sexta-feira, 2 de março de 2012

ETÉREO VINHEDO

Francos os pés
correm
louco o coração
golpeia
frenéticas as mãos
aferram
o etéreo vinhedo
de minha alma

Terá pastado a ovelha
no meu campo?
A ameixa aquela entregou
todas suas flores!
A orquídea caída
naquele mato
teria sido vista tão só por mim?
Que conjunção de gestos
estelares nos reúne?
Senti naquela vez claramente
que o ponto de meu corpo
no espaço era
a cruz.
Hoje eu mordo essa ameixa
e nada mais.
As lembraças me atravessam
como trens que partem
em direções

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