quinta-feira, 6 de setembro de 2018

A Internacional Situacionista foi um movimento artístico
ativo no final da década de 1960, que aspirava por grandes
transformações políticas e sociais. A primeira IS foi desfeita
após o ano de 1972.
O movimento surgiu na vila italiana de Cosio di Arrosia,
Liguria, em 1957, com a fusão de várias tendências
artísticas que se auto definiam como a vanguarda da época.
Internationale Lettriste, International Movement 
for an Imaginist Bauhaus, e a London Psychogeographical
Association, esta fusão incluiu influências adicionais
do Movimento Cobra, Surrealismo e Fluxus, e foi inspirado
pelo Comunismo de Conselhos, tendência que surgiu
como oposição ao comunismo de estado e ao leninismo,
e pela Revolução Húngara de 1956. 
As correntes  que precederam a IS viam no seu propósito
a redefinição radical do papel da arte no século XX.
Os própios situacionistas tinham um ponto de vista dialético,
assumindo a tarefa de superar a arte, abolindo a noção
de arte como uma atividade especializada e separada,
transformando-a naquilo que seria parte da vida cotidiana.
Do ponto de vista situacionista, a arte ou é revolucionária
ou não é nada. Desta forma, os situacionistas se viam
como os responsáveis por completar o trabalho 
dos dadaistas e surrealistas enquanto aboliam 
os dois movimentos. A respeito disso, os situacionistas
respondiam a pergunta: "o que é revolucionário",
de maneiras diferentes em momentos diferentes.
Mas se no início a idéia era criticar a arte, a comprensão
era de que a superação da arte só viria pela transformação
ininterrupta do meio urbano. Não era construir cidades ideais, mas fazer do urbanismo e da arquitetura, ferramentas
de uma revolução do cotidiano.
A IS sofreu divisões, e muitos membros foram expulsos
desde o seu início. Uma dessas divisões resultou na criação
de dois grupos: a Seção Parisiense, que manteve o nome
original, e a Seção Alemã, conhecida como Segunda
Internacional Situacionista, que se organizou sob o nome
de Gruppe Spur.
Enquanto a história da IS foi marcada por um ímpeto
de revolucionar a vida, a separação entre franceses
e alemães marcou a transição de uma visão artística
da revolução para uma visão claramente política, que viu
nos acontecimentos de maio de 1968 uma consequência
lógica da abordagem dialética da IS. Enquanto enfrentavam
a sociedade atual, buscavam uma sociedade revolucionária
que poderia incorporar as tendências positivas
do desenvolvimento capitalista.
Um importante evento que conduziu a maio de 1968
foi o chamado Escândalo de Estrasburgo. Um grupo
de estudantes utilizou fundos públicos para publicar
um panfleto com um libelo da IS: A Miséria do Meio
Estudantil. O panfleto circulou em milhares de cópias
e fez os situacionistas ficarem conhecidos por toda
a esquerda não stalinista.
As ocupações de 1968 começaram na Universidade 
de Paris em Nanterre e chegaram até a Sorbonne,
que distribuiu as demandas da IS numa escala muito maior.
O governo e as uniões sindicais chegaram a um acordo
mas nenhum trabalhador voltou ao trabalho.
A greve terminou somente quando o presidente de Gaulle
colocou as forças armadas nas ruas de Paris.
Logo após a polícia retomou a Sorbonne e o C.M.D.O
foi disolvido.
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"Vivemos em uma sociedade do espetáculo, isto é,
toda a nossa vida é envolta por uma imensa acumulação
de espetáculos. As coisas que eram vivenciadas diretamente
agora são vivenciadas através de um intermediário.
A partir do momento em que uma experiência é tirada
do mundo real, ela se torna um produto comercial,
ela se torna um substituto da experiência" - trecho do livro
"Spectacular Times" de Larry Law
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"O espetáculo não é uma coleção de imagens
mas uma relação social entre as pessoas, intermediada
por imagens...O espetáculo em geral, como uma concreta
"inverção da vida", é um movimento autônomo 
do não vivente...mentiu para si mesmo... - Guy Bord
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O espetáculo não é uma conspiração. 
Os situacionistas augumentariam em favor da separação entre um "espetáculo falso" e a verdadeira vida cotidiana.
Os situacionistas diriam que a sociedade chega ao nível
do espetáculo quando praticamente todos os aspectos
da cultura e experiência são intermediados
por uma relação social capitalista.

dados extraídos da Wikipédia

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