TRIMANO - GREGORY CORSO
NO TÚNEL-OSSADA DE CAMBRIDGE
Tomado pela loucura na estação-ossada
Crispando em minha maleta olho-dos-ossos
que hoje é sinistra com as lições de andar do passado
O painel-ossada com os horários indicou: Preto
Algemado a um ministro
Desembarcado de uma diesel estofada
O guarda-freios me fisgou a nuca: Destino, negro
Pela janela eu vi passar meu agente de estradas
saltitando pela plataforma
uma tocha lanterna-ossada na mão como alucinado -
Subam no carro, subam no carro, dando risadas
Já no interior do túnel-ossada encostei meus ouvidos
nos ouvidos do ministro escutando
o aço conversar com o vapor
e o vapor com o motor; escuro adiante
escuro adiante tudo preto e nada mais.
tradução: Ciro Barroso
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