sexta-feira, 8 de agosto de 2014

TINA MODOTTI (nascida como Assunta Adelaide Luigia
Modotti Mondini). Foi modelo, atriz, importante fotógrafa
modernista e militante comunista.
Nasceu em Údine, Itália em 1896. 
Em 1913, aos dezesseis anos, emigro para os Estados
Unidos para encontrar-se com o pai em San Francisco,
California. Atraida pelas artes performáticas, e sustentada
pela comunidade italiana em Bay Area, Tina experimentou
a carreira de atriz. Estrelou varias peças de teatro, óperas
e filmes mudos, no final da década de 1910 e começo
dos anos 20, enquanto também trabalhava como modelo
de artistas. Em 1918, ela começou uma relação com 
Roubaix "Robo" de L'Abrie Richey, um garoto de fazenda
de Oregon, artista boêmio e poeta, e mudou-se com ele
para Los Angeles buscando uma carreira na industria cinematográfica. Sempre representando a femme fatale,
a sua carreira cinematográfica culminou em 1920, no filme
"The Tiger's Coat". Ela teve papeis menores em mais dois
filmes.
O casal entrou em um círculo de amizades boêmio.
Quando estava em Los Angeles, Tina conheceu o fotógrafo
Edward Weston. Foi através de seu relacionamento com
Weston que Tina desenvolveu-se como uma importante
fotógrafa e documentalista. 
Por volta de 1921, Tina Modotti já era modelo favorita 
de Weston, e em outubro daquele ano, sua amante.
Ela concordou em manter o estúdio de Weston de graça
em troca de seus conselhos sobre fotografia. O fotógrafo
mexicano Manuel Alvarez Bravo dividiu a carreira de Modotti em duas distintas categorias: Romántica e Revolucionária,
sendo que o primeiro período incluia o tempo despendido
como assistente do quarto escuro, gerente, e finalmente,
como parceira criativa. Junto com Weston abriram um estúdio de retratos na Cidade de México, e eram comisionados a viajar o país fazendo imagens para o livro
de Anita Brenner intitulado Idois Behind Altars.
Em geral, Weston foi comovido pela paisagem e a arte
folklórica do México, criando trabalhos abstratos, enguanto que Modotti era mais interessada pelo povo, que ela representou com a estética modernista.
Fundou uma comunidade cultural e política Avant-Gardists",
e tornou-se a fotógrafa do movimento muralista, documentando o trabalho de José Clemente Orozco e Diego Rivera, de quem foi modelo nos murais.
Seu vocabulário visual amadureceu durante esse período,
com as suas experiências visuais em arquitetura de interiores, flores, paisagens urbanas, e especialmente com
as suas muitas imagens líricas de camponeses
e trabalhadores. Sua exposição retrospectiva na Biblioteca 
Nacional em 1929 foi anunciada como A Primeira Exibição
Revolucionária do México.
Modotti e Weston rapidamente gravitaram em direção ao cenário boêmio da capital, e usaram as suas coneções
para criar um crescente negócio de retratos. Foi também 
durante esse período que Tina se reuniu com diversos políticos comunistas, incluindo três líderes do Partido
(Xavier Guerrero, Juan Antonio Mella e Vittorio Vidali).
A partir de 1927, ano em que filiou-se ao Partido Comunista
seu trabalho ficou mais politizado. Por volta do mesmo
período suas fotos começaram a ser publicadas  em Mexican Folk Ways, e em publicações mais radicais como
El Machete.
Nesse momento as contradições económicas e políticas
se intensificaram, no México e em grande parte de América Latina. Como consequência começou a perseguição aos
dicidentes políticos. 
Em 10 de janeiro de 1929, o companheiro de Tina, o militante cubano Julio Antonio Mella foi assassinado, supostamente por agentes do governo cubano.
Logo depois houve um atentado contra o presidente mexicano Pacual Ortiz Rubio. Modotti que era alvo das polícias políticas italiana e mexicana, foi interrogada pelos
atentados, no meio de uma campanha jornalistica
organizada anti-comunista e anti-imigrante, que a "retratou"
como "a feroz e sanguinária Tina Modotti".
Um católico fanático, Daniel Luis Flores, foi posteriormente
acusado de atirar em Rubio e preso pelo assassinato
de Mella. 
Como resultado da campanha anti-comunista no México
Tina foi expulsa do país em 1930, deportada para Roterdâ.
O governo italiano fez esforços para extraditá-la como
subversiva, mas com a assistência de ativistas da Ajuda Vermelha Internacional (mais conhecida pela sigla russa
MOPR) ela conseguiu evadir a polícia fascista.
Em 1931, seguindo o conselho de Vittorio Vidali, mudou-se para Moscou. Após 1931, Modotti já não fotografava.
Durante os próximos anos dedicou-se a varias missões
em favor da Ajuda Internacional aos Trabalhadores, e no
Comintern: Terceira Internacional Comunista.
Quando eclodiu a Guerra Civil Espanhola em 1936, Vidali,
então conhecido como comandante Carlos, e Modotti, usando o pseudónimo de Maria, deixaram Moscou com destino a Espanha, onde morou e trabalhou até 1939.
Em abril de 1939, seguindo o colapso do Movimento
Republicano na Espanha, Modotti deixou o país com Vidali
e retornou ao México usando um nome falso.
Tina Modotti morreu de ataque cardíaco na Cidade do México em 1942.
dados extraídos da Wikipédia