domingo, 30 de novembro de 2014

CIVILIZAÇÃO AZTECA

Povo guerreiro, os aztecas habitaram a região
do México entre os séculos XIV e XVI, e fundaram
no século XIV, a importante cidade de Tenochtitlán,
atual Cidade do México, uma região de pántanos,
próxima do lago Texcoco.
A sociedade era hierarquizada e comandada por
um Imperador, chefe do exército, a nobreza era 
também formada por sacerdotes e chefes militares.
Durante o governo do Imperador Montezuma II,
no inicio do século XVI, o Império Azteca chegou
a ser formado por aproximadamente 500 cidades,
que pagavam altos impostos para o Imperador.
O Império começou a ser destruído em 1519 com
as invasões espanholas, Os espanhois dominaram
os aztecas e tomaram grande parte dos objetos de ouro desta civilização. Não satisfeitos ainda escravizaram os aztecas, forzando-os a trabalharem nas minas de 
ouro e prata da região.

CIVILIZAÇÃO INCA

Os incas viveram na região da Cordilheira dos Andes,
nos atuais Perú, Bolivia, Chile e Equador. No século
XIII, fundaram a cidade sagrada de Cuzco, capital do
Império. Foram dominados pelos espanhois em 1532.
O Imperador conhecido por Sapa Inca era considerado
um deus na terra. A sociedade era hierarquizada como
a Sociedade Azteca, formada por nobres, governantes,
chefes militares, juízes esacerdotes, a camada média,
funcionários públicos, trabalhadores especializados,
e a clase baixa: artesãos e camponeses. Esta última
pagava altos tributos ao Imperador, em mercadorias
ou com trabalhos em obras públicas.
Na arquitetura, desenvolveram construções de templos,
casas e palácios com enormes blocos de pedras encaixadas. A cidade de Macchu Picchu foi descoberta
somente em 1911, e rebelou a eficiente estrutura urbana
da sociedade inca. A agricultura era extremamente desenvolvida, pois plantavam nos chamados "terrazos",
(degraus formados nas encostas das montanhas) plantavam
feijão, milho (alimento sagrado) e batata. Construiam canais
de irrigação desviando o curso dos rios para as aldeias, e na
arte destacaram-se pela qualidade dos objetos de ouro, prata, tecidos e jóias. Domesticaram a "chama", animal da
familia do camelo, e a utilizaram como meio de transporte,
alem de retirar a lâ e o leite, alem da llama, também eram criadas alpacas e vicunhas.
A religião tinha como principal deus, o sol (Deus Inti). Cultuavam também animais considerados sagrados, como
o condor e o jaguar e acreditavam num criador antepassado
chamado "Viracocha", criador de tudo. 
Inventaram um interessante sistema de contagem: o "quipo",
um instrumento feito de cordões coloridos, onde cada cor representava a contagem de algo. 
Mesmo com todo o desenvolvimento, este povo não desenvolveu um sistema de escrita.

ARTE PRÉ-COLOMBIANA

Levada a cabo pelos povos mesoamericanos, anteriores
a conquista da América Latina pelos espanhóis e portugueses, a Arte Pré-colombiana, de autoria anónima,
comprende diversas tipologias, como a arquitetura, a estatuária, a pintura, a joalheria, a ouriversaria, a cerámica,
os objetos de uso doméstico e os ornamentos.
Os materiais mais frequentes são a pedra, o tecido, o barro
e o metal, sobre o qual estes povos tinham profundo domínio

dados extraídos da Wikipédia

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

ARTE PRÉ-COLOMBIANA


ARTE PRÉ-COLOMBIANA


ARTE PRÉ-COLOMBIANA


ARTE PRÉ-COLOMBIANA


ARTE PRÉ-COLOMBIANA


ARTE PRÉ COLOMBIANA


ARTE PRÉ-COLOMBIANA


ARTE PRÉ-COLOMBIANA


ARTE PRE-COLOMBIANA


ARTE PRÉ-COLOMBIANA


ARTE PRÉ-COLOMBIANA


ARTE PRÉ-COLOMBIANA


ARTE PRÉ-COLOMBIANA


ARTE PRÉ-COLOMBIANA


ARTE PRÉ-COLOMBIANA


ARTE PRÉ-COLOMBIANA


ARTE PRÉ-COLOMBIANA


ARTE PRÉ-COLOMBIANA


quinta-feira, 27 de novembro de 2014

CURSO DE ILUSTRAÇÃO EDITORIAL
TRIMANO - Série "Estigmas"
Ilustrações sobre "Poemas Humanos" de César Vallejo
O SURREALISMO E O POEMA MILITANTE

