domingo, 6 de outubro de 2013

O PASQUIM

Foi um semanário brasileiro
editado entre 26 de junho de 1969 e 11 de novembro de 1991,
reconhecido por seu papel de oposição ao regime militar.
Em meados de 1970 atingiu a tiragem de 200 mil exemplares
se tornando um dos maiores fenómenos do mercado
editorial brasileiro.
A principio uma publicação comportamental (falava sobre sexo,
drogas, feminismo e divorcio) o Pasquim foi se tornando
mais politizado à medida que aumentava a repressão da ditadura,
principalmente depois da promulgação do repressivo ato AI - 5
O Pasquim passou então a ser porta-voz da indignação social brasileira.
O projeto nasceu no fim de 1968, após uma reunião do cartunista Jaguar
e os jornalistas Tarso de Castro e Sergio Cabral.
O trio buscava uma opção para substituir o tabloide humorístico "A Carapuça"
editado pelo recem falecido escritor Sergio Porto.
O nome, que significa "jornal difamador, folheto injurioso" foi sugestão do Jaguar.
Com o tempo, figuras de destaque na imprensa brasileira como Ziraldo, Millôr,
Claudius e Fortuna se juntaram ao time, e a primeira edição saiu nas bancas
em 26 de junho de 1969.
Alem de um grupo fixo de jornalistas, a publicação contava com a colaboração
de nomes como Henfil, Paulo Francis, Ivan Lessa e Sergio Augusto.
Em novembro de 1970 a redação inteira de o Pasquim foi presa depois que 
o jornal publicou uma sátira do celebre quadro de dom Pedro as marges
do Ipiranga (de autoria de Pedro Américo). Os militares esperavam que o semanário
saisse de circulação e seus leitores perdessem o interesse, 
mas durante todo o período em que a equipe esteve encarcerada - até fevereiro
de 1971 - o Pasquim foi mantido sob a editoria de Millôr (que escapara à prisão),
com colaboradores como Chico Buarque, Antonio Callado, Rubem Fonseca,
Glauber Rocha e diversos intelectuais cariocas.
As prisões continuaram nos anos seguintes, e na década de 1980 bancas que vendiam jornais alternativos como o Pasquim passaram a ser alvo de atentados a bomba. Aproximadamente metade dos pontos de venda decidiram não mais
repassar a publicação, temendo ameaças. Era o inicio do fim do Pasquim.
O Jornal ainda sobreviveu a abertura política de 1985, e graças aos esforços
de Jaguar , o único da equipe inicial a permanecer em o Pasquim, o semanário
continuaria ativo até a década de 1990.
texto extraido da Wikipédia