O propósito deste blog é o de mostrar o trabalho do ilustrador,independente das regras impostas pelo mercado,nas quatro disciplinas praticadas por mim, em diferentes momentos e veículos: A Caricatura na Imprensa,A Ilustração na Imprensa,A Ilustração Editorial e O Poema Ilustrado. Também são mostradas modalidades diferentes das mesmas propostas como: Montagens das exposições e a revalorização do painel mural, através das técnicas de reprodução digital em baner.
domingo, 7 de fevereiro de 2010
"Se há livros ilustrados com pinturas,
também pode haver quadros ilustrados
por livros" diz Kitaj. Ele começou por
colar extensos textos manuscritos nos
seus quadros-puzzles do inicio da arte
Pop, ha cerca de 35 anos, justificando a heresia
que podia ser também um gesto neo-dadaista,
com o precedente das notas de roda-pe
que T.S.Elliot associara ao seu poema mais famoso
"The Waste Land". Depois tomou o gosto de
fazer "prefácios" para muitas das suas obras,
publicados no catálogo da sua primeira exposição
de 1963 na Marlborough Galeria, e também expostos
em tabelas anexas.
A escrita não é a explicação da pintura
mas pode referir as motivações com que
o pintor abordou o seu tema, pode fornecer
pistas sobre as referências feitas a obra de
outros artistas, identificar os personagens
das suas ambiciosas composições alegóricas,
ou tomar o carácter de "short stories" que
se juntam, com a independência de narrações
paralelas, as suas últimas pinturas declaradamente
autobiográficas. Os quadros tem "vidas secretas"
e o pintor, que costuma apresentar-se como
um "velho simbolista" apenas abre algumas
das suas infindáveis portas.
Kitaj asumiú o forte componente literário e erudito
da sua formação intelectual e o caráter temático
da sua obra, infringindo un dos mais persistentes
interditos prescritos pela vontade de autonomia
que marcou o modernismo formalista: o assunto
é a própria pintura, apenas o jogo formal dos espaços
e cores, a obra "fala" por si própria, ou pela boca do crítico.
Kitaj é um pintor figurativo, e depois da morte de Bacon
um dos nomes mais importantes de uma tradição que
reivindica o (modernismo heróico antes do maneirismo
modernista) para fazer uma pintura sobre temas de hoje
(centrada nas relações humanas, na arte do passado,
na vida das ideias, e na revelação de si próprio.
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