Capa do catálogo da exposição TRIMANO - Série "Estigmas" Sala Bernardelli - MNBA - Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro - 1988


Como César Vallejo, que homenageia com esta exposição,
Trimano se retira para extremos do olhar. Vallejo se retirava
ao azul e, retraindo-se, endurecia até "apertar a alma".
Trimano se retira ao vermelho. Sob a camisa do cotidiano
polido, normal, enxerga - a traços nevrálgicos - uma prancha
anatômica. É a uma cirurgia do humano que procede a "alma
apertada": ao rasgar-se o véu das facetas, e o próprio véu das nossas peles, sobra um achado arqueológico que tem o peso do horror. Ante a normalidade catastrófica de cada momento, somos pedras que sangram, massas de músculos, lixos de ossos. As caras e o véu das roupas podem variar quanto queiram: o que importa e é decisivo
são as cartilagens que rangem.
Esses coágulos que borram os muros. Esses fios retroativos
de sangue que aplicam eletricidade nas cenas. O passado coletivo presente, como se houvesse em plena rua uma erupção rupestre. Posturas fósseis de seres isolados mineralizados por seu grafismo. A textura de pedra de um
cachorro vago ou um torso. O desenho ele próprio como
granulação de rocha - ou como segmentação porosa eletrônica, criando labirintos e malhas de definição imprecisa
Recomendando saborear a "canção dita pelos lábios inferiores do desejo", Vallejo farejava "ao longe os tutanos, 
ouvindo a sondagem profunda". Dessa mesma sondagem
procede a erupção dos estigmas, marcas arcaicas, com
ferro em brasa, que originam gestos de hoje, e cuja atuação
é lembrada, nos desenhos de Trimano, por indicadores carregados de tensão emotiva: setas, cruzes, bandagens.
É precisso ouvir os rios de sangue para ser autêntico. 
Captá-los na crueza de sua fluidez instantânea. Ouvir a pulsação dos estigmas que, em certos insetos, são órgãos
de respiração. É precisso olhar a fera de frente e compreender seu horror, que nasceu da mesma fonte dessa
intensidade vital: o prazer de estar, e em todas as modalidades do ser. Vallejo já previu que, "se assim dermos
com o nariz no absurdo, chocaremos a asa que ainda não
nasceu.
Leonardo Fróes
Petrópolis - Rio de Janeiro - 1987

TRIMANO - Retrato de César Vallejo - nanquim e guache


Filho de pai espanhol e mãe índia, o poeta César Abraham Vallejo, nasceu em Santiago de Chuco, departamento           de La Libertad, Perú, em 16 de março de 1892. Por volta
de 1908, ja estava escrevendo, e nos anos seguintes, com
a familia em aperto, tentou inutilmente estudar Medicina e
Letras. Começou dois cursos, mas não concluiu nenhum.
Em 1912, trabalhou numa fazenda, como ayudante de caixeiro. Recomeçou a estudar Letras e Leis em Trujillo,
em 1913, ano em que publica os primeiros versos.
Em 1917, tenta suicídio. Tempo depois embarca para Lima
com um caderno de poemas como bagagem. Colabora com
revistas de Trujillo e Lima, e chega a ocupar, em 1918,
a direção do Instituto Nacional, cargo que perdeu no ano 
seguinte. A pobreza o rondou.
Em 1919 publica "Los Heraldos Negros", seu primeiro livro.
Envolvido num conflito político, em 1920, é preso em Santiago de Chuco, passando 112 dias atrás das grades.
Em 1921 ganha um prêmio literário, e com o dinheiro imprime, em 1922, seu segundo livro "Trilce". Viaja a Europa
em 1923. Em Paris conhece Portinari, Artaud, Tzara, Unamuno, Huidobro. Em 1928, depois de sucessivas dificuldades econômicas, e com a saúde sempre instável,
começou a viver com Georgette, sua companheira 
até a morte.
Em 1929, viajou à União Soviética, aonde voltaria 
outras vezes. Na Espanha, em 1930-1931, conheceu
Pedro Salinas, Rafael Alberti e Garcia Lorca. 
Atividade poética e política, em Paris, em 1932, seguida do casamento com Georgette em 1934.
Em 1936, com a guerra civil na Espanha, trabalhou intensamente pela causa republicana. Esteve em Barcelona
e Madrid, e em julho de 1937 participou em Valência, como
representante do Perú, do Congresso Internacional de Escritores Antifascistas. Em setembro de 1937, escreve
"España, aparta de mi este cáliz", Depois de uma doença
súbita, possivelmente um tipo de tuberculose, que os médicos não conseguiram diagnosticar, morre em 15 de abril de 1938.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

