sábado, 30 de janeiro de 2010

Chegamos a Taravao e devolví o cavalo ao gendarme. A mulher deste (uma francesa) exclamou (sem malícia, é verdade, mas sem finura também): - O que? Leva consigo uma meretriz!.. E os seus olhos-cólera despiram a rapariga impassível, que entretanto se tornara altiva. A decrepitude observava a nova floração, a virtude da lei soprava impuramente sobre o impudor nativo mais puro, sobre a confiança, a fé. E, no céu tão belo, descobrí com dor essa nuvem suja de fumo. Envergonhei-me da raça. os meus olhos afastaram-se daquela lama - depressa esqueci - para se fixar no ouro que eu já amava, bem me lembro.

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