sábado, 11 de janeiro de 2014

CURSO DE ILUSTRAÇÃO EDITORIAL
AGUSTIN RIGANELLI - Argentina
Escultura - Grupo Boedo 

Agustin Riganelli


AGUSTIN RIGANELLI  nasceu em Buenos Aires, Argentina 1890.
Filho de imigrantes italianos, teve que trabalhar desde criança
numa Buenos Aires ainda provinciana.
Um dia, se deteve na vitrine de uma oficina da marcenaria artistica
e ficou fascinado com o trabalho dos entalhadores.
A partir desse momento decidiú ser escultor, tinha 15 anos,
e ingressou na oficina de marcenaria, trabalhando como entalhador 
de madeira durante um tempo.
Este oficio lhe seria muito útil anos mais tarde na realização dos
seus retratos, cujo polimento impecável caracteriza
a suas esculturas de cabeças.
Em 1920, vivendo na pobreza, realiza a sua primeira exposição
individual na Galeria Costa da rua Florida, que desperta o interesse
da burguesia portenha, e começam as encomendas, principalmente
dos retratos em madeira, uma novidade para a época, quando as esculturas eram realizadas em bronce, mármore ou pedra.
A sua situação económica melhora, é em 1922 viaja a Europa.
Na aturdida década de 20 de pós guerra, o mundo, convicto de que não haveria mais guerra, se dedicava a todas as extravagâncias, esquecendo os problemas
que não podia solucionar. Em París triunfava "le tango argentin", e a famosa
"Escola de París" recebia a todos os atistas incompreendidos ou perseguidos 
no seu país de origem.
Depois de varios meses na França, Riganelli volta a Buenos Aires e encontra a cidade
"modernizada", mas não evoluida culturalmente. Em 1924, quando Emilio Petorutti
expõe seus quadros cubistas, o público os acha horrorosos.
Na literatura também começaram os antagonismos entre o Grupo "Martin Fierro"
de Florida, ligado a classe dominante, cuja orientação era nacionalista, mas chegada
as inovações vanguardistas da cultura francesa, e o Grupo Boedo, que apoiava as
idéias do internacionalismo proletário lideradas pela Revolução Soviética de 1917.
O Grupo "Martin Fierro" acabou em 1928, e a revista "Claridad" sobreviveu convertida em espaço de resistência cultural e política durante os anos 30, quando a ascenção do nazismo levou o mundo a Segunda Guerra Mundial
Agustin Riganelli faleceu em Buenos Aires em 1949. 

Riganelli - "Indio" - figura tumular - pedra - 1924 - Cemitério da Recoleta, Buenos Aires


Riganelli - "Cabeça de menino indio" - madeira - 1913


Riganelli - "La llamarada" - madeira - 1925


Riganelli - Estátua de Florencio Sanchez - bronce


Riganelli - Cabeça de Florencio Sanchez - bronce


Riganelli - "Repouso" - yeso - 1940