MAX UHLIG
Dresden, Alemanha 1937
Pintor e gravador
Podemos situar o trabalho de Uhlig como uma continuação
do movimento expressionista alemão.
Ele propõe uma nova forma de entender a figuração,
como reação ao naturalismo e ao realismo, praticando
uma arte pessoal e intuitiva, onde predomina a visão interior
em uma tentativa de capturar o self do modelo.
Nos seus desenhos e gravuras utiliza o recurso
caligráfico do emaranhado de linhas, que no seu trabalho
posterior evoluiu para o abstracionismo.
Nas suas "construções" gráficas, baseadas principalmente no retrato, Uhlig compreende a deformação da realidade como uma forma de expressar o subjetivo da natureza 
e do ser humano, predominando a expressão em oposição
a descrição objetiva do modelo.
Em alguns de seus desenhos cria uma sugestão
de intenso claro escuro que nos remete aos esboços e apontamentos de Rembrandt, expressando uma visão emocional da realidade, materializada através dos meios plásticos, que adquirem uma dimensão metafísica, abrindo os sentidos para o mundo interior. 
Essa austeridade expõe seu caráter existencialista
e sua visão trágica do ser humano.
O progresso tecnológico no campo das artes, sobretudo
depois do aparecimento da fotografia e do cinema,
fez surgir o interrogante sobre o papel da arte na sociedade.
A imitação do mundo real deixou de fazer sentido, uma vez
que as novas técnicas tornaram o processo mais fácil, rápido e reprodutível.
A procura de novas linguagens artísticas e novas formas
de expressão traduziu-se na formação de varios movimentos
de vanguarda que exploraram uma relação diferente 
do artista com o público.
O Expressionismo implicou num novo conceito da arte,
entendida como uma forma de captar a existência,
de traduzir em imagens o substrato subjacente
sob a realidade aparente. 
Foi o ponto de partida de um processo de transmutação
que se cristalizou no Expressionismo Abstrato
e no Informalismo.

dados extraídos da Wikipédia