terça-feira, 26 de julho de 2016

Paul Gauguin - "Manaò Tupapaú" - óleo


Gauguin foi um dos primeiros a compreender
que poderia aproximar a pintura da poesia
ao libertar a cor e a forma de suas funções descritivas.
Os atributos emotivos de sua pintura, muito além
do assunto retratado, eram também conferidos
pelas cores e formas.
O uso das cores era, por essa razão, totalmente
arbitrário. Em suas obras há referências a gravura
japonesa (cores puras, figuras bidimensionais,
o corte das figuras) e a teoria da síntese cromática
de Baudelaire, que traçava correspondências
entre as cores e os sentimentos.
Pela descrição que Gauguin faz de uma de suas pinturas
da fase tahitiana, Manaò Tupapaú, percebe-se
o uso simbólico que fazia das cores: 
"Ela repousa sobre uma cama coberta por um pareô azul
e um tecido em amarelo cromo. O fundo violeta avermelhado
está salpicado de flores que se asemelham a faíscas elétricas. Uma figura particularmente estranha acha-se de pé
ao lado da cama. Como o pareô desempenha um papel
importante na vida de uma mulher nativa, eu o utilizo
como lençol de baixo. O tecido  tem que ser amarelo,
não só porque essa cor aparece como uma surpresa
para o observador, como também porque ela cria uma ilusão
de um cenário iluminado por uma lâmpada, tornando assim
desnecessário simulá-la. O fundo deve parecer um pouco
aterrorizante, e por essa razão a cor perfeita é o violeta.
Desse modo, a parte musical da pintura está completa."

dados extraídos da Wikipédia