quinta-feira, 7 de maio de 2009

SUR / Ter olhado, de um dos teus pátios, / para antigas estrelas, / ter olhado, de teu banco sombrio, / essas luzes dispersas / que minha ignorância não aprendeu a nomear / ou ordenar em constelações, / ter sentido o circuito da água / na secreta cisterna, / o perfume do jazmim e da madressilva, / o silêncio do pássaro adormecido, / o arco do saguão, a umidade / - essas coisas são, tal vez, o poema.

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