sexta-feira, 8 de abril de 2011

A arte da América Latina, considerando as caraterísticas sociais e políticas do nosso continente, deve estar necessáriamente voltada para a expressão de conteudos revolucionários, e formas revolucionárias também, no livre jogo dos elementos plásticos, prescindindo da anedota. A anedota poderá ter uma importáncia capital para o artista quando abordar uma temática que sente profundamente e na qual encontra inspiração. Mas, em última instância, não justifica ou determina o valor intrínseco da obra de arte: o absurdo de certa pintura pretendidamente revolucionária, que se limita a descrever cenas de "revolucionarismo" dudoso, utilizando um realismo caduco e superado (referência ao Realismo Socialista da URRS). Não é de se extranhar então, que pela sua inoperancia, esta pintura seja tolerada e até favorecida por aquêles que combatem toda expressão autenticamente nacional e revolucionária.

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