quarta-feira, 29 de outubro de 2014

CURSO DE ILUSTRAÇÃO EDITORIAL
CÁNDIDO PORTINARI
EXPRESSIONISMO - REALISMO SOCIAL
A INFLUÊNCIA RENASCENTISTA

CÁNDIDO PORTINARI
Brodowski, São Paulo 1903 - Rio de Janeiro, Brasil 1962
Portinari é considerado um dos artistas mais prestigiados
do Brasil, e o pintor que alcançou maior projeção internacional. 
O seu mural Guerra e Paz presenteado a ONU em New York
no ano de 1956, retornou ao Brasil em 2010 para ser 
restaurado, e foi exibido ao público no Teatro Municipal
do Rio de Janeiro. Acompanhando a retrospectiva, postei
alguns registros dessa exibição.
Portinari era filho de imigrantes italianos e nasceu no dia
29 de dezembro de 1903, numa fazenda de café nas
proximidades de Brodowski, no interior de São Paulo.
Com a vocação artística florescendo, ele teve uma educação
deficiente, não completando o ensino primário.
Aos 14 anos, uma troupe de pintores e escultores italianos
que atuava na restauração de igrejas, passou pela região de
Brodowski e recrutou Portinari como ajudante. Seria o primeiro grande indicio do talento do pintor. A partir dos quince anos, passa a vivir no Rio de Janeiro, cursando a Escola Nacional de Belas Artes, onde se destaca, ganhando
elogios e participando de diversas exposições. Começa a
despertar seu interesse um movimento artístico até então considerado marginal: o Modernismo.
Em 1928 ganha um prêmio de viagem para Europa.
Os dois anos que passou vivendo em Paris, foram decisivos
para Portinari. Lá teve contato com outros artistas como
Van Dongen e Othon Friesz, alem de conhecer Maria Martinelli, uma uruguaia de dezenove anos, que será a sua mulher por toda a vida.
Em 1931 volta ao Brasil e começa a mudar a sua estética,
passando do Realismo Social e o Expressionismo, para
uma interpretação muito pessoal do Cubismo, em que as
figuras são decompostas por planos coloridos se asemelhando a um vitral. 
Em 1939 expõe três grandes telas no pavilhão brasileiro
da Feira Mundial de New York. Em 1940, Alfred Barr, diretor
do Museu de Arte Moderna, MoMA, compra a tela "Morro",
a expõe ao lado de artistas consagrados, e prepara uma exposição individual do artista. Pinta dois murais na Biblioteca do Congresso em Washington.
Ao visitar o MoMA, Portinari se impressionou com o mural
"Guernica" de Pablo Picasso, que influenciou seu estilo
numa série de grandes pinturas sobre a guerra intitulada
"As mães".
Portinari foi militante ativo do Partido Comunista Brasileiro,
PCB, se candidatando a deputado federal em 1945, e a senador em 1947.
Em 1952 expõe com destaque na Primeira Bienal de São Paulo. Em 1954, apresenta uma intoxicação pelo chumbo
da tinta óleo. Desobedecendo as ordens médicas, continua
viajando para exposições e trabalhando freneticamente.
A intoxicação começa a tomar proporções fatais, e no dia 
6 de fevereiro do mesmo ano, Portinari faleceu.

dados extraídos da Wikipédia 

PORTINARI - Espantalhos - óleo 1940


PORTINARI - Mulher no pilão - óleo 1945


PORTINARI - A negra - carvão 1934


PORTINARI - O descobrimento - mural afresco 1941


PORTINARI - O flautista - témpera sobre tela 1942 - (versão em preto e branco)


PORTINARI - Retrato de Rockwel Kent - óleo 1937


PORTINARI - Retrato - nanquim 1960


PORTINARI - Ilustração para "O Alienista" de Machado de Assis - nanquim


PORTINARI - Retrato de Graciliano Ramos - carvão 1937


PORTINARI - Mural "Guerra e Paz" - Pintura a óleo sobre compensado - GUERRA - 1952


