domingo, 28 de dezembro de 2008

OS POETAS / JAVIER VILLAFAÑE / Argentina

"As mãos do titereiro" - foto: Tina Modotti 1929

JAVIER VILLAFAÑE - Buenos Aires / Argentina 1909 - 1996./ Poeta, escritor de livros infantis e titereiro, Villafañe foi uma referência importante no teatro de rua e no teatro para as crianças, encenando peças da sua autoria, protagonizadas por bonecos que êle mesmo construia. Com a sua carroça, "La Andariega", moradia e teatro ambulante, percorreu a Argentina e varios paises da América Latina, realizando espetáculos de marionetes. Em 1976, seu livro "Don Juan el zorro", fué retirado de circulação pela ditadura militar imperante na Argentina. Se "auto-exilia" na Venezuela, e funda a Oficina de Títeres na Universidade dos Andes. Em 1978 percorre a Espanha com seu teatro ambulante. Em 1984 retorna a Argentina. É autor de muitos livros de histórias e peças infantis: "Los sueños del sapo", "Histórias de pájaros", "Cuentos y títeres", "El caballo celoso", "El hombre que queria adivinarle la edad al Diablo", "Tiempo de cantar", "El gran paraguas", "La vuelta al mundo", "Los cuentos que me contaron", e "Maese" trotamundos por el camino de don Quijote"./ Disse: "muitos dos meus colegas, os cavalheiros da terceira idade, constumam dizer - existem velhos jovens e jovens velhos. Não é verdade. Os velhos são velhos e os jovens, jovens. Essa questão não tem saida. Mas existem os velhos insoportavelmente velhos, e jovens carregados de recalques. Fujamos dêles"

"Títeres" - foto: Tina Modotti 1929

"Titereiro manipulando" - foto: Tina Modotti 1929

TRIMANO / Série URBANA / desenhos 1980-83 Galeria do IBEU - Rio de Janeiro 1983 Curadores: Marc Berkowitz e Max Nauemberg
Nada eu odeio tanto como a sentimentalidade. Quanto mais grave e profundamente arde em mim o estremecimento pela nossa existência, tanto mais fria a minha vontade de encerrar este monstro de vitalidade, horrendo e palpitante, de forma clara como o cristal, em linhas e planos severos. MAX BECKMAN 1920
A minha meta é sempre tornar o invisível visivel pela realidade. Tal vez pareça paradoxal, mas de fato é a realidade que perfaz o segredo de nossa existência. Por isso eu quase não tenho necessidade de formas abastratas, pois todo obgeto já é suficientemente irreal; tão irreal, que é apenas pela pintura que eu posso torná-lo real./ MAX BECKMAN 1938

sábado, 27 de dezembro de 2008

série URBANA - "Cabeça oriental / Akio" - 1983

nanquim

série URBANA - "A ponte" - 1983

nanquim

série URBANA - "O caminhão 1 (díptico)" - 1983

nanquim

série URBANA - "O Caminhão 2 / díptico" - 1983

nanquim

série URBANA "O prêso" - 1983

nanquim e guache

série URBANA - "Mendigo" 1983

nanquim

série URBANA - "Samba-Blues" - 1983

nanquim
As Influências./ ROMARE BEARDEN / USA

Romare Bearden

Romare Howard Bearden - Carolina do Norte USA 19ll - Nova York 1988
Pintor da negritude norteamericana e do Jazz, também foi cartunista em jornais
políticos alternativos e extraordinário "colagero".Trabalhando o recorte de forma bruta e direto da publicação, cria imagens de formas cruas e cores ácidas,
ilustrando o cotidiano dos negros. Na "apropriação de imagens", (se apossar de
imagens alheias para si), um principio pre-estabelecido desde o Dadaismo, Romare
utiliza o mesmo método dos artistas Pop, ao adaptar o material visual, multiplicado
em escala e comercializado nas páginas das revistas, invadindo a sua pintura
com imagens de dominio público, da mesma forma que a publicidade invadia as
obras da Pop-Art. A série "Urbanas" que estou mostrando neste segmento do
blog, surge da influência que as colagens de Romare, a sua "pintura gráfica",
tiveram no trabalho desse momento.
TRIMANO 2008

"A rua" / 1974

colagem 19 x15 cmts.

"Interior" / 1978

colagem e guache 14 x 10 cmts.

Mural / 1984

cerámica

Charge política / Baltimore Afro-American" - 1936

Charge política / "Baltimore Afro-American" / 1937

Charge política / "Baltimore Afro-American / 1936

"1,10 hs Street / 1980

colagem / 22 x 14 cmts.

"3 músicos folk" / 1985

colagem

"A selva" / 1971

colagem / 24 x 18 cmts.

"Mulher deitada" / 1971

colagem, papel e pano / 35 x 47 cmts.

"Músicos" / 1968/69

colagem / 10 x 13 cmts.

"Lenda" / 1977

colagem / 44 x 32 cmts.

"Mis Bertha and Mr. Seth" / 1978

colagem / 25 x 18 cmts

"Sumertime" / 1967

colagem e acrilico / 56 x 44 cmts.

