FUGINDO, ÀS PRESSAS, DA TERRA
Os pobres, os aturdidos e os idiotas
Estão conosco: vivem no ataúde do sol
E no esquife da lua, enquanto eu saio esta noite
Vendo-a rodar seu escuro carrinho de mão
Por todas as várzeas do céu
E as estrelas se alçando inexoravelmente.
Negra lua! Sinistras lágrimas!
Sombra dos cortiços e dos triunfantes mortos!
Alguns homens perfuraram o peito com uma extensa agulha
A fim de que seus corações cessassem de bater.
Outros deitaram blocos de gelo em suas camas
Para ali se finarem. Mulheres
Os cabelos lavaram, e se enforcaram
Nas suas longas tranças. Uma outra subiu
Num alto olmo sobre seu gramado
Abriu uma caixa, e engoliu aranhas venenosas...
O tempo da exortação já passou. Ouvi
cadeiras de ferro arranhando o chão nos hospícios,
Enquanto o pássaro, transido de frio, encolhe-se no inverno
Na noite ventosa de novembro.
Os mineiros deixam seus poços
Como uma súbita enchente,
Como um arrozal desintegrando-se.
Os homens choram quando escutam histórias de alguém
resurgindo
dentre os mortos.
Robert Bly
Tradução: Alphonsus de Guimaraens Filho
Robert Bly
Minnesota, Estados Unidos 1926
O propósito deste blog é o de mostrar o trabalho do ilustrador,independente das regras impostas pelo mercado,nas quatro disciplinas praticadas por mim, em diferentes momentos e veículos: A Caricatura na Imprensa,A Ilustração na Imprensa,A Ilustração Editorial e O Poema Ilustrado. Também são mostradas modalidades diferentes das mesmas propostas como: Montagens das exposições e a revalorização do painel mural, através das técnicas de reprodução digital em baner.
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