domingo, 11 de novembro de 2012

Não lhe valeu o esforço sobre-humano que empregava
para libertar-se da pesada tarefa que lhe era dada
nos varios serviços da casa, onde, sem causa que tal
justifique, lhe aplicam o mais terrível castigo: o açoite!
Tudo tem suportado essa desgraçada.
Crente na misericôrdia divina, dominava-lhe a esperança
de ver aplacada a furia desumana de seus algozes.
Tudo em vão! Impedida de sair a rua, desde que aquí chegou,
vive essa desventurada sob o jugo dos seus verdugos.
De tudo a vizinhanza sabe.
Desde asprimeiras horas da manhã, já se ouve,
como fúnebre matinapavor, as légubres pancadas do açoite!
E essa infeliz não grita: lamentos abafados, soluços de dor,
essa macabra confusão com a voz do algoz, enchem de pavor
a vizinhanza.
É chegou o momento da redenção que terá lugar com a intervenção
da policia da 15 a circunscrição. 

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