"Pintura Metafísica" é a designação de um estilo
que se desenvolveu na Itália entre 1911 e 1920,
pelos artistas Giorgio De Chirico (1888-1978) e Carlo Carrá
(1881-1966), e mais tarde por Giorgio Morandi (1890-1964).
O termo advém da criação de uma natureza visionária
do mundo para além da realidade das coisas.
Este estilo caracteriza-se pela utilização de imagens
que conduzem a um ambiente misterioso, enigmático
e onírico, com iluminação irreal, pespectivas impossíveis
e iconografia simbólica, estranha, com imagens 
e manequins;  as imagens representam objetos e entidades
reais, transmitidos de forma incongruente e inquietante.
A pintura metafísica buscou influências no Simbolismo
e no Surrealismo da década de 1920.
Giorgio De Chirico, o principal representante desta escola,
ao contrário da tendência europeia da época marcada
pelo Cubismo, se inspira nas pinturas do simbolista suiço
Arnold Böklin e no alemão Max Klinder.
Os temas das obras de De Chirico são paisagens urbanas.
As cidades de seus quadros são desertas e melancólicas.
Os edificios, geralmente enormes e vazios, assumem
um aspecto inquietante e as cenas parecem dominadas
por um silêncio perturbador.
Foi o poeta Guillaume Apollinaire quem, em 1913,
fez o primeiro uso do termo metafísico para descrever a pintura de De Chirico.
A partir de 1916, as suas construções geométricas
e as composições futuristas de Carlo Carrá, tinham fundado
a pintura metafísica, inspirando-se simultaneamente
na cultura greco-romana e na filosofia europeia.
Três anos mais tarde, em 1919, ambos a abandonaram
a favor do Neoclassicismo.
Outros pintores que adotaram o estilo incluiram Giorgio
Morandi por volta de 1917-1920, Filipo de Pisis e Mario Sironi. O legado também influenciou o trabalho de Felice
Casorati e do surrealista Max Ernst, e muitas pinturas
de René Magritte e Salvador Dalí fazem uso de elementos
formais e temáticos derivados da pintura metafísica.
A palavra metafísica foi usada pela primeira vez no século
1 pelo filósofo Andronicus de Rhodes, numa tentativa
de catalogar a filosofia de Aristóteles, a palavra significa
metade física, cuja intenção é tratar aquilo que está além
do material.
 A corrente metafísica foi de suma importância 
para o Surrealismo, e influenciou vários artistas europeus
da época.

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