PORTINARI - Mural "Guerra e Paz"- Pintura a óleo sobre compensado - PAZ - 1952


PORTINARI - Exibição dos paineis "Guerra e Paz" - pintura a óleo sobre placas de compensado - ONU 1952


PORTINARI - Idem


PORTINARI - Idem


PORTINARI - Idem


PORTINARI - O profeta Job - óleo 1944 - (versão em preto e branco)


PORTINARI - O café - óleo 1935


PORTINARI - Cabeça de índio - carvão 1940


PORTINARI - Favela - óleo - (versão em preto e branco


PORTINARI - Retrato de Mario de Andrade - óleo - (versão em preto e branco)


PORTINARI - O lavrador - óleo 1939


PORTINARI - Paisagem de Brodowski - óleo 1940


PORTINARI - Enterro na rede - óleo 1944 - (versão em preto e branco)


PORTINARI -São Francisco - óleo 1941


PORTINARI - lápiz


PORTINARI - lápiz


PORTINARI - Colheita de algodão - mural, afresco


PORTINARI - Mural Tiradentes - témpera sobre tela - 3,5 mt x 18 mt - 1949


PORTINARI - Mural Tiradentes - vista parcial


PORTINARI - Tiradentes - detalhe


PORTINARI - Ilustração para Dom Quixote - lápiz de cor


PORTINARI - Ilustração para Dom Quixote - lápiz de cor


PORTINARI - Ilustração para Dom Quixote - lápiz de cor


CURSO DE ILUSTRAÇÃO EDITORIAL
MODERNISMO

FLAVIO DE CARVALHO - Auto-retrato - óleo


Chama-se genericamente Modernismo ou Movimento Modernista, ao conjunto de movimentos culturais que permearam as artes e o design da primeira metade do século XX. Apesar de ser possível encontrar pontos de convergência entre os varios movimentos, eles em geral
se diferenciavam e até mesmo antagonizavam.
O Movimento Modernista baseou-se na idéia de que as formas tradicionais das artes, da literatura e da organização
social tornaram-se ultrapassadas, e que se fazia fundamental deixa-las de lado e criar no lugar uma nova cultura. Esta constatação apoiou a idéia de reexaminar cada aspecto da existência, do comércio e a filosofia, com o objetivo de achar o que seriam as "marcas antigas"
e substitui-las por novas formas, possivelmente melhores,
de se chegar ao progresso.
Em essência, o Movimento Modernista argumentava que as novas realidades do século XX eram permanentes e eminentes, e que as pessoas deveriam adaptar as suas visões de mundo para aceitar o que era novo.
A palavra moderno também é utilizada em contraponto ao que é ultrapassado. Neste sentido, ela é sinônimo de 
contemporâneo, embora, do ponto de vista histórico-cultural,
"moderno" e "contemporâneo" abranjam contextos bastante diversos. 
No Brasil, os principais artificios do Movimento Modernista
não se opunham a toda realização artística anterior a deles.
A grande batalha se colocava contra o "passadismo", ou seja, tudo aquilo que impedisse a criação livre. Pode-se assim dizer que a proposta modernista era de uma ruptura
estética quase completa com o engrossamento da arte
encontrado nas escolas anteriores e de uma ampliação dos horizontes dessa arte antes delimitada pelos padrões académicos. Em paralelo a ruptura, não se pode negar o desejo dos escritores em conhecer e explorar o passado como fonte de criação não como norma para se criar.
Como manifestação desse desejo de ruptura, que ao mesmo
tempo respeitava obras da tradição literária, temos o Manifesto da Poesia Pau Brasil de Oswald de Andrade, Macunaima de Mario de Andrade, o retrato brasileiro através das influências cubistas de Tarsila do Amaral, 
e o livro Casa Grande e Senzala de Gilberto Freire
Revistas da época se dedicaram ao tema, como Estética,
Klaxon e Antropofagia, que foram meios de comunicação entre o movimento, os artistas e a sociedade.

dados extraídos da Wikipédia