TRIMANO - Série "Estigmas" - nanquim e guache - 1.00 x 0.80 mts.


CONFIANZA EN EL ANTEOJO,
NÓ EN EL OJO...

Confianza en el anteojo, nó en el ojo;
en la escalera, nunca en el peldaño
en el ala, nó en el ave
y en ti sólo, en ti sólo, en ti sólo.

Confianza en la maldad, nó en el malvado,
en el vaso, mas nunca en el licor;
en el cadáver, nó en el hombre
y en ti sólo, en ti sólo, en ti sólo.

Confianza en muchos, pero ya no en uno;
en el cauce, jamás en la corriente;
en los calzones, no en las piernas
y en ti sólo, en ti sólo, en ti sólo.

Confianza en la ventana, nó en la puerta;
en la madre, nó en los nueve meses;
en el destino, nó en el dado de oro,
y en ti sólo, en ti sólo, en ti sólo.

César Vallejo

TRIMANO - Série "Estigmas" - nanquim e guache - 1.00 0.80 mts.


OTRO POCO DE CALMA,
CAMARADA...

Otro poco de calma, camarada;
un mucho inmenso, septentrional, completo,
feroz, de calma chica,
al servivio menor de cada triunfo
y en la audaz servidumbre del fracaso.

Embriaguez te sobra, y no hay
tanta locura en la razón, como este
tu raciocinio muscular, y no hay
más racional error que tu experiencia.

Pero, hablando más claro
y pensándolo en oro, eres de acero,
a condición que no seas
tonto y rehúses
entusiasmarte por la muerte tánto
y por la vida, con tu sola tumba.

Necesario es que sepas
contener tu volumen sin correr, sin afligirte,
tu realidad molecular entera
y más allá, la marcha de tus vivas
y más acá, tus mueras legendarios.

Eres de acero, como dicen,
con tal que no tiembles y no vayas
a reventar, compadre
de mi cálculo, enfático ahijado
de mis sales luminosas!

Anda, no más, resuelve,
considera tu crisis, suma, sigue,
tájala, bájala, ájala;
el destino, las energías íntimas, los catorce
versículos del pan: cuantos diplomas
y poderes, al borde fehaciente de tu arranque!
Cuánto detalle en síntesis, contigo!
Cuánta presión idéntica, a tus pies!
Cuánto rigor y cuánto patrocinio!

Es idiota
ese método de padecimento,
esa luz modulada y virulenta,
si con sólo la calma haces señales
serias, características, fatales.

Vamos a ver, hombre;
cuéntame lo que me pasa,
que yo, aunque grite, estoy siempre a tus órdenes.

César Vallejo

TRIMANO - Série "Estigmas" - nanquim e guache - 1.00 x 0.80 mts.


LOS NUEVE MONSTRUOS

I, desgraciadamente,
el dolor crece en el mundo a cada rato,
crece a treinta minutos por segundo, paso a paso,
y la naturaleza del dolor, es el dolor dos veces
y la condición del martirio, carnívora. voraz,
es el dolor dos veces
y la función de la yerba purísima, el dolor
dos veces
y el bien de sér, dolernos doblemente.

Jamás, hombres humanos,
hubo tanto dolor en el pecho, en la solapa, en la
       cartera
en el vaso, en la carnicería, en la aritmética!
Jamás tanto cariño doloroso,
jamás tan cerca arremetió lo lejos,
jamás el fuego nunca
jugó mejor su rol de frio muerto!
Jamás, señor ministro de salud, fué la salud
más mortal
y la migrana extrajo tánta frente de la frente!
Y el mueble tuvo en su cajón dolor,
el corazón, en su cajón, dolor,
la lagartija, en su cajón, dolor.

