domingo, 6 de dezembro de 2020

Eles tudo fizeram tudo permaneceu igual.

Resolveram retirar a água debaixo da sombra.

Retiraram e a água baixou de nível.

A sombra continuou no mesmo lugar de antes.

Continuou crescendo e se espalhou pela terra.

 Eles começaram a raspar a sombra com máquinas.

As máquinas tocavam nela ela penetrava nas máquinas.

Eles começaram a tratar a sombra a porradas.

Quando os paus atingiram a sombra ela penetrava neles.

Eles começaram a bater na sombra com os punhos.

Quando os punhos batiam na sombra ela penetrava neles.

Isto foi no outro dia.


No dia seguinte eles começaram tudo de novo ela continuou

                                                                                crescendo.

Acenderam luzes contra a sombra.

Por onde a sombra passava as luzes se apagavam.

Começaram a pisar na margem da sombra e ela agarrou

                                                                                  seus pés.

E quando a sombra agarrou seus pés eles caíram.

E quando ela alcançou seus olhos eles ficaram cegos.

A sombra cresceu sobre os que caíram e eles sumiram.

Os que podiam enxergar ficaram parados.

Os que ficaram cegos e entraram nela sumiram

suas sombras foram engolidas.

Depois os seus corpos foram engolidos.

Então os outros fugiram.

Os sobreviventes saíram pelo mundo e viveriam se a sombra

                                                                          lhes permitisse.

Foram o mais longe possível.

Os que tinham mais sorte levando suas sombras.


tradução: Nei Leandro de Castro

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