segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

"Cabana no campo" - croqui, tinta - La Drenthe 1883

"Camponesa" - carvão - 52,5 x 43,5 cm - Nuenen 1885

"Retrato de camponesa com toca" - crayon, tinata sépia e bico de pena - 14 x 10,5 cm - Nuenen 1885

"Campones com boné" - tinta sépia, bico de pena - 16 x 10 cm - Nuenen 1884

"Camponeses, estudos de mãos" - carvão - 21 x 34 cm - Nuenen 1885

"Camponesa na lavoura" - carvão - 45 x 53 cm - Nuenen 1885

Assim o universo total do artista expressionista torna-se visão. Ele não vê, mas percebe. Ele não descreve, acumula vivèncias. Ele não reproduz, ele estrutura (gestaltet). Ele não colhe, ele procura. Agora não existe mais a cadeia dos fatos: fábricas, casas, doença, prostitutas, gritaria e fome. Agora existe a visão disto. Os fatos têm significado somente até o ponto em que a mão do artista o atravessa para agarrar o que se encontra além deles... / Cada homem não é mais indivíduo ligado à obrigação, à moral, à sociedade, à familia. Nesta arte, ele se torna somente o mais grandioso ou o mais humilhado: ele se torna homem. / Aquí temos o novo e o inaudito em relação às épocas anteriores. Aqui o pensamento mundial burgués finalmente não se pensa mais. Aqui não existem mais as ligações que tornam opacas as imagens do humano. Não existem mais histórias nupciais, tragedias surgidas do conflito das convenções e com a busca da liberdade, peças do meio ambiente (milieu) chefes rígidos, oficiais ociosos, marionetes que, penduradas nos arames das concepções psicológicas do mundo, brincam com leis, pontos de vista, erros e vícios dessa sociedade feita e construída pelos homens. / Através desses substitutos a mão do artista agarra cruelmente. Sucede que elas eram fachadas. Do bastidor e do jogo do sentimento tradicional falsificado não sai nada, somente o homem. / Kasimir Edschmid - Manifesto Expressionista - 1918
Modificar a impressão ótica do mundo dos objetos através de uma aritmética transcendente do meu interior, essa é a ordem. / Max Beckman - pintor expressionista 1938

"Ninho" - croqui - tinta sépia, bico de pena - Nuenen 1885

"Estudo de nu" - crayon - 50 x 39,5 cm - Anvers 1886

"Autorretrato" - crayon - 32 x 24 cm - París 1886

"Croqui de camponeses na lavoura" - lápiz sangüina - 23,5 x 32 cm - Auvers-sur-Oise 1890

"Croqui de personagens" - crayon - 43,5 x 27 cm - Auvers-sur-Oise 1890

"Sinto em mim um fogo que não posso deixar extinguir, que, ao contrário, devo atiçar, ainda que não saiba a que espécie de saída isso vai me conduzir. Não me espantaria que essa saída fosse sombría. Mas em certas situações vale mais ser vencido do que vencedor..." - Vincent Van Gogh

"Campina de Arles" - tinta sépia, bico de pena - 26 x 34,5 cm - Arles 1888

"Camponeses na lavoura" - nanquim sépia, bico de pena - 26 x 34,5 cm - Arles 1888

"Ruela de Saintes-Maries-de-la-Mer - tinta sépia e caneta de bambú - 30,5 x 47 cm - Arles 1888

"O carteiro Joseph Roulin" - crayon e tinta sépia, bico de pena - 31,5 x 24 cm - Arles 1888

"Paisagem com vila" - crayon e guache - 43,5 x 54 cm - Auvers-sur-Oise 1890

Eu estou "atravessado" na vida e o meu estado mental não somente "é" mas tem "sido" também abstrato, de modo que qualquer coisa que se faça por mim, não "posso pensar" em equilibrar minha vida. Quando "devo"seguir uma regra como aquí no hospício, me sinto tranqüilo. E no alistamento, aconteceria mais ou menos a mesma coisa. Claro que aquí me arrisco muito a ser recusado, pois sabem que sou alienado ou pelo menos epiléptico, (tenho ouvido dizer que existem 50 mil epilépticos na França, dos quais somente 4.000 internados; de modo que não é tão extraordinário) quem sabe em París, falando com Détaille por exemplo ou Caran d'Ache, me incorporem logo. Poderá parecer uma cabeçada peor que a outra; em fim reflitamos, mas para atuar. Na espera, faço o que posso por trabalhar "não interessa no qué", incluindo a pintura; pois tenho uma boa vontade aceitável. Mas o dinheiro que custa a pintura... é algo que me esmaga debaixo de uma sensação de dívida e covardia; e sería conveniente que isto acabase o mais depressa possível. / Arles 1888 - 1889 / __________________________________________________________________ Por qué nos estamos aquí e isto é tudo, ou pelo menos tudo que posso dizer num momento de relativa crise. Um momento em que as coisas estão muitos tensas entre marchands de quadros de artistas mortos e artistas vivos. Pois bem, o meu trabalho; arrisco a vida e a minha razão mais ou menos destruida - bom - mas tú não estás entre os marchands de homens, que eu saiba; e podes tomar partido, acho, procedendo realmente com humanidade, mas, o que tú queres? / Cartas a Theo Auvers-sur-Oise 1890

"A estrada de Tarascon" - tinta sépia, bico de pena - 24,5 x 22 cm - Arles 1888

"O jardim do hospital" - crayon sanguina - 45,5 x 59 cm - Arles 1889

"Chafariz no pátio do asilo" - tinta sépia, bico de pena - 49,5 x 46 cm - Saint-Rémy 1889

Se os desenhos que te envío são muito duros, é porque os tenho realizado de tal forma que mais tarde, se ficarem, possam me servir de referência para a pintura. Este pequeno jardim de aldeão vertical é soberbo de cor em relação a natureza, as dálias são de um púrpura rico e escuro, a dupla fileira de flores é cor de rosa e verde de um lado e alaranjado quase sem verdor do outro. No meio, uma dália de um branco pálido e um pequeno granate com flores do mais brilhante alaranjado vermelho, com frutos verde-amarelos. O terreno cinza, as altas canas "cannes" de um verde azulado, as figueiras esmeralda, o céu azul, as casas brancas com janelas verdes e telhados vermelhos; a manhã de sol pleno, a tarde inteiramente banhada de sombra, levada e projetada pelas figueiras e as canas. / Cartas a Theo - Arles 1888

"Jardim florido" - tinta sépia, bico de pena - 61 x 49 cm - Arles 1888

"Rocha e ruinas de Montmajour" - tinta sépia, bico de pena - 47,5 x 59 cm - Arles 1888

"A campina de Crau vue de Montmajour" - tinta sépia, bico de pena - 49 x 61 cm - Arles, 1888

Nesta época de grande luta pela nova arte nos brigamos como "selvagens" não organizados contra um antigo poder organizado. A luta parece desigual; mas em assuntos espirituais não vence o número, e sim a força das idéias. / FRANZ MARC - pintor expressionista - 1912