terça-feira, 27 de novembro de 2007

CAPAS DE LIVROS -





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Embora rendendo tributo e inspirado nos realistas da história da arte, recicla as particularidades técnicas da Pop-Art inserindo-as no conjunto de suas idéias sobre o trabalho de ilustração. É nesta sua visão pessoal da Pop-Art (como uma espécie de realismo) que se encontra a confluência de idéias sobre arte que datam de sua formação como artista. Em fins da década de 50, Trimano está, por assim dizer, em plena descoberta dos segmentos da arte que o influenciarão profundamente e traçarão os signos de sua poética: o cinema noir norte americano e argentino, o neo-realismo italiano e o entusiasmo pelos comics. O fascínio pela gravura de Rembrandt, os realistas argentinos dos anos 30 e 40, o muralismo mexicano e as revistas ilustradas Life, Paris Match etc. As longas conversas com meu pai*, em torno da análise dos desenhos de Milton Caniff, Harold Foster e Alex Raimond. Da inovação do comics argentino em inovadores roteiros e desenhos e a descoberta reveladora de Van Gogh, desde então paradigmas para Trimano na vida e na arte. Já nos idos da década de 1960, dirige seus trabalhos claramente para a ilustração. O cinema soviético e polonês dos anos 40-50 e a arte dos cartazes políticos cubanos são influências que vão diagramando o espaço sígnico da página impressa como cenário da sua gráfica. Indagando as linguagens do teatro, do expressionismo alemão, da nouvelle vague, ensaiam suas primeiras ilustrações sobre livros de poesia. Nessa época muda-se para São Paulo e inicia um excelente trabalho de caricatura para a imprensa paulista, numa invulgar renovação do gênero. E do mesmo modo em que outrora com a arte argentina e universal, Trimano se aprofunda com paixão na história da artebrasileira, sublinhando o interesse pela arte de nítido recorte social, organiza seu trabalho em meio a multiplicidade de publicações dos anos 70, da forma a arquitetura do desenho por fragmentos, o comics sempre presente, e a irrupção da Pop-Art, com a sua gramática que restaura a figura e trabalha com cores mediatizadas pela indústria gráfica a propaganda urbana, bem como as novas dimensões que o foto jornalismo e as grandes reportagens do período criam na relação público-imprensa, se estendem de maneira ampla à intervenção de seu traço. Sem deixar de lado o seu interesse pelos modos diversos de expressão gráfica internacional, as caricaturas e ilustrações dos anos 20-40 da imprensa carioca e argentina, criam um novo rumo de forma audaz e criadora para seu trabalho - no sentido de dar maior liberdade à ilustração, em oposição ao conceito clássico de ilustração.
CARLOS CLÉMEN - São Paulo, 1994
Extraido do livro "Trimano - Desenhos e Ilustrações" Editora Relume Dumará - 1997
*Carlos Clémen, pai (1913-1964), em Histoire de la bande dessignée. Desenhista de comics desde 1929.v
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sábado, 27 de outubro de 2007


          SÉRIE "DIÁRIO"  -
          Galeria Cándido Portinari
      UERJ - Rio de Janeiro 2006-07
         


Nas figurações desse dia-a-dia nada é uma coisa só, tudo é um jogo de simbioses, tudo está como a própria vida, associado em grandes contextos que são submetidos a mudanças contínuas. Aqui há formas de dramaticidade mordente, com alguma dor que não tem cura. Guindastes, farpas de ameaçadores enigmas, momentos retorcidos de silêncio e mudez. Há estátuas partidas, há um sólido massacre de coisas, há códigos, indecifráveis de letras que ninguém nunca lê. Há um círculo de moscas zumbindo em formação militar, onde uma ou outra sai da fila como se até esses insetos descem passos de artista. Mas, há também o suave afago de vegetações caprichosas, pedaços de consoladoras paisagens, rostos e perfis imbuídos de dignidade e beleza. E há, sobretudo, lá no fim, como a planar no coroamento dessa severa construção sobre símbolos, o sorriso delicado - o sorriso risonho, tranqüilo, paciente e regenerador de Shiko Munakata, tão semelhante ao da existência que já deu muitas voltas.
         Leonardo Fróes
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sexta-feira, 28 de setembro de 2007

ENGENHEIROS DO HAWAII  -
"Dançando No Campo Minado"
UNIVERSAL





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Criação do projeto:

GIL LÓPES / ShowBras e HUMBERTO GESSINGER / Engenheiros do Hawaii
Ilustrações:
LUIS TRIMANO
Fotos:
MAURICIO VALADARES
Projeto gráfico:
PÓS IMAGEM DESIGN
Direção de Arte:
RICARDO LEITE e RAFAEL AYRES
Designers:
NAKO e PAULO CAETANO
Projeto gráfico do folheto, catálogo e fotos do show no Canecão:
LUIS SAGUAR
Coordenação gráfica:

