terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

CURSO DE ILUSTRAÇÃO EDITORIAL
CARL THEODOR DREYER
"A Paixão de Joana D'Arc"
Rudolph Maté - A fotografia no Cinema

DREYER


CARL THEODOR DREYER - Dinamarca 1889-1968


A PAIXÃO DE JOANA D'ARC é um dos maiores filmes já produzidos
na história do cinema, e um alegato contra a tortura. Foi dirigido pelo cineasta dinamarqués Carl Theodor Dreyer em 1928, quando o cinema ainda era mudo.
Durante o período da chamada "Guerra dos 100 Anos - 1337-1453"
entre a França e a Inglaterra, a camponesa francesa Joana, beata de 19 anos,
depois de prisioneira,  é julgada e condenada pela Inquisição
a morrer na fogueira por heresia e por ter liderado o povo contra o invasor inglês,
dizendo-se inspirada por Jesus e São Miguel.
A atriz francesa Maria Falconetti (Renée Jeane Falconetti) criou para a tragédia
uma performance tensa e expressiva, única na atuação cênica.
A genialidade do filme, se deve à fotografia impecável de Rudolph Maté,
e à rigorosa "marcação" de atores por parte de Dreyer: faz com que
os gestos dos rostos, "relatem" o desenrolar da história.
Quando paramos a ação de um filme, só nos resta a fotografia
de todas as artes que o compõem. Poderíamos dizer que um filme são
muitas fotografias juntas, mas o que faz com que essas fotografias 
desconexas, nos contem uma história, é a montagem  quadro a quadro
das fotos na moviola (visor de fotogramas instalado na mesa de montagem cinematográfica), até formar a sequencia do relato.
Nesse sentido "fotografar um filme" significa desconstruir as imagens 
alí gravadas, como estudo ou exencício visual. A montagem cinematográfica
está intimamente relacionada a colagem. Existe um livro de Serguei Eisenstein,
que também era um exelente desenhista dos personagens e cenas de seus filmes,
sobre composição e montagem cinematográfica, muito importante para se entender 
a sobreposição das imagens seja numa colagem ou num filme.
Eu tenho fotografado filmes de clássicos em preto e branco, de Sergei Eisenstein,
Orson Wells, Carl Dreyer, Andrei Tarkovski e Akira Kurosawa, para estudar a luz
e a fisionomia dos atores, como neste filme de Dreyer, onde os retratos são tratados como nos quadros dos pintores realistas.
"A Paixão de Joana D'Arc" se divide em duas partes: as cenas do julgamento a portas fechadas, e as cenas de exteriores do final do filme, fotografadas como se fosse uma reportagem. 
   

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