Crece la desdicha, hermanos hombres,
más pronto que la máquina, a diez máquinas, y crece
con la res de Rousseau, con nuestras barbas;
crece el mal por razones que ignoramos
y es una inundación con propios líquidos,
con propio barro y propia nube sólida!
Invierte el sufrimiento posiciones, da función
en que el humor acuoso es vertical
al pavimento,
el ojo es visto y esta oreja oída,
y esta oreja da nueve campanadas a la hora
del rayo, y nueve carcajadas
a la hora del trigo, y nueve sones hembras
a la hora del llanto, y nueve cánticos
a la hora del hambre y nueve truenos
y nueve látigos, menos un grito.

El dolor nos agarra, hermanos hombres,
por detrás, de perfil,
y nos aloca en los cinemas,
nos clava en los gramófonos,
nos desclava en los lechos, cae perpendicularmente
a nuestros boletos, a nuestras cartas;
y es muy grave sufrir, puede uno orar...
Pues de resultas
del dolor, hay algunos
que nacen, otros crecen, otros mueren,
y otros que nacen y no mueren, otros
que sin haber nacido, mueren, y otros
que no nacen ni mueren (son los más).
Y también de resultas 
del sufrimiento, estoy triste
hasta la cabeza, y más triste hasta el tobillo,
de ver al pan, crucificado, al nabo,
ensangrentado
llorando, a la cebola
al cereal, en general, harina,
a la sal, hecha polvo, al agua, huyendo,
al vino, un ecce-homo,
tan pálida a la nieve, al sol tan ardio!
Cómo, hermanos humanos,
no deciros que ya no puedo y
ya no puedo con tanto cajón,
tánto minuto, tánta
lagartija y tánta
inversión, tánto lejos y tanta sed de sed!
Señor Ministro de Salud, que hacer?
Ah! desgraciadamente, hombres humanos,
hay, hermanos, muchísimo que hacer.

César Vallejo

TRIMANO - Série "Estigmas" - nanquim e guache - 1.00 x 0.80 mts.


LA RUEDA DEL HAMBRIENTO

Por entre mis propios dientes salgo humeando,
dando voces, pujando,
bajándome los pantalones...
Váca mi estómago, váca mi yeyuno,
la miseria me saca por entre mis propios dientes,
cogido con un palito por el puño de la camisa.

Una piedra en que sentarme
no habrá ahora para mi?
Aun aquella piedra en que tropieza la mujer que ha
       dado a luz,
la madre del cordero, la causa, la raíz,
ésa no habrá ahora para mi?
Siquiera aquella otra,
que ha pasado agachándose por mi alma!
Siquiera
la calcárida o la mala (humilde océano)
o la que ya no sirve ni para ser tirada contra el
hombre,
ésa dádmela ahora para mi!

Siquiera la que hallaren atravesada y sola en un
      insulto,
esa dádmela ahora para mi!
Siquiera la torcida y coronada, en que resuena
solamente una vez el andar de las rectas conciencias,
o, al menos, esa otra, que arrojada en digna curva,
va a caer por si misma,
en profesión de entraña verdadera,
ésa dádmela ahora para mi!

Un pedazo de pan, tampoco habrá ahora para mi?
Ya no más he de ser lo que siempre he de ser,
pero dadme,
una piedra en que sentarme,
pero dadme
por favor, un pedazo de pan en que sentarme,
pero dadme
en español
algo, en fin, de beber, de comer, de vivir, de
       reposarse,
y después me iré...
Hallo una extraña forma, está muy rota
y sucia mi camisa
y ya no tengo nada, esto es horrendo.

César Vallejo

TRIMANO - Série "Estigmas" - nanquim e guache - 1.00 x 0.80 mts


MARCHA NUPCIAL

A la cabeza de mis propios actos,
corona en mano, batallón de dioses,
el signo negativo al cuello, atroces
el fósforo y la prisa, estupefactos
el alma y el valor, con dos impactos

al pie de la mirada, dando voces;
los límites, dinámicos, feroces,
tragándome los lloros inexactos;

me encenderé, se encenderá mi hormiga,
se encenderán mi llave, la querella
en que perdí la causa de mi huella.

