sábado, 6 de dezembro de 2014

Quando fui ver a exposição de Ingres na National Gallery
de Londres, em janeiro de 1999, fui cativado por seus belos desenhos de retratos - misteriosamente "precisos" quanto às
feições, porém desenhados no que me parecia uma escala
artificialmente pequena. O que tornava a proeza de Ingres
nesses desenhos tanto mais impressionante era o fato de os modelos serem todos estranhos (é muito mais fácil captar
a semelhança de alguém que se conhece direito) e de os
desenhos terem sido traçados em grande velocidade, 
a maioria num único dia. Ao longo dos anos eu desenhei muitos retratos, sei como leva tempo para desenhar do modo como Ingres desenhou. Fiquei pasmo. "Como ele
os tinha feito?, perguntei-me.

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