quinta-feira, 31 de maio de 2012

Esse género de fotografia despertou
uma demanda expressiva desde o seu advento
e durante a segunda metade do seculo XIX em
forma de caráter documental, identifica, é capaz
de nos levar a reflexões emocionais, transcendendo
o físico e enaltecendo o espírito. Diante de um determinado
retrato fotógráfico podemos nos ferir, ter sentimentos
de revolta e impotência. Nem sempre o arranjo visual
dos seus elementos traz o testemunho da paz; pelo
contrário, pode fomentar a revolta e a guerra.
BORIS KOSSOY
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Um retrato deve dizer-nos qual é o pensamento,
a opinião do autor sobre a pessoa que foi retratada; 
se o fotógrafo conseguiú ou não, estabelecer uma
relação com o seu tema; quem é a pessoa fotografada,
que tipo humano representa, a que classe ou a que
estrato pertence, qual o seu temperamento, o seu ânimo;
se é rica ou pobre, feliz ou infeliz, alegre ou triste.
Estas e muitas outras coisas podem ser encontradas
num retrato fotográfico. Nem sempre, e não necessariamente,
todas juntas, mas são estes os elementos que constituem
a substância do retrato
MILANO CASTELO.
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A representação de pessoas e objetos na forma de
um retrato fotográfico, seduz. Fazer o retrato no século XIX
por meio da câmera eternizou fisionomias, valorizou
paisagens, informou visualmente, documentou uma época,
tornando-se símbolo de democratização.
Walter Benjamin em sua Pequena História da Fotografia,
comenta: "As primeiras pessoas reproduzidas entravam nas
fotos sem que nada soubessem sobre sua vida passada,
sem nenhum texto escrito que as identificasse. Os jornais
ainda eram artigo de luxo, raramente comprados, e lidos
no café; a fotografia ainda não se tinha tornado instrumento,
e pouquíssimos homens viam seu nome impresso.
O rosto humano era rodeado por um silêncio em que o olhar
repousava. Em suma, todas as posibilidades da arte do
retrato se fundavam no fato de que não se estabeleceria
ainda um contato entre a atualidade e a fotografia"


Texto desenvolvido para o trabalho de graduação do
Curso de Comunicação Social do Centro Universitário
Moura Lacerda - Rio de Janeiro,
sob o título "O Retrato Fotográfico: Representações",
com orientação do professor Caio Aguilar Fernandes


pesquisa realizada em maio-junho de 2012 




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