quinta-feira, 20 de novembro de 2008

É assombroso como, no Brasil, talentos imensos irrompem e acabam esquecidos, sem traço na memôria nacional / Seja na política, nas artes, nos esportes, na literatura, na ciência, em fim, em todas as áreas. O Fafs, Flavio Faria Souto, por exemplo. Nos anos 70 brilhou nas páginas do Pasquim, da Política, Opinião, e outros jornais, a maoria da imprensa alternativa, em plena ditadura, ilustrou livros. Em 1982 foi premiado no Segundo Salão de Humor de Niterói. Depois tomou um chá de sumiço. Tempo depois foi encontrado pelo Trimano que foi fazer uma exposição em Joinville. Segundo seu relato tinha aberto um bar em forma de moinho de vento, uma variação da história de Dom Quixote. Parece que estava afastado do desenho. Prometeu, depois de muito papo e birita, voltar ao Rio. Antes mandou para Trimano, uma pasta com essas caricaturas de espantosa qualidade. De passagem por Joinville. Trimano ficou sabendo que ele tinha falecido. Pelo menos, fica aquí a nossa homenagem a um carica- turista excepcional. JAGUAR Março de 2006 / Texto publicado na revista Argumento do Rio de Janeiro

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