domingo, 15 de julho de 2012

Os retratos mais antigos da idade media,
aparecem em pedras funerárias
e como parte de manuscritos iluminados,
sendo um exemplo disso
o auto-retrato da escritora mística Hildegard de Binden.
Por volta de 1300, os retratos de figuras alegóricas
ou bíblicas por parte de mestres como Giotto,
começaram a ganhar relevância nos retábulos
e nas pinturas murais das igrejas.
A clase "media" de cidades como Veneza, Florença,
Nápoles ou Barcelona, financiou obras de arte,
tratando-se com frequência de ricos banqueiros
que assim expiavam o pecado de usura.
Assim nasce o costume de representar os doantes,
ou seja, a pessoa que encomenda a obra religiosa,
na própria composição religiosa,
como ocorre com o marchante-banqueiro
Enrico Degli Scrovegni, retratado no ato 
de doar a famosa "capela dos anjos",
pintada por Giotto, ou ajoelhado aos pés 
da figura sagrada, com frequência em proporções menores como símbolo da sua humildade
frente a divindade.
Nos retábulos aparece também o doador,
geralmente nas alas laterais,
e com o santo padroeiro do seu nome
agindo como intermediário frente a figura da Virgem
ou Jesus Cristo.

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