Luego, haciendo del átomo una espiga,
encenderé mis hoces al pie de ella
y la espiga será por fin espiga.

César Vallejo

TRIMANO - Série "Estigmas" - nanquim e guache - 1.00 x 0.80 mts.


LOS DESGRACIADOS

Ya va a venir el día, da
cuerda a tu brazo, búscate debajo
del colchón, vuelve a pararte
en tu cabeza, para andar derecho.
Ya va a venir el día, ponte el saco.

Ya va a venir el dia, ten
fuerte en la mano a tu intestino grande, reflexiona,
antes de meditar, pues es horrible
cuando le cae a uno la desgracia
y se le cae a uno a fondo el diente.

Necesitas comer, pero, me digo,
no tengas pena, que no es de pobres
la pena, el sollozar junto a su tumba;
remiéndate, recuerda,
confia en tu hilo blanco, fuma, pasa lista
a tu cadena y guárdala detrás de tu retrato.
Ya va a venir el día, ponte el alma.

Ya va a venir el día, pasan,
han abierto en el hotel un ojo,
azotándolo, dándole con un espejo tuyo...
Tiemblas? 
Es el estado remoto de la frente
y la nación reciente del estómago.
Roncan aún... Que universo se lleva este ronquido!
Como quedan tus poros, enjuiciándolo!
Con cuántos doses, ay! estás tan solo!
Ya va a venir el día, ponte el sueño.

Ya va a venir el día, repito
por el órgano oral de tu silencio
y urge tomar la izquierda con el hambre
y tomar la derecha con la sed; de todos modos,
abstente de ser pobre con los ricos
atiza
tu frío, porque en el se integra mi calor, amada
    víctima.
Ya va a venir el día, ponte el cuerpo.

Ya va a venir el dia;
la mañana, la mar, el meteoro, van
en pos de tu cansancio, con banderas,
y, por tu orgullo clásico, las hienas
cuentan sus pasos al compás del asno,
la panadera piensa en ti,
el carnicero piensa en ti, palpando
el hacha en que están presos
el acero y el hierro y el metal, jamás olvides
que durante la misa no hay amigos.
Ya va a venir el dia, ponte el sol.

Ya viene el día, dobla
el aliento, triplica
tu bondad rencorosa
y da codos al miedo, nexo y énfasis,
pues tú, como se observa en tu entrepierna y siendo
el malo, ay! inmortal,
has soñado esta noche que vivías
de nada y morias de todo...

César Vallejo

TRIMANO - Série "Estigmas" - nanquim e guache - 1.00 x 0.80 mts.


LA PAZ, LA ABISPA, EL TACO,
LAS VERTIENTES...

La paz, la abispa, el taco, las vertientes,
el muerto, los decílitros, el buho,
los lugares, la tiña, los sarcófagos, el vaso, las
     morenas,
el desconocimiento, la olla, el monaguillo,
las gotas, el olvido,
la potestad, los primos, los arcángeles, la aguja,
los párrocos, el ébano, el desaire,
la parte, el tipo, el estupor, el alma...

Dúctil, azafranado, externo, nítido,
portátil, viejo, trece, ensangrentado,
fotografiadas, listas, tumefactas,
conexas, largas, encintadas, pérfidas...
Ardiendo, comparando,
viviendo, enfureciéndose,
golpeando, analizando, oyendo, estremeciéndose,
muriendo, sosteniéndose, situándose, llorando...

Después, éstos, aquí,
después, encima,
quizá, mientras, detrás, tánto, tan nunca,
debajo, acaso, lejos,
siempre, aquello, mañana, cuánto,
cuánto!...

Lo horrible, lo suntuario, lo lentísimo,
lo augusto, lo infructuoso,
lo aciago, lo crispante, lo mojado, lo fatal,
lo todo, lo purísimo, lo lóbrego,
lo acerbo, lo satánico, lo táctil, lo profundo...

César Vallejo

TRIMANO - Série "Estigmas" - nanquim e guache - 1.00 x 0.80 mts.


TRASPIÉ ENTRE DOS ESTRELLAS

Hay gentes tan desgraciadas, que ni siquiera
tienen cuerpo, cuantitativo el pelo.
baja, en pulgadas, la genial pesadumbre;
el modo, arriba;
no me busques, la muela del olvido,
parecem salir del aire, sumar suspiros mentalmente,
          oír
claros azotes en sus paladares!

