quarta-feira, 22 de maio de 2013

"O Eternauta" conta a história de Juan Salvo,
un típico pequeno burgués que, ao olhar pela 
janela da sua casa durante uma reunião com
amigos, depara-se com a improvável imagem
de uma rua coberta por neve. A perperxidade
do grupo só aumenta ao notarem que o lado
externo da casa passou a ser extremamente
tóxico, sendo capaz de matar uma pessoa em
segundos. Assim começa a jornada de Juan
e seus amigos perante o desconhecido.
"O Eternauta", assim como "1984" de George Orwell,
é uma alegoria sobre a ditadura, e acrescenta um
dado novo à história do mundo moderno tal
como é contada pelo Poder = na novela, as potencias
do primeiro mundo entregam a América do Sul
aos alienígenas para se salvarem da invasão.
É por causa disso que a "invasão" se realiza na Argentina.
Podemos citar também o Chile, Uruguay, Paraguay
e a Bolivia...
Se levarmos em consideração as denúncias de que uma 
sociedade ultra secreta manda no governo do planeta,
tudo é possível 
Em 1969, numa nova versão de "El Eternauta", ilustrada
por Alberto Breccia e publicada pelo semanário "Gente",
Oesterheld fazia críticas explícitas a atuação dos militares
e dos políticos da direita argentina, e em 1976, ano em que
a ditadura endureceu, começou a escrever uma sequência
ainda mais agressiva para a história, coherente com seus
principios, e comprometido com a realidade política
desse momento, que o levou à militância no movimento
de liberação nacional "Montoneros".
Desnecessário declarar que virou figura non grata entre
os que circulavam nesses meios.
Após novo golpe militar na Argentina, os quadrinhos de
Oesterheld foram sumariamente proibidos no país. Porém
assim como o personagem principal de "O Eternauta",
Juan Salvo, vagavam pelas ruas na clandestinidade.

Foto:Trimano - Estatua viva - Buenos Aires 1998


Em 1977, o quadrinista juntou-se aos milhares
de argentinos que sumiram durante o período 
dictatorial no país. Assim como suas quatro filhas,
duas delas grávidas na época, também foram
"apagadas" pelo regime. O personagem é até
hoje visto como um representante daqueles 
que "foram desaparecidos" sem deixar pistas.
são como espectros daqueles que não estão
mais aquí fisicamente, mas continuam vagando
pelo imaginário e pelas lembranças sem jamais
serem esquecidos.
trechos extraídos de "Oesterheld e o Eternauta" de Henrique Coradini
EL ETERNAUTA
Textos de Héctor Oesterheld
Desenhos de Alberto Breccia

El Eternauta - Breccia


El Eternauta - Solano López


El Eternauta - Breccia


El Eternauta - Breccia


El Eternauta - Breccia


El Eternauta - Breccia


El Eternauta - Breccia


El Eternauta - Breccia


El Eternauta - Breccia


El Eternauta


El Eternauta - Breccia


El Eternauta - Breccia


El Eternauta - Breccia


El Eternauta - Breccia


El Eternauta - Breccia


El Eternauta



El Eternauta - Solano López


El Eternauta - Solano López