trabalho como também submete
suas vidas as leis do mercado, segundo as quais
os operários, homens e mulheres, não tem outro caminho
que não seja vender sua força de trabalho como mercadoria
por salários miseráveis.
A opressão da mulher e a prostituição como uma de suas
expressões mais brutais, não é eterna nem é uma profissão.
É uma das consequências mais atrozes da opressão
e da exploração capitalista.
No negócio do tráfico de pessoas, da prostituição infantil,
e da pronografia, a maioria são mulheres recrutadas
de maneira forçada, entre elas uma alta porcentagem
é de menores de idade, provenientes dos países pobres
da Ásia, América Latina e Caribe, e seu destino
são os países ridos da Europa.
Estamos absolutamente contra a legalização da prostituição
ou qualquer outra política burguesa para regulamentá-la.
Defendemos o fim da prostituição e de todas as formas
de mercantilização do corpo da mulher.
A prostituição está intimamente ligada à exploração
do homem pelo homem; em nossa época à exploração
capitalista e à destruição humana produzida por esta.
Lutamos por uma sociedade completamente diferente
do capitalismo, uma sociedade socialista na qual
as relações humanas e dentro delas as dos sexos,
possam ser fundadas sobre outra moral, a da solidariedade
e do bem comum, livres dos condicionamentos
econômicos burgueses, livres de todo tipo de opressões
e submissão, livres da comercialização do sexo e da coisificação da mulher, na qual transmitir, doar, entregar, adquirir, não esteja sujeito à miserável lei do valor capitalista.
Releitura de um texto de Rosa Cecilia Lemos
dados extraídos da wikipédia
baseada no modo de produção capitalista
que cobra seu preço máximo na classe desposuída
dos meios de produção. O capital não só os expropia
do produto do seu trabalho como também submete
suas vidas as leis do mercado, segundo as quais
os operários, homens e mulheres, não tem outro caminho
que não seja vender sua força de trabalho como mercadoria
por salários miseráveis.
A opressão da mulher e a prostituição como uma de suas
expressões mais brutais, não é eterna nem é uma profissão.
É uma das consequências mais atrozes da opressão
e da exploração capitalista.
No negócio do tráfico de pessoas, da prostituição infantil,
e da pronografia, a maioria são mulheres recrutadas
de maneira forçada, entre elas uma alta porcentagem
é de menores de idade, provenientes dos países pobres
da Ásia, América Latina e Caribe, e seu destino
são os países ridos da Europa.
Estamos absolutamente contra a legalização da prostituição
ou qualquer outra política burguesa para regulamentá-la.
Defendemos o fim da prostituição e de todas as formas
de mercantilização do corpo da mulher.
A prostituição está intimamente ligada à exploração
do homem pelo homem; em nossa época à exploração
capitalista e à destruição humana produzida por esta.
Lutamos por uma sociedade completamente diferente
do capitalismo, uma sociedade socialista na qual
as relações humanas e dentro delas as dos sexos,
possam ser fundadas sobre outra moral, a da solidariedade
e do bem comum, livres dos condicionamentos
econômicos burgueses, livres de todo tipo de opressões
e submissão, livres da comercialização do sexo e da coisificação da mulher, na qual transmitir, doar, entregar, adquirir, não esteja sujeito à miserável lei do valor capitalista.
Releitura de um texto de Rosa Cecilia Lemos
dados extraídos da wikipédia
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