Vanse de su piel, rascándose el sarcófago en que na-
           cen
y suben por su muerte de hora en hora
y caen, a lo largo de su alfabeto gélido, hasta el suelo.

Ay de tánto! ay de tan poco! ay de ellas!
Ay en mi cuarto, oyéndolas con lentes!
Ay en mi tórax, cuando compran trajes!
Ay de mi mugre blanca, en su hez mancomunada!

Amadas sean las orejas sánchez,
amadas las personas que se sientan,
amado el desconocido y su señora
el prójimo con mangas, cuello y ojos!

Amado sea aquel que tiene chinches,
el que lleva zapato roto bajo la lluvia,
el que vela el cadáver de un pan con dos cerillas,
el que se coge un dedo en una puerta,
el que no tiene cumpleaños,
el que perdió su sombra en un incendio,
el animal, el que parece un loro,
el que parece un hombre, el pobre rico,
el puro miserable, el pobre pobre!

Amado sea
el que tiene hambre o sed, pero no tiene
hambre con qué saciar toda su sed,
ni sed con qué saciar todas sus hambres!

Amado sea el que trabaja al día, al mes, a la hora,
el que suda de pena o de vergüenza,
aquel que va, por orden de sus manos, al cinema,
el que paga con lo que le falta,
el que duerme de espaldas,
el que ya no recuerda su niñez, amado sea
el calvo sin sombrero,
el justo sin espinas,
el ladrón sin rosas,
el que lleva reloj y ha visto a Dios,
el que tiene un honor y no fallece!

Amado sea el niño, que cae y aún llora
y el hombre que ha caído y ya no llora!

Ay de tanto! Ay de tan poco! Ay de ellos!

César Vallejo

TRIMANO - Série "Estigmas" - nanquim e guache - 1.00 x 0.80 mts.


terça-feira, 25 de novembro de 2014

LA CÓLERA QUE QUIEBRA 
AL HOMBRE EN NIÑOS...

La cólera que quiebra al hombre en niños,
que quiebra al niño, en pájaros iguales,
y al pájaro, después, en huevecillos;
la cólera del pobre
tiene un aceite contra dos vinagres

La cólera que al árbol quiebra en hojas,
a la hoja en botones desiguales
y al botón, en ranuras telescópicas;
la cólera del pobre
tiene dos rios contra muchos mares.

La cólera que quiebra al bien en dudas,
a la duda, en tres arcos semejantes
y al arco, luego, en tumbas imprevistas;
la cólera del pobre
tiene un acero contra dos puñales.

La cólera que quiebra al alma en cuerpos,
al cuerpo en órganos desemejantes
y al órgano, en octavos pensamentos
la cólera del pobre
tiene un fuego central contra dos cráteres.

César Vallejo

TRIMANO - Série ""Estigmas" - nanquim e guache - 1.00 x 0.80 mts.


UN HOMBRE PASA CON UN PAN
AL HOMBRO...

Un hombre pasa con un pan al hombro
Voy a escribir, después, sobre mi doble?

Otro se sienta, ráscase, extrae un piojo de su axila,
         mátalo
Con qué valor hablar del psicoanálisis?

Otro ha entrado en mi pecho con un palo en la mano
Hablar luego de Sócrates al médico?

Un cojo pasa dando el brazo a un niño
Voy, después, a leer a André Breton?

Otro tiembla de frío, tose, escupe sangre
Cabrá aludir jamás al Yo profundo?

Otro busca en el fango huesos, cáscaras
Como escribir, después, del infinito?

TRIMANO - Série "Estigmas" - nanquim e guache - 1.00 x 0.80 mts.


Un albañil cae de un techo, muere y ya no almuerza
Innovar, luego, el tropo, la metáfora?

Un comerciante roba un gramo en el peso a un cliente
Hablar, después, de cuarta dimensión?

Un banquero falsea su balance
Con que cara llorar en el teatro?

Un paria duerme con el pie a la espalda
Hablar, después, a nadie de Picasso?

Alguién va en un entierro sollozando
Como luego ingresar a la Academia?

Alguien limpia un fusil en su cocina
Con qué valor hablar del más allá?

