sábado, 30 de janeiro de 2010

Carta a Charles Morice, Tahiti, julho de 1901: Hoje estou de rastos, vencido pela miséria e, sobretudo, pela doença de uma velhice muito prematura. Terei tempo de terminar a minha obra? Não ouso esperá-lo. De qualquer modo faço um último esforço indo instalar-me no próximo mês, em Fatu-iva, ilha das Marquesas quase antropófaga. Julgo que por lá, com esse elemento tão selvagem, a completa solidão, hei-de ter antes da morte um derradeiro fogo de entusiasmo capaz de rejuvenescer a minha imaginação e arranjar uma conclusão ao meu talento.

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