sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

No início de 1960, as principais influências no desenho argentino
eram Lajos Szalay e Carlos Alonso. Foi um período único e rico
na formação de novos desenhistas e gravadores, cujo espaço de
exposição eram as galerias comerciais ou o saguão de alguns teatros
independentes. Não existia ainda a modalidade europeia de
juntar num único espaço: livraria, café e galeria de arte.
Nesse momento, surgem impressos nas páginas do semanário "Primera Plana",
de Buenos Aires, os desenhos do uruguaio Hermenegildo Sabat.
Eram retratos caricaturais de artistas e escritores, feitos a crayón,
utilizavando um grafismo próprio das artes plásticas,
nunca visto nas páginas da mídia portenha.
Existia uma tradição do livro ilustrado, exercida pelos maestros
do realismo social, mas as ilustrações publicadas na imprensa,
eram mecânicas, realizadas por ilustradores profissionais, mas não por artistas.
Foi a partir desse momento que comecei a direcionar meu desenho para a ilustração.
Ali está implícito o que falei algumas vezes, de abandonar as galerias que são 
círculos restritos para poucos apreciadores, por um suporte capaz de popularizar
as imágem: a ilustração.
O inicio desta idéia em mim, se deu olhando o desenho sensível de Sabat,
num suporte frio e mecánico como são as páginas dos jornais e revistas.
A partir desse final de 1967, começou a minha "transição" para o Brasil,
e um novo período que irei comentando.
Aquí mostro alguns desenhos feitos na minha chegada, para Folha de São Paulo
e Revista Veja, e os artistas que influenciaram os desenhos de caricatura que fiz nessa época.

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