terça-feira, 6 de maio de 2014

ANDREI TARKOVSKY nasceu na aldeia de Zavrazhye, 
no distrito de Yuryevetsky, Rússia, em 1932, e faleceu
em Paris, França, em 1986. 
Foi filho do poeta Arseny Alexandrovich Tarkovsky.
Andrei passou a infância em Yuryevetsky.
Em 1937 seu pai deixou a familia e posteriormente, em 1941,
se apresentou ao exército. Tarkovsky ficou com a mãe,
mudando-se com ela e sua irmã Marina para Moscou,
onde trabalhou como revisor de impressão. Em 1939,
se matriculou na Escola de Moscovo Nº 554. 
Durante a guerra, os três foram evacuados para Yuryevets,
onde passou a viver com sua avô materna.
Em 1943, a familia retornou a Moscou. Tarkovsky continuou
seus estudos em sua antiga escola. Estudou piano em uma escola de música e frequentou aulas em uma escola de artes plásticas. De novembro de 1947 a primavera de 1948,
foi internado num hospital com tuberculose.
Muitos temas de sua infância - a evacuação na guerra,
sua mãe e seus dois filhos pequenos, a ausência do pai,
o tempo no hospital - tiveram referências em seus filmes.
Após a formatura do ensino medio (1951-1952), Tarkovsky
estudou árabe no Instituto Oriental, em Moscou, um ramo
da Academia de Ciências da URSS.
Foi durante uma expedição de pesquisa da qual participou
durante um ano na provincia de Turukhanskque, 
que decidiu estudar cinema.
Ao retornar da expedição em 1954, ingressou no Instituto
Estadual de Cinematografia (UGIK), no curso de direção.
Ele estava na mesma clase com Irma Raush, com quem
se casou em 1957, e quem mais tarde seria atriz dos seus
filmes.
No inicio da era Khruschev foram oferecidas oportunidades 
para os jovens cineastas. Antes de 1953, a produção anual
de cinema era baixa e a maioria dos filmes eram dirigidos
por diretores veteranos. Depois de 1953, a produção de filmes aumentou, e os jovens diretores ganharam espaço.
Khruschev aliviou as restrições sociais soviéticas 
e foi permitido um pequeno fluxo de literatura, filmes e música europeia e norte-americana para dentro da URSS.
Isto permitiu a Tarkovsky ver filmes como os neo-realistas
italianos, a novelle vague francesa, e diretores como
Mizoguchi, Kurosawa, Buñuel, Bergman, Breson e Andrzej
Wajda, cujo filme Cinzas e Diamantes foi de grande influência no seu trabalho. Em 1956, ele dirigiu seu primeiro
curta-metragem como aluno, Os Assassinos, a partir 
de um conto de Hemingway. Durante seu terceiro ano no UGIK, Tarkovsky conheceu  Andrei Konchalovsky, 
outro diretor jovem que anos mais tarde emigraria para
os Estados Unidos. Em 1959, eles escreveram o roteiro
de Antártida - Distante País, que foi rejeitado pela Lenfilm,
é em 1966 Andrei Rublev sobre a vida do maior pintor russo
de ícones e iluminuras, que viveu entre 1360 e 1430.
Também escreveu Esculpir o Tempo, uma teoria sobre 
a produção cinematográfica.
Igmar Bergman, com quem Tarkovsky teve forte ligação,
disse: "Tarkovsky para mim é o maior de todos nos,
aquele que inventou uma nova linguagem, fiel a natureza 
do cinema, uma vez que capta a vida como um reflexo,
a vida como um sonho".

Filmografia:

1956: Ubiytsy
1959: Hoje Não Haverá Saída Livre
1960: O Rolo Compressor e o Violinista
1962: A Infância de Ivan
1966: Andrei Rublev
1972: Solaris
1974: O Espelho
1979: Stalker
1983: Nostalgia
1983: Tempo de Viagem
1986: O Sacrificio

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