quinta-feira, 29 de março de 2012

Camaradas, as doze,
todos os pulsos en hora;

Almas de aço incendiado
que ao mesmo vento rebolas
forjam o dia na bigorna
da dor, com forte aroma
de amanheceres que ninguém
poderá nos arrancar. não há tromba
de paredões, nem balas
nem foguetes, nem cordas
capaz de nos fazer de bois;
nosso pescoço não se dobra

olhai aqui, olhai para nos,
enquanto os muros soluçam,
cruzar o ano cantando,
rompendo a noite espanhola,
acariciando os ombros
dum crepúsculo sem costa.
olhai aqui, olhai para nos,
enquanto os muros soluçam,
sempre em pé, sem joelhos,
como carvalhos de gloria

camaradas, as doze,
todos os pulsos em hora.

tradução: Eliseo Escobar

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