O propósito deste blog é o de mostrar o trabalho do ilustrador,independente das regras impostas pelo mercado,nas quatro disciplinas praticadas por mim, em diferentes momentos e veículos: A Caricatura na Imprensa,A Ilustração na Imprensa,A Ilustração Editorial e O Poema Ilustrado. Também são mostradas modalidades diferentes das mesmas propostas como: Montagens das exposições e a revalorização do painel mural, através das técnicas de reprodução digital em baner.
domingo, 5 de abril de 2009
NAZIM IKMET / Salónica - Império Otomano / atual Grecia, 1901 /
Moscou - União Soviética, 1963 / Poeta e dramaturgo turco de vanguarda. /
Pertenceu ao TKP - Partido Comunista da Turquia. / Por causa da sua
militancia foi duramente perseguido. / Condenado a 15 anos de prisão,
se exilia definitivamente na União Soviética. / O governo turco aboliu em
5 de janeiro de 2009 por decreto, a decisão ditatorial que, em 1951, retirou a nacionalidade turca do poeta. / A sua poesia foi traduzida para 50 linguas
Como o escorpião, meu irmão, /
Tu és como o escorpião /
Numa noite de medo. /
Como o pardal, meu irmão /
Tu és como o pardal /
No seu miudo desassossego. /
És como o mexilhão, meu irmão /
Tu és como o mexilhão /
Fechado e tranquilo. /
Tu és terrível meu irmão /
Como a boca de um extinto vulcão. /
E tu, ai de mim, não es um, /
No es cinco, tu és milhões. /
Tu és como a ovelha, meu irmão. /
Quando o carrasco vestido da tua pele /
Quando ele levanta a sua vara /
Apressas-te a alcançar o rebanho /
E vais para o matadouro a correr, /
Quase orgulhoso /
Em suma és a mais curiosa das criaturas /
Mais curiosa que o peixe /
Que vive no mar ignorando o mar. /
E se há tanta miseria na terra /
É graças a ti, meu irmão. /
Se somos famintos, esgotados, /
Se somos esfolados até ao sangue, /
Espremidos como uvas para o nosso vinho /
Iria até o ponto de dizer que é culpa tua, /
mas não, /
Isso não tem nada a ver contigo meu irmão.
versão de Adalberto Alves
La mitad de mi corazón está aquí, doctor /
Pero la otra mitad se encuentra en China, /
En el ejército que baja hacia el rio Amarillo. /
Cada mañana, /
Cada mañana con el alba, /
Mi corazón es fusilado en Grecia. /
Y cuando el sueño rinde a los presos, /
Cuando se alejan de la enfermeria los últimos pasos, /
Mi corazón se va, doctor /
Se va hacia una vieja casa de madera, allá en Istambul. /
Además, doctor, hace más de diez años /
Que no tengo nada en mis manos /
Para ofrecer a mis hermanos; /
Tan solo una manzana, /
Una roja manzana: mi corazón. /
Por todas estas cosas, doctor, /
Y no por culpa de la arterioesclerosis, /
Ni de la nicotina, ni de la cárcel, /
Tengo esta angina de pecho. /
Desde mi cama /
Contemplo la noche tras los barrotes, /
Y a pesar de todos estos muros /
Que me aplastan el pecho, /
Mi corazón palpita con la estrella más remota.
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