Alguien pasa contando con sus dedos
Como hablar del no-yo sin dar un grito?

César Vallejo

HOY LE HA ENTRADO UNA
ASTILLA...

Hoy le ha entrado una astilla.
Hoy le ha entrado una astilla cerca, dándole
cerca, fuerte, en su modo
de ser y en su centavo ya famoso.
Le ha dolido la suerte mucho,
todo;
le ha dolido la puerta,
le ha dolido la faja, dándole
sed aflixión
y sed del vaso pero no del vino.
Hoy le salió a la pobre vecina del aire,
a escondidas, humareda de su dogma;
hoy le ha entrado una astilla.

La inmensidad persíguela
a distancia superficial, a un vasto eslabonazo.
Hoy le salió a la pobre vecina del viento
en la mejilla, norte, y en la mejilla, oriente;
hoy le ha entrado una astilla.

Quién comprará, en los dias perecederos, ásperos,
un pedacito de café con leche,
y quién, sin ella, bajará a su rastro hasta dar luz?
Quién será, luego, sábado, a las siete?
Tristes son las astillas que le entram
a uno,
exactamente ahí precisamente!
Hoy le entró a la pobre vecina del viaje,
una llama apagada en el oráculo,
hoy le ha entrado una astilla.

Le ha dolido el dolor, el dolor joven,
el dolor niño, el dolorazo, dándole
en las manos
y dándole sed, aflixión
y sed del vaso, pero no del vino.
La pobre pobrecita!

César Vallejo

TRIMANO - Série "Estigmas" - nanquim e guache - 1.00 x 0.80 mts.


ANDE DESNUDO, EN PELO,
EL MILLONARIO!...

Ande desnudo, en pelo, el millonario!
Desgracia al que edifica con tesoros su lecho de
muerte!
Un mundo al que saluda;
un sillón al que siembra en el cielo;
llanto al que da término a lo que hace, guardando los
          comienzos;
ande el de las espuelas;
poco dure muralla en que no crezca otra muralla;
dése al mísero toda su miseria,
pan, al que ríe;
hayan perder los triunfos y morir los médicos;
haya leche en la sangre;
añádase una vela al sol,
ochocientos as veinte;
pase la eternidad bajo los puentes!
Desdén al que viste,
corónense los pies de manos, quepan en su tamaño;
siéntese mi persona junto a mi!
Llorar el haber cabido en aquel vientre,
bendición al que mira aire en el aire,
muchos años de clavo al martillazo;
desnúdese al desnudo,
vístase de pantalón la capa,
fulja el cobre a expensas de sus láminas,
majestad al que cae de la arcilla al universo,
lloren las bocas, giman las miradas,
impídase al acero perdurar,
hilo a los horizontes portátiles,
doce ciudades al sendero de piedra,
una esfera al que juega con su sombra;
un dia hecho de una hora, a los esposos;
una madre al arado en loor al suelo,
séllense con dos sellos a los líquidos,
pase lista al bocado,
sean los descendientes,
sea la codorniz
sea la carrera del álamo y del árbol;
venzan, al contrario del círculo, el mar a su hijo
y a la cana el lloro;
dejad las áspides, señores hombres,
surcad la llama con los siete leños,
vivid,
elévese la altura,
baje el hondor más hondo,
conduzca la onda su impulsión andando,
tenga éxito la tregua en la bóveda!
Muramos;
lavad vuestro esqueleto cada día;
no me hagais caso,
una ave coja al déspota y a su alma;
una mancha espantosa, al que va solo;
gorriones al astrónomo, al gorrión, al aviador!
Lloved, solead,
vigilad a Júpiter, al ladrón de ídolos de oro,
copiad vuestra letra en tres cuadernos,
aprended de los cónjugues cuando hablan, y
de los solitarios, cuando callan;
dad de comer a los novios,
dad de beber al diablo en vuestras manos,
luchad por la justicia con la nuca,
igualaos,
cúmplase el roble,
cúmplace el leopardo entre dos robles,
seamos,
estemos,
sentid cómo navega el agua en los océanos,
alimentaos,
concíbase el error, puesto que lloro,
acéptese, en tanto suban por el risco, las cabras y sus
crías;
desacostumbrad a Dios a ser un hombre,
creced...!
Me llaman. Vuelvo.

César Vallejo