O propósito deste blog é o de mostrar o trabalho do ilustrador,independente das regras impostas pelo mercado,nas quatro disciplinas praticadas por mim, em diferentes momentos e veículos: A Caricatura na Imprensa,A Ilustração na Imprensa,A Ilustração Editorial e O Poema Ilustrado. Também são mostradas modalidades diferentes das mesmas propostas como: Montagens das exposições e a revalorização do painel mural, através das técnicas de reprodução digital em baner.
sexta-feira, 2 de março de 2012
MARTA BEATRIZ KELLY nasceu em Buenos Aires em 1943 /
É neta de galegos e irlandeses. A sua infãncia trancorreu
durante o governo peronista (1946-1955). Dessa época dirá
"só me lembro da chuva, a longa fila embaixo da chuva na
despedida a Evita, eu estava lá". Aos 15 anos o ator, diretor
e cantor de tangos Hugo del Carril a aconselha a entrar para
o Conservatório Nacional de Arte Dramática. A esses anos de estudo,
se segue um período de trabalho como atriz em televisão,
onde chegou a protagonizar novelas. Em discordância com o conteúdo
dos argumentos e os parlamentos impostos aos atores, se afasta da
televisão. Nos anos 70 participou do "Grupo Parque", liderado pelo
editor Miguel Grinberg e o compositor Luis Alberto Espinetta. Sobre
esses tempos de violenta ditadura, escreve: "contemplo a era
ortopédica, a terra dos vestigios, olhando como se evaporam as pontes..."
Em 1976 viaja ao Brasil, onde permanece por 8 meses. Essa viagem
lhe revela o caminho da meditação. Nos anos seguintes teve 6 filhos
e realizou estudos de terapias alternativas e astrologia. Na atualidade,
mora em Buenos Aires.
É neta de galegos e irlandeses. A sua infãncia trancorreu
durante o governo peronista (1946-1955). Dessa época dirá
"só me lembro da chuva, a longa fila embaixo da chuva na
despedida a Evita, eu estava lá". Aos 15 anos o ator, diretor
e cantor de tangos Hugo del Carril a aconselha a entrar para
o Conservatório Nacional de Arte Dramática. A esses anos de estudo,
se segue um período de trabalho como atriz em televisão,
onde chegou a protagonizar novelas. Em discordância com o conteúdo
dos argumentos e os parlamentos impostos aos atores, se afasta da
televisão. Nos anos 70 participou do "Grupo Parque", liderado pelo
editor Miguel Grinberg e o compositor Luis Alberto Espinetta. Sobre
esses tempos de violenta ditadura, escreve: "contemplo a era
ortopédica, a terra dos vestigios, olhando como se evaporam as pontes..."
Em 1976 viaja ao Brasil, onde permanece por 8 meses. Essa viagem
lhe revela o caminho da meditação. Nos anos seguintes teve 6 filhos
e realizou estudos de terapias alternativas e astrologia. Na atualidade,
mora em Buenos Aires.
ETÉREO VINHEDO
Francos os pés
correm
louco o coração
golpeia
frenéticas as mãos
aferram
o etéreo vinhedo
de minha alma
Terá pastado a ovelha
no meu campo?
A ameixa aquela entregou
todas suas flores!
A orquídea caída
naquele mato
teria sido vista tão só por mim?
Que conjunção de gestos
estelares nos reúne?
Senti naquela vez claramente
que o ponto de meu corpo
no espaço era
a cruz.
Hoje eu mordo essa ameixa
e nada mais.
As lembraças me atravessam
como trens que partem
em direções
Francos os pés
correm
louco o coração
golpeia
frenéticas as mãos
aferram
o etéreo vinhedo
de minha alma
Terá pastado a ovelha
no meu campo?
A ameixa aquela entregou
todas suas flores!
A orquídea caída
naquele mato
teria sido vista tão só por mim?
Que conjunção de gestos
estelares nos reúne?
Senti naquela vez claramente
que o ponto de meu corpo
no espaço era
a cruz.
Hoje eu mordo essa ameixa
e nada mais.
As lembraças me atravessam
como trens que partem
em direções
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