Eles decidiram estar por toda parte. Por que não?
Todos os lugares eram deles porque sim.
Eles tinham mãos de láminas e tinham o desprezo dos pássaros.
No caminho que fica entre as pedras, decidiram.
E então começaram a derrubar.
E eles cortaram tudo. Por que não?
Todas as coisas eram deles porque era assim que eles pensavam.
Ela caiu em suas próprias sombras e eles a levaram.
Alguma coisa para ter, alguma coisa para guardar.
Cortando tudo eles chegaram até a água.
E quando o dia acabou ainda restava uma de pé.
Eles foram embora e deixaram para derrubá-la no dia
seguinte.
A noite aninhou-se nos seus últimos galhos.
A sombra da noite juntou-se à sombra sobre a água.
A noite e a sombra formaram uma só cabeça.
E a que restava decidiu que ficaria.
Pela manhã eles cortaram o que restava.
Como as outras a última caiu em sua própria sombra.
Em sua própria sombra sobre a água.
Eles a carregaram a sombra permaneceu na água.
Eles encolheram os ombros e começaram a tentar remover
a sombra.
Cortaram até o nível do chão a sombra continuou intacta.
Cobriram a sombra de tábuas ela apareceu por cima.
Iluminaram a sombra ela ficou mais escura mais brilhante.
Explodiram a água a sombra balançou.
Decidiram fazer uma enorme fogueira com as raízes.
Uma fumaça negra subiu entre a sombra e o sol.
A nova sombra se espalhou sem alterar a antiga.
Eles encolheram os ombros foram buscar pedras.
Voltaram e viram que a sombra estava crescendo.
Atiraram pedras sobre ela ela continuou crescendo.
Enquanto olhavam para os lados, ela continuava crescendo.
Decidiram transformar aquilo tudo em pedra.
Trouxeram mais pedras e as jogaram sobre a sombra.
A sombra se sobrepunha sem fim e continuava crescendo.
Isso foi um dia.
Na manhã seguinte aconteceu o mesmo ela continuava crescendo.
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