Série JAZZ / 1980

colagem e guache / 18 x 14 cmts

domingo, 21 de dezembro de 2008

TRIMANO / Série "Urbana" - desenhos 1980 / 83./ Galerias do IBEU - Rio de Janeiro 1983

sábado, 20 de dezembro de 2008

Operários de obra, carregadores, passageiros de ónibus, de trem. Trabalhando, sofrendo, indo, chegando. Anónimos na multidão, mas cada qual com sua individualidade. Que Trimano explora, de forma fragmentada em 40 desenhos a nanquim expostos na galeria do IBEU. Á sua individual, Trimano deu o título de Série Urbana, "feita a partir de uma reflexão sobre as imagens da rua e das pessoas que nela transitam". Dando mais énfase a rostos e mãos, "muito expressivos no ser humano", ele transforma essas imagens do cotidiano em colagens, a partir de fotografias de jornais e rediofotos. Prontas as colagens, o artista as projeta e desenha, exagerando olhos, bocas, mãos, elementos que se destacam no seu trabalho. Tudo o mais é assesório,´pedaços de caixote, fundos de lixeiras, sucatas de carro, detalhes que, mesmo retalhados, dão a composição uma unidade clássica. Para Trimano sua série Urbanas é o resultado de várias influências, a começar pelo expressionismo argentino da década de 60. Este marcou-lhe tanto quanto o expressionismo alemão, e mais ainda, o desenho japonés de nanquim, (Hokusai). Trimano vê, no inicio do seu trabalho, influência dos muralistas mexicanos Rivera, Orozco e Siqueiros, e também de Portinari e Di Cavalcanti, "principalmente as caricaturas de Di da década de 40", uma caracterterística teatral. "Em cada janela de um ónibus, há um rosto diferente. E que diferentemente se expressa, rindo, chorando, lendo, falando, calando-se. Como se representasse no grande teatro que é a rua". Fundo a rostos e mãos, um desenho se destaca por ser o único de fato individualizado, isto é, sem fragmentação, "Retrato do escultor Rasec", (um trabalho mais lírico, menos catártico), que junto aos retratos de Tizuko e Yuko, iniciam uma nova série: "Os retratos". Maria Eduarda A. de Souz Trechos da matêria publicada no Jornal do Brasil / Caderno B - 1983

série Urbana / cartaz da exposição

nanquim

série Urbana / "Retrato de Tizuko"

nanquim

série Urbana / "Carregadores"

nanquim

série urbana / "O Grito"

nanquim

série Urbana / "Menino Iraniano"

nanquim

série Urbana / "Retrato de Yuko"

nanquim

série Urbana / "OS" - Carregador de sacas

nanquim

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

ARTISTAS DA ÁMÉRICA LATINA./ PAULO CAVALCANTE / Brasil

Paulo Cavalcante

PAULO CAVALCANTE / Rio de Janeiro 1962./ Junto a Lula Palomanes, Glauco da Cruz e Walter Luiz Vasconcellos, integra o grupo de desenhistas que edita, junto a editora Garamond, a revista de artes gráficas "Papel Brasil"./Começa a publicar seus desenhos no Pasquim em 1984, e inicia a sua colaboração na imprensa carioca./ Cavalcante realiza as suas colagem no computador, compostas de vinhetas e diversos elementos gráficos retirados de fontes diferentes. Neste "campo de ação", ele desconstrói e reconstrói o desenho criando uma "outra ordem", subvertendo a forma e formulando novas imagens e leituras. Como ilustrador da imprensa diária, parte da análise crítica de determinados fatos do mundo real, e chega a construir composições pelas quais se paseiam extranhos seres, bonecos, marionetes eletromecánicas protagonistas desta farsa do mundo dos homens./´Série Sagrada e carnificina diária neste "teatrinho" de diabólico humor./ Tánatos ronda essas imagens,/ Crua testemunha da violência dos fatos, o artista atua, o olho do artista atua./ Humor negro e "novo humor"./ Comicidade? Comicidade macabra no açougue, no super mercado... TRIMANO - Rio 2008
"Arte não é para mim uma questão estética./ O desenho não é um fim em si mesmo, sem sentido./ Não é garrancho musical, que só pode ser sentido ou adivinhado pelos homens cultos de nervos aguçados./ O desenho tem que se submeter novamente a um fim social" GEORGE GROSZ / 1924

série "Papel Brasil" 2000-02

nanquim e computador

John Kennedy - grafite 1992

"Brasil inspecionado" - Papel Brasil 2000-02

nanquim e computador

"Mimosa corporis" - Papel Brasil 2000-02

nanquim e computador

Manuel Bandeira - grafite e ecoline

"Baby Beef" / Papel Brasil 2000-02

nanquim e computador

Franz Kafka / aquarela e colagem 1994-95

série "Sagrada" - Papel Brasil / 2000-02

nanquim e computador

"Jamón"? - "Papel Brasil" 2000-02

nanquim e computador