ESPAÇO
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Dançando no Campo Minado era a idéia, o nome. Nada poderia ser mais cortante, visceral, a "tradução para os olhos" das 11 canções do disco. E a fórmula (re)escrita... Engenheiros + Trimano, uma combinação explosiva que já havia funcionado no CD "Surfando Karmas & DNA". Trimano era a arte... a arte era dele, e só ele poderia ser o tradutor, só ele poderia verter a energia musical em imagens compatíveis. Força, pegada, ritmo e emoção estão presentes no projeto instigando a cada minuto e a cada compasso. "Os sinais estão no ar" e também no encarte, no cenário, no cartaz. Dúvida e certeza pairam e te acompanham nessa dança. Este livreto é uma espécie de catálogo, que esmiúça a obra que o mestre Trimano entregou e integrou ao som de Humberto Gessinger & Cia. Aqui estão as ilustrações que a Pós Imagem Design, sob a direção de arte de Ricardo Leite, fundiu, confundiu, somou e multiplicou no projeto gráfico do CD, realizado em meados de 2003. ESPAÇO
(LUIS SAGUAR - Rio de Janeiro 2004)
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terça-feira, 4 de setembro de 2007

A CARICATURA  -




Capa da exposição coletiva FACES: Trimano, Loredano, Cárcamo e Chico Caruso Museu Nacional de Belas Artes - Sala Carlos Oswald - Rio, 1990


"Eu sou categórico ao afirmar que jamais considerei a pintura como simples arte do agradável, da distração, eu quis, pelo desenho e pela cor, uma vez que eram estas as minhas armas, penetrar sempre mais no conhecimento do mundo e dos homens, a fim de que este conhecimento nos libere a todos cada dia mais... Agora eu compreendi que isto só não é suficiente, estes anos de terrível opressão me demonstraram que eu devo combater não somente através da minha arte, mas de todo o meu ser..."






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(PABLO PICASSO - "Humanité" - Paris l944)
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Depois de ter participado do movimento de Nova Figuração que nos anos 60, e juntamente com a Pop-Art, mudaram a visualidade dos nossos dias, compreendi que a prática do desenho não poderia ser mais a mesma dali para frente. O formalismo em que tinham caído o Expressionismo e o Surrealismo foi arrasado por esta expressividade. Os artistas dessa época começaram a representar as tensões sociais acentuando a subjetividade das imagens e violentando o grafismo até níveis inusitados de catarse. Mas, estas manifestações, carregadas de grande potencialidade, corriam o risco de se transformarem numa fórmula, como mais tarde aconteceu com os elementos visuais da Pop-Art. Trabalhando desde o inicio na representação da figura humana,procurei manter o traço expressionista no campo da ilustração gráfica. No referente a caricatura, as lições de Goya e Daumier, do norte americano Ralph Steadman, e do inglês Gerald Scarfe, contribuíram nesta procura. De maneira que, não era simplesmente uma caricatura humorística o que pretendia mostrar no desenho para imprensa, e sim, uma imagem de maior rigor plástico, aparentada ao retrato. Este foi o propósito do trabalho na primeira metade da década de 70.
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BERTOLT BRECHT - 1995 / jornal Muito Mais
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CHET BACKER - 1989 / inédito
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MARIO LAGO - 1996 / Revista Icaro
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ERNEST HEMINGWAY - 1980 / Exposição coletiva "Caretas"
Integrantes: Chico Caruso, Fafs, Loredano, Jane, Trimano / Galeria Estampa
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EDGARD ALLAN POE - 1989 / Revista Rio-Artes ESPAÇO ESPAÇO ESPAÇO ESPAÇO ESPAÇO ESPAÇO ESPAÇO ESPAÇO ITAMAR ASSUMPÇÃO - 1988 / Jornal O Estado de São Paulo - Caderno 2
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ERNESTO (CHE) GUEVARA - 2000 / Jornal Muito Mais
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ANTONIO GRAMSCI - 2000 / Jornal Muito Mais
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HERMETO PASCHOAL - 1983 / Revista Pipoca Moderna
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quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Série ECONOMIA
espaçoFolha de São Paulo, 1993-2003 Ampliações em guache Retrospectiva Instituto Cultural Brasil Argentina Rio de Janeiro, 2003
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Ilustrar um texto é abrir um campo de forças na página impressa. O simples fato de a ilustração criar novas possibilidades de leitura. Na relação diagonal com o texto, a ilustração interpreta o que está escrito e é por ela interpretado - via de mão dupla. Na relação transversal com o leitor, o terceiro vértice do triângulo se fixa e o circuito se completa. A ilustração fala com o texto e fala de sua relação com o texto com o leitor - via de mão tripla. Ilustrar um texto é interpretá-lo sem palavras.
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O traço definidor das ilustrações de Trimano é o espaço geométrico povoado de ilusões. O universo criado é enfaticamente abstrato e simétrico e o movimento é dado pela presença de ícones – cérebro exposto, serpente, espiral, lebre, insetos, símios, cartola, cronômetro, pesos e medidas, mão estendida – com clara e forte ressonância científica. O perigo, a interdição, o absurdo, a magia e - acima de tudo - a grande aventura na busca do 
conhecimento, na qual todos estes elementos se cruzam,dominam a cena.

EDUARDO GIANETTI DA FONSECA
Trechos extraídos do catálogo da exposição
Série ECONOMIA - ESDI, Rio de Janeiro, 1995
Trabalhos realizados para Folha de São Paulo entre 1993 e 2003 